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Mamografia

Por Dra. Cristiane Pacheco

A mamografia é um método de imagem por raio-X que tem como objetivo analisar o tecido mamário, possibilitando a detecção precoce de câncer e outras doenças. É usado tanto como ferramenta de diagnóstico como de rastreamento.

A mamografia de rastreamento detecta precocemente lesões mamárias, antes mesmo que elas possam ser percebidas ou palpadas, enquanto a diagnóstica investiga alterações apontadas em exames de rotina ou de rastreamento anteriores e pode incluir imagens adicionais.

Assim como outros exames ginecológicos, a mamografia também deve ser realizada de rotina, principalmente depois de certa idade e se houver alguma suspeita.

Como a mamografia é feita?

A mamografia é realizada em um aparelho chamado mamógrafo, que comprime a mama e gera imagens de alta qualidade.

Para isso, a mama da paciente é posicionada em uma placa de suporte plana e comprimida por uma placa paralela. O procedimento é feito em cada mama, nas posições vertical e horizontal, e as imagens são registradas em uma chapa de raio-X convencional.

A compressão uniformiza o formato da mama e permite que todos os tecidos sejam visualizados em um único plano, detectando, assim, pequenas anormalidades, ocultas muitas vezes pela sobreposição do tecido mamário.

Em uma mamografia convencional, tecidos de baixa densidade, como gordura, aparecem translúcidos, ou seja, tons mais escuros de cinza se aproximando do fundo preto, enquanto áreas de tecido denso, como conjuntivo e glandular ou tumores, aparecem mais brancas em um fundo cinza.

Atualmente, com o avanço tecnológico, a mamografia também pode ser feita em formato digital. Além da conversão de imagens, que possibilita a visualização em dispositivos como computadores ou tablets, a tecnologia também proporciona a detecção de pequenos nódulos e microcalcificações, além de facilitar a visualização de tecidos mamários mais densos e indicar as características do nódulo encontrado, como o tipo e tamanho, se com características de benignidade ou malignidade.

Quando a mamografia deve ser realizada?

A mamografia deve ser realizada, segundo as novas recomendações do Ministério da Saúde, a cada dois anos a partir dos 50 anos, devido a essa ser a faixa etária com maior risco. Antigamente, o preconizado era anualmente a partir dos 40 anos. No entanto, mulheres com casos de câncer de mama na família, principalmente em parentes próximos como mãe ou irmã, devem iniciar o acompanhamento mais cedo, a partir dos 30 anos.

O câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres e o que mais registra casos de morte. Por outro lado, o diagnóstico precoce possibilita um tratamento menos agressivo e com maior chance de cura: aproximadamente 90%.

Preparação para o exame

  • O exame deve ser realizado preferencialmente uma semana após o período menstrual, quando há menor sensibilidade das mamas;
  • É importante optar por roupas que possibilitem a retirada da parte superior;
  • Objetos metálicos como brincos ou colares também devem ser retirados, pois causam interferências nas imagens;
  • Pelo mesmo motivo, cremes, perfumes, desodorantes, talcos ou pomadas nas axilas não podem ser usados no dia do exame.

Quais resultados a mamografia pode indicar?

Os resultados da mamografia demonstram anormalidades, como lesões, nódulos, calcificações e massas, que podem ser tumores benignos ou malignos. Porém, se houver suspeita de câncer, outros exames são solicitados, incluindo a biópsia para análise celular e diagnóstico definitivo.

Em alguns casos, entretanto, pode haver maior dificuldade para a interpretação da mamografia. Isso ocorre porque existe uma grande variação na densidade do tecido mamário. Seios mais densos são mais difíceis de visualizar e de avaliar para o diagnóstico de tumor, o que torna a faixa de sensibilidade ampla.

Em casos muito difíceis, portanto, podem ser necessários exames complementares, como o ultrassom da mama ou a ressonância magnética (RMI).

Há riscos na realização da mamografia?

A mamografia utiliza baixas doses de radiação e é segura. Assim, o risco de exposição às radiações durante o exame é compensado pelos benefícios da detecção precoce do câncer de mama.

Na maioria das vezes, provoca apenas um pequeno desconforto no momento da compressão, transitório e facilmente tolerado. No entanto, para algumas mulheres, a mamografia pode ser mais dolorosa, embora a dor também passe rapidamente.

Em alguns casos raros, pode haver a ruptura de próteses mamárias. Mulheres que as utilizam devem informar ao profissional antes da realização do exame.

Existem muitas campanhas de conscientização das mulheres sobre a importância da mamografia, assim como de outros exames preventivos. A prevenção é a melhor forma de evitar a evolução de doenças para formas mais graves, por isso é tão importante e solicitada pelos médicos. Não deixe de fazer. É fundamental para a manutenção de sua saúde.

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