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HPV: sintomas

Por Dra. Cristiane Pacheco

O papilomavírus humano é um microrganismo causador de diversas doenças na pele e nas mucosas do nosso corpo. Ele é mais conhecido popularmente como HPV, um nome muito frequente nas campanhas de saúde da mulher. Afinal, as infecções por alguns tipos de HPV são os principais fatores de risco para o câncer do colo de útero, uma das principais doenças que levam ao óbito precoce no sexo feminino.

Existem mais de 100 tipos de HPV identificados até hoje. A maior parte deles causa lesões benignas, como verrugas genitais. No entanto, uma pequena parte do grupo causa alterações malignas nos tecidos que infectam, sendo chamadas de cepas oncogênicas (“geradoras de câncer”).

Por esse motivo, a prevenção da transmissão e da infecção pelo HPV é uma medida fundamental para a saúde da mulher. Ela pode ser feita com o uso de preservativos e a administração das vacinas contra os tipos mais comuns ou perigosos de HPV.

Além disso, a prevenção do câncer do colo de útero, que ocorre após a infecção, também é muito importante. Ela é realizada por meio do exame citopatológico periódico do colo uterino a partir dos 25 anos, o papanicolau. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe este post!

O que é o HPV?

O HPV é um grupo de vírus que se adaptou para infectar a pele e as mucosas dos seres humanos. Ele é transmitido principalmente com o contato prolongado pele a pele.

Em geral, causam infecções assintomáticas que se resolvem espontaneamente devido à ação do nosso sistema imunológico. No entanto, em algumas mulheres, podem persistir e levar ao surgimento de lesões visíveis (como as verrugas genitais) ou microscópicas.

Alguns tipos de HPV podem causar alterações genéticas nas células infectadas, fazendo com que elas comecem a se proliferar de forma anormal. Inicialmente, essas lesões são microscópicas. Ou seja, estas últimas não podem ser vistas a olho nu e apresentam um maior risco de serem malignas.

Sintomas das infecções pelo HPV

As infecções pelo HPV são geralmente assintomáticas. Porém, em alguns casos, os seguintes sintomas podem surgir:

  • pequenas lesões caracterizadas pela alteração da cor na região ou maior facilidade para sangrar;
  • verrugas isoladas;
  • múltiplas verrugas que se parecem com uma couve-flor.

No entanto, na maior parte dos casos, as lesões são microscópicas. Portanto, não podem ser identificadas a olho nu.

Portanto, a melhor forma de identificar a presença do vírus é a coleta de material do colo uterino. Desse modo, podem ser realizados exames que ajudam a identificar a presença do vírus ou das alterações que podem levar ao câncer de colo de útero.

Apesar de ainda não ser muito utilizado na rotina clínica brasileira, a presença do HPV pode ser identificada com exames que avaliam a presença do material genético do vírus no material coletado.

No entanto, o exame mais importante para a saúde da mulher não avalia diretamente a presença do vírus, mas a presença das alterações celulares que ele pode causar, é o papanicolau.

Nele, durante o exame especular, o ginecologista colhe o material do colo do útero e identifica se há alguma alteração significativa. De acordo com a gravidade, as modificações podem ser classificadas em:

  • Displasias de baixo grau, as quais são lesões benignas e com um número baixo de alterações. No entanto, podem evoluir para a segui;
  • Displasias de alto grau, que são consideradas pré-malignas, podendo evoluir para o câncer;
  • Carcinomas, o tumor maligno do colo de útero.

A infecção pelo HPV pode ser prevenida com a vacinação e o uso de preservativos nas relações sexuais.

Sintomas do câncer de colo de útero

Além disso, é muito importante que a mulher esteja atenta aos sintomas do câncer do colo de útero, que é a principal complicação da infecção pelo HPV. Ele também é geralmente assintomático nos estágios iniciais, nos quais há maior chance de cura. Por isso, é importantíssimo não esperar os sintomas surgirem. É melhor fazer o exame periódico de acordo com a frequência indicada por seu médico.

Os principais sintomas do câncer de colo de útero são:

  • Sangramento uterino anormal, principalmente o escape de sangue no período intermenstrual;
  • Sangramento uterino pós-menopausa;
  • Dor pélvica;
  • Emagrecimento sem causa;
  • Fadiga e cansaço excessivos.

Contudo, o surgimento dos sintomas está associado a casos mais avançados, em que já há a invasão de outros órgãos. Com isso, o tratamento é mais desafiador e as chances de cura, menores.

Exames e diagnóstico do HPV e do câncer de colo de útero

Quando os exames preventivos (papanicolau), indicarem a presença de células com características suspeitas. Outros exames são necessários. O primeiro a ser realizado é a colposcopia, que é uma análise mais extensa do colo do útero.

Nele, serão coletadas biópsias que servirão para uma avaliação mais detalhada dos tecidos do colo do útero. A partir disso, podemos classificar o grau da lesão e definir a conduta terapêutica.

Não existe um tratamento específico para as infecções por HPV. Normalmente, quando o vírus é identificado, fazemos o acompanhamento das lesões. Se elas chegarem a estágios mais avançados, são retiradas cirurgicamente. Em pacientes que já desenvolveram o câncer do colo do útero, a quimioterapia e a radioterapia podem ser indicadas para completar a cirurgias.

Quer saber mais sobre o HPV e os riscos que ele causa? Confira nosso artigo sobre o tema!

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