Transmissão do HPV durante o parto: é possível?
O Papilomavírus Humano (HPV) é um grupo de vírus que pode infectar a região genital e outras áreas do corpo. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Alguns deles estão associados ao desenvolvimento de verrugas genitais e outros podem causar lesões que evoluem para o câncer, principalmente no colo do útero. Apesar disso, é uma infecção comum, e a maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas.
No entanto, alguns tipos de HPV podem persistir e levar a complicações de saúde mais sérias. Devido a isso, muitas gestantes ficam preocupadas com a possibilidade de transmitir o vírus para seu bebê durante o parto. Neste post, vamos explicar melhor se isso é realmente possível e o que pode ser feito. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe até o final!
Transmissão do HPV durante o parto: é possível?
Sim, mas não é frequente. O vírus do papiloma humano (HPV) é geralmente transmitido por contato direto de:
- pele com pele;
- pele com mucosa;
- mucosa com mucosa.
A transmissão geralmente ocorre durante a atividade sexual devido ao contato genital-genital, oral-genital e manual-genital. Além disso O vírus também pode ser transmitido por meio de fluidos corporais, como os fluidos vaginais. Ou seja, o vírus pode ser transmitido mesmo na ausência de penetração.
Apesar de não ser uma via de transmissão comum, o HPV também pode ser transmitido verticalmente (de mãe para filho) durante o parto ou o puerpério. Ou seja, o bebê pode entrar em contato com o vírus HPV presente na vagina ou no colo do útero da mãe.
Parto normal
Durante o parto, o bebê pode entrar em contato com o vírus na vagina ou no colo do útero da mãe. Isso pode acontecer mesmo se a mãe não apresentar sinais ou sintomas da infecção. Enfatizando, a transmissão durante o parto normal é considerada rara.
Alguns fatores podem aumentar esse risco de transmissão vertical do HPV, como em mulheres que:
- Foram infectadas com o HPV durante a gravidez;
- Têm verrugas genitais ativas;
- Passaram por parto prolongado ou complicado.
Cesariana
A transmissão durante a cesariana é considerada ainda mais rara. Afinal, o bebê não passa pelo canal de parto vaginal, o que reduz significativamente o risco de exposição ao HPV presente na região genital materna. Além disso, as precauções padrão e medidas de assepsia são tomadas durante o procedimento para minimizar riscos de quaisquer infecções.
Apesar de o risco de transmissão do HPV ser menor nas cesarianas, ela não é indicada como uma forma de prevenção contra o HPV atualmente.
Quais as consequências de uma infecção por HPV para o bebê?
Para o bebê, um dos principais riscos da infecção pelo HPV é o desenvolvimento da papilomatose respiratória recorrente. A papilomatose respiratória recorrente (PRR) é uma condição rara que causa lesões benignas (não cancerosos) nos órgãos das vias aéreas superiores, como a laringe, a traqueia e os brônquios. Os sintomas da PRR podem incluir:
- Rouquidão;
- Dificuldade para respirar;
- Tosse;
- Tosse com sangue;
- Falta de ar;
- Dificuldade para engolir.
Como prevenir o HPV antes e durante o parto?
As principais formas de prevenção contra o HPV incluem:
Vacinação
A vacina contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir a infecção pelo HPV. Ela é recomendada para todas as meninas de 9 a 14 anos, mas também pode ser administrada em mulheres até 45 anos que nunca foram vacinadas ou que não completaram o esquema de vacinação.
É importante ressaltar, contudo, que a vacina contra o HPV não pode ser tomada durante a gestação. Por isso, deve ser administrada enquanto você está planejando engravidar. Uma das vantagens de se vacinar é que os anticorpos podem passar para o bebê durante a gravidez, reduzindo o risco de uma infecção devido ao parto.
Realização do Papanicolaou durante o pré-natal
Para as mulheres grávidas, é importante que elas façam o exame preventivo do colo do útero, conhecido como Papanicolau, durante a gravidez. O exame pode ajudar a identificar a infecção pelo HPV e iniciar o tratamento precocemente, se necessário.
Uso de preservativos
Embora o uso de preservativos não forneça uma proteção completa contra o HPV, eles podem ajudar a reduzir o risco de transmissão. Então, caso você realize relações sexuais durante a gestação, esteja sempre protegida. Isso prevenirá não apenas o HPV, mas outras infecções que podem prejudicar significativamente o bebê, como a sífilis e a clamídia.
Quais as consequências do HPV para a mulher de forma geral?
O HPV pode causar as seguintes condições nas mulheres:
- Verrugas genitais: são lesões (geralmente, verrugas) que podem aparecer na vulva, vagina, colo do útero, ânus ou pênis. Elas são causadas por tipos de HPV de baixo risco;
- Câncer do colo do útero: o câncer do colo do útero é um dos tipos mais comuns de câncer ginecológico. Ele é causado por tipos de HPV de alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18;
- Câncer de ânus, de vulva ou de vagina: são tipos raros de câncer que pode ser causado pelos HPV de alto risco.
É importante ressaltar que nem todas as mulheres infectadas pelo HPV desenvolverão câncer. A maioria das infecções pelo HPV é eliminada pelo corpo naturalmente. No entanto, é importante fazer exames regulares para detectar qualquer alteração que possa evoluir para o câncer.
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