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Violência obstétrica: o que é?

Por Dra. Cristiane Pacheco

Violência obstétrica é um termo usado para descrever qualquer forma de violência, abuso ou maus-tratos que uma mulher pode sofrer durante a gravidez, trabalho de parto, parto ou pós-parto. Esse tipo de violência pode ser perpetrado por quaisquer profissionais das equipes de hospitais e maternidades.

Exemplos mais explícitos de violência obstétrica incluem abuso físico, abuso emocional, abuso sexual e a negligência. As consequências da violência obstétrica podem ser graves e duradouras e podem incluir dor física, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e até a morte. Além disso, as mulheres que sofrem violência obstétrica durante o pré-natal têm maior probabilidade de ter bebês com baixo peso ao nascer e com atrasos no desenvolvimento.

Para prevenir a violência obstétrica, os profissionais de saúde devem ser treinados no reconhecimento e prevenção do abuso, e as instituições devem ter protocolos para relatar e responder a casos de violência. As mulheres devem ser encorajadas a falar se sentirem que estão sendo desrespeitadas.

Todas essas medidas são garantidas pelas práticas de parto humanizado, o qual busca preservar o protagonismo da gestante, a individualização biopsicossocial e a prática baseada em evidências. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica é um termo usado para descrever qualquer ação ou atitude que resulte em danos físicos, psicológicos ou emocionais para uma mulher durante sua gravidez. É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita ao abuso físico, podendo incluir qualquer forma de tratamento desrespeitoso, desfavorável ou discriminatório, como:

  • abuso físico, que pode incluir o uso de contenções físicas aos movimentos da gestante, exames vaginais forçados, o uso de fórceps ou de episiotomia sem necessidade e sem consentimento da mulher;
  • abuso emocional, a qual pode envolver insultos verbais, humilhação, intimidação ou piadas a respeito da situação da gestante;
  • negligência, que envolve não fornecer assistência ou informações médicas adequadas.

O que é hoje considerado violência obstétrica?

A violência obstétrica é uma forma de violência de gênero e uma violação dos direitos humanos. É um problema importante em muitos países e pode ter sérias consequências físicas e psicológicas para a mulher envolvida. É importante trabalhar ativamente para reconhecer e prevenir a violência obstétrica e garantir que todas as mulheres grávidas tenham acesso a cuidados maternos seguros, respeitosos e de qualidade.

Exemplos de violência obstétrica podem incluir:

  • a recusa de realizar uma epidural para controle da dor quando esse for o desejo da gestante;
  • realizar uma cesariana ou um procedimento invasivo sem necessidade nos casos em que a mulher expressou o desejo por um parto natural;
  • ignorar o direito da mulher ao consentimento informado para a realização de procedimentos invasivos;
  • ferir a autonomia da paciente sobre o seu corpo;
  • atrasar o atendimento médico necessário;
  • deixar de fornecer nutrição e repouso adequados à mulher;
  • fazer com que a mulher sinta que não está no controle de seus próprios cuidados;
  • praticar abuso verbal ou menosprezo.

Como prevenir a violência obstétrica?

Veja algumas dicas para evitar a violência obstétrica:

Informação

A educação do paciente é essencial na prevenção da violência obstétrica. As pacientes devem ser informadas sobre seus direitos e ensinadas a confiar em seu próprio julgamento e estar cientes de quaisquer sinais potenciais de abuso.

Os pacientes também devem estar familiarizados com as leis e regulamentos em vigor para protegê-los e estar cientes dos recursos legais que podem acessar, se necessário. Um bom médico dará todas essas informações ao longo do pré-natal.

Além disso, as pacientes devem ser educadas sobre os benefícios de ter uma equipe de parto de apoio e um ambiente de parto seguro e confortável. Por fim, as pacientes devem ser informadas sobre seu direito de expressar quaisquer questões ou preocupações que tenham e a importância de falar quando algo parecer errado ou desconfortável.

Plano de parto

O plano de parto é uma ferramenta essencial na prevenção da violência obstétrica, pois ajuda a garantir que sejam prestados os cuidados adequados e que os direitos e desejos da mãe sejam respeitados. Também é importante lembrar que o plano de parto deve ser flexível e pode ser modificado para atender às suas necessidades em qualquer momento durante o trabalho de parto.

A seguir, um resumo básico dos componentes a serem incluídos em um plano de parto:

  • introdução: Uma breve introdução sobre a mãe e o plano de parto;
  • cenário do parto: Onde a mãe planeja dar à luz e qualquer desejo em relação à ambientação;
  • controle da dor: Que método de controle da dor, se houver, a mãe usará durante o trabalho de parto e o parto;
  • parto: que tipo de acompanhamento e/ou intervenções, se houver, a mãe gostaria de receber durante o trabalho de parto e parto;
  • pós-parto: Que tipo de cuidado pós-parto é desejado;
  • pessoas de apoio: quem terá permissão para ficar com a parturiente durante o trabalho de parto;
  • consentimento: Assinaturas da mãe e do médico para garantir formalizar essa espécie de contrato por ambas as partes.

O parto humanizado é uma parte importante do processo de parto, permitindo que a mãe tenha mais controle sobre o processo de parto, tenha uma experiência mais positiva e que os profissionais de saúde prestem o melhor atendimento possível à mãe e ao bebê. Baseado no tripé de autonomia da mulher, individualização do parto e da prática baseada em evidências, ele jamais deve ser negligenciado, pois, além desses benefícios, previne a violência obstétrica e outras intercorrências durante a gestação.

Quer saber mais sobre o parto humanizado e sua importância? Confira nosso artigo sobre o tema!

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