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Diástase abdominal e gravidez: qual é a relação?

Por Dra. Cristiane Pacheco

A diástase abdominal é uma condição que afeta a parede abdominal, fazendo com que os músculos abdominais se separem da linha média. Essa condição pode criar uma protuberância visível no abdômen, que pode ser mais perceptível ao se levantar. A diástase abdominal é mais comum em mulheres após a gravidez, pois os músculos abdominais se alongam durante a gravidez e a parede abdominal enfraquece.

O principal sinal da diástase abdominal é uma protuberância no abdômen. Outros sintomas, mais raros, podem incluir uma sensação de peso no abdômen, dor na parte inferior das costas e nas laterais, sensação de instabilidade na pelve e dificuldade para respirar.

O diagnóstico da diástase abdominal geralmente é feito por meio de exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. O tratamento da diástase abdominal pode incluir mudanças no estilo de vida, como fisioterapia e exercícios, que ajudam a fortalecer os músculos abdominais e melhorar a postura.

Em alguns casos, a cirurgia também pode ser recomendada, principalmente nos casos em que os músculos abdominais não podem ser fortalecidos de forma não invasiva.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

A diástase abdominal

A diástase abdominal é uma condição que afeta muitas mulheres após a gravidez. Ocorre quando os músculos abdominais se separam, causando uma protuberância visível na linha média do abdômen. Esta condição é causada pelas mudanças físicas que ocorrem durante a gravidez.

Quando uma mulher está grávida, o útero se expande para acomodar um bebê em crescimento. Ao fazê-lo, os músculos abdominais devem se alongar para acomodar o tamanho do útero. Esse alongamento pode fazer com que os músculos abdominais se enfraqueçam e se separem na região da linha alba. A intensidade de separação varia dependendo da anatomia individual, do tamanho do bebê e da duração da gravidez.

Os fatores de risco para a diástase abdominal em gestantes incluem obesidade, gravidez múltipla e idade avançada. Apesar de esses grupos serem os mais afetados, a diástase também pode ocorrer em homens e mulheres que não estão grávidas.

Diagnóstico da diástase abdominal

O diagnóstico de diástase abdominal pode ser feito por meio da palpação durante o exame físico. Caso identifique algum grau de afastamento nessa etapa, o médico coloca os dedos na linha média do abdome e mede o espaço entre cada lado do músculo reto abdominal.

A diástase geralmente pode ser diagnosticada quando houver um espaço maior do que 2,5 cm (duas polpas digitais). Depois disso, ele poderá pedir para que você execute uma série de movimentos para determinar se a lacuna aumenta ou diminui. Essas manobras também são importantes para afastar outros diagnósticos, como a hérnia hiatal, que pode estar presente em mulheres com parede abdominal enfraquecida.

Exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, podem ser usados para confirmar o diagnóstico de diástase abdominal. No entanto, eles não são fundamentais para tal.

Tratamento da diástase abdominal

Existem vários tratamentos para a diástase abdominal, é o tipo escolhido depende da gravidade da condição. Em casos leves, tratamentos conservadores, como fisioterapia, exercícios musculares básicos e mudanças no estilo de vida, podem ajudar a reduzir os sintomas e restaurar a força abdominal. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser recomendada para corrigir a condição.

Fisioterapia

A fisioterapia pode ajudar as pessoas com diástase abdominal a fortalecer os tecidos conjuntivos e os músculos abdominais enfraquecidos. Isso pode ser feito por meio de uma variedade de exercícios focados nos músculos do core, que abrange a região do abdômen e da lombar.

Eles podem ajudar a reduzir a separação da parede abdominal e prevenir a diástase em futuras gestações. Exemplos de exercícios de core incluem pranchas, flexões, pontes e inclinações pélvicas. Um estudo com 228 mulheres mostrou que os exercícios no período antenatal foram capazes de reduzir em 35% o risco de desenvolvimento de diástase abdominal pós-parto.

Além disso, o fisioterapeuta também pode usar massagens e outras técnicas manuais para reduzir a tensão nos músculos e melhorar sua função.

Cirurgia

A cirurgia normalmente é usada apenas em casos de diástase grave dos músculos retoabdominais, principalmente quando os tratamentos conservadores não foram bem-sucedidos. O procedimento cirúrgico normalmente envolve a reparação do tecido conjuntivo enfraquecido e a plicatura (uma pequena sutura) entre os dois músculos abdominais para ajudá-los a permanecer juntos.

Independentemente do tratamento escolhido, é importante entender que a diástase abdominal leva tempo para ser corrigida, então os resultados não serão perceptíveis da noite para o dia. É importante seguir as instruções do médico ou fisioterapeuta e ser paciente enquanto a condição melhora.

Portanto, a diástase abdominal é uma condição relativamente comum após as gestações. Felizmente, podemos reduzir o seu risco por meio de medidas simples, como a realização de exercícios do core, que também são úteis para o tratamento. Procedimentos invasivos de correção raramente são realizados, dando-se preferência aos tratamentos conservadores em casos leves e moderados.

Quer saber mais sobre a importância da fisioterapia na gestação? Confira este post completo sobre o tema!

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