Placenta prévia
A placenta é uma estrutura que se desenvolve no útero durante a gravidez. Fornece oxigênio e nutrientes ao bebê, ao mesmo tempo que bloqueia a chegada de resíduos. A placenta se implanta na parte superior ou lateral do útero na maioria das gestações e se conecta ao bebê, abrigado no líquido amniótico, pelo cordão umbilical.
A placenta prévia é uma complicação da gravidez causada pelo posicionamento inadequado da estrutura, que se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino.
O posicionamento inadequado provoca sangramento durante a gravidez e no parto, afetando, assim, a oxigenação do bebê e o fornecimento de nutrientes, colocando-o em risco, da mesma forma que também representa risco para a mãe, ainda que raramente seja fatal.
O sangramento geralmente é indolor e mais comum nas últimas semanas da gestação, no entanto pode se manifestar antes. Quando não pode ser contido ou nos casos em que a mulher entra prematuramente em trabalho de parto, o nascimento deve ocorrer por cesariana, independentemente do tempo de gestação.
O que fazer se eu tiver placenta prévia?
Mulheres diagnosticadas com placenta prévia devem evitar diferentes atividades que possam causar esforços e possivelmente favorecer sangramentos, como atividade física, a relação sexual ou o uso de absorventes internos.
Em boa parte dos casos, o problema tende a se resolver naturalmente, principalmente quando a placenta prévia acontece nos primeiros meses de gravidez. Porém, é importante um acompanhamento mais criterioso durante todo o período.
A placenta se move à medida que o útero cresce para acomodar o bebê, até ficar posicionada na parte superior, liberando o colo uterino para o parto. Existem diferentes formas de placenta prévia:
- Marginal: quando, apesar de estar próxima ao colo do útero, não cobre a abertura;
- Parcial: quando cobre parcialmente a abertura;
- Total: quando cobre totalmente a abertura.
O risco de hemorragia é maior quando a placenta cobre totalmente a abertura. Além do sangramento, a placenta prévia também pode causar contrações, levando à prematuridade do parto.
Por isso, sintomas como sangramento vaginal durante o segundo ou terceiro trimestre, com tonalidade vermelho brilhante acompanhado de contrações, indicam a necessidade de procurar auxílio médico com urgência.
Quais são as causas de placenta prévia?
Embora a causa exata ainda permaneça desconhecida, alguns fatores são apontados como risco, incluindo:
- Anormalidades uterinas;
- Várias gestações anteriores;
- Cicatrizes uterinas provocadas por cirurgias, incluindo a cesariana, gestações anteriores, abortos, remoção de miomas, entre outras;
- Gravidez múltipla;
- Placenta prévia em uma gravidez anterior;
- Mulheres acima dos 35 anos;
- Hábitos como tabagismo e alcoolismo.
Quais complicações a placenta prévia pode causar?
As principais complicações que a placenta prévia pode causar são sangramento e nascimento prematuro: quando o sangramento se torna grave (hemorragia), pode levar a uma cesariana de urgência. Por isso, o cuidado com a gestante e o monitoramento da gravidez são necessários durante todo o processo.
Como a placenta prévia é diagnosticada?
A placenta prévia é diagnóstica por ultrassonografia transvaginal e, quando necessário, em associação com a ultrassonografia abdominal, durante o exame pré-natal de rotina, na maioria das vezes no terceiro trimestre, ou se houver sangramento durante a gravidez.
Qual o tratamento para placenta prévia?
Embora não exista tratamento para a placenta prévia, é possível gerenciar o sangramento de diferentes formas, de acordo com fatores como:
- A quantidade de sangramento;
- Se o sangramento cessou;
- Qual o período da gravidez;
- Saúde materna;
- Saúde do bebê;
- A posição da placenta.
Se não houver solução durante a gravidez, o obstetra tentará adiar o nascimento o máximo possível para que seja realizada a cesariana.
Para mulheres com pouco ou nenhum sangramento, normalmente é recomendado repouso total. É importante, entretanto, ficar atenta se o sintoma se manifestar. Nesse caso, procure auxílio médico com urgência.
Sangramento intenso requer atenção médica imediata e pode exigir uma transfusão sanguínea. Quando isso acontece, o obstetra planeja a cesariana, idealmente, após a 36ª semana de gravidez.
No entanto, pode ser necessário um parto anterior se o sangramento persistir ou se houver vários episódios.
Já nos casos em que não pode ser controlado e se a mãe e o bebê estiverem em risco, a conduta adotada é a cesariana de emergência.