Amamentação: conheça os benefícios
A amamentação é fundamental, visto que traz muitos benefícios para o bebê e a mãe. Por esse motivo, muitos especialistas recomendam que as mães devem amamentar seus filhos exclusivamente no peito por 6 meses, no mínimo.
Depois desse momento, novos alimentos podem ser inseridos na dieta do bebê, mas o leite materno ainda está indicado até o final do 1º ou 2º ano de vida. Por esse motivo, as mães são incentivadas a manter o aleitamento desde o pré-natal.
Contudo, a decisão é pessoal. A mãe tem autonomia para decidir se e até quando amamentar. Portanto, há mulheres que mantém o aleitamento por um período mais longo, enquanto outras escolhem não amamentar ou encurtar o período.
Há ainda situações em que o aleitamento materno é contraindicado. Esse é o caso, por exemplo, de mães portadoras do vírus HIV. Como há o risco de transmissão pelo leite, elas não podem amamentar.
Nesse tipo de situação, é possível recorrer a bancos de leite ou a fórmulas infantis desenvolvidas de acordo com as necessidades e saúde de cada bebê.
Quer saber mais sobre os benefícios do aleitamento materno? Acompanhe o nosso post!
O que é a amamentação?
Na nossa espécie, o leite é a principal forma de nutrição da prole nos primeiros meses de vida. Ele contém todos os nutrientes necessários para o nosso desenvolvimento, além de fortalecer o sistema imunológico e auxiliar no amadurecimento do aparelho digestivo dos bebês.
Quando começar?
O desenvolvimento e o amadurecimento das glândulas produtoras de leite começam ainda durante a gestação. No entanto, alguns hormônios inibem a produção de leite. Durante o trabalho de parto, porém, outras substâncias são liberadas pelo organismo de forma que a amamentação pode, em geral, ocorrer logo após o parto.
Quando não for possível, o leite materno pode ser coletado e ofertado para a criança nos berçários e nas UTIs neonatais. A amamentação no peito, por sua vez, pode ser feita tão logo quanto o recém-nascido tenha condições clínicas.
Nos primeiros dias após o nascimento, o leite tem características diferentes que será produzido durante a maior parte do processo. Por esse motivo, ele recebe um nome especial, — colostro —, o qual é rico em:
- Proteínas;
- Vitaminas;
- Minerais;
- Água;
- Carboidratos;
- Leucócitos e anticorpos, os quais fortalecem o sistema imunológico do bebê para o combate a infecções.
Os açúcares presentes no leite também auxiliam no amadurecimento do sistema digestório do bebê, além de estimularem o crescimento de uma flora microbiana protetora.
A partir do fim da primeira semana de amamentação, o leite ganha as características que nós conhecimentos, um líquido branco. Ela também é rica em nutrientes, componentes do sistema imunológico.
Benefícios da amamentação para o bebê
Estudos têm mostrado que a ausência ou a insuficiência de aleitamento materno estão relacionados a:
- aumento do risco de mortalidade e adoecimento no primeiro ano de vida e na infância como um todo;
- maior risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas por toda a vida.
Portanto, os benefícios da amamentação, em curto prazo, são:
- Neurodesenvolvimento — o leite apresenta nutrientes (como as gorduras mono e poli-insaturadas) que favorecem o desenvolvimento saudável do sistema nervoso central. Além disso, há evidências de que o aleitamento tem um efeito analgésico e fortalece sobre o vínculo entre a mãe e o bebê;
- Amadurecimento gastrointestinal — As substâncias do leite estimulam as funções gastrointestinais e promovem o crescimento de uma flora bacteriana protetora. Com isso, há redução de risco de diarreia e gastroenterite, aumento da sensação de saciedade, melhoria da atividade da lactase e redução do risco do risco de enterocolite necrosante, em crianças prematuras;
- Proteção contra infecções — os bebês que tiveram amamentação regular durante o primeiro ano de vida tiveram um risco menor de hospitalização por doenças respiratórias, otites, infecções urinárias e sepse;
- Redução de risco da síndrome da morte infantil súbita. Quanto maior o período de aleitamento, maior a proteção.
Aparentemente, não é apenas o leite materno que traz benefícios, mas todo o ato de amamentar. Por exemplo, há também evidência de que o próprio contato pele a pele durante a amamentação também seja positivo para reduzir o choro infantil e aumentar os níveis de glicose no sangue do bebê.
Também, há evidências de que os benefícios da amamentação se mantêm mesmo após a sua suspenção:
- Proteção contra infecções respiratórias até 2 a 6 anos de vida, especialmente se a amamentação foi mantida por mais de 9 meses;
- Redução do risco (inclusive na idade adulta) de desenvolvimento de obesidade, diabetes mellitus tipo 1 ou 2, doenças cardiovasculares, hipersensibilidades imunológicas e doenças inflamatórias intestinais;
- Melhora no neurodesenvolvimento — além de reduzir o risco de transtornos de neurodesenvolvimento, o aleitamento parece estar relacionado com coeficientes de inteligência mais elevados na infância.
Benefícios da amamentação para a mãe
A amamentação também é vantajosa para a mãe, oferecendo benefícios, tais quais:
- Redução do risco de perda de sangue no pós-parto. A amamentação logo após o parto estimula a liberação de ocitocina, o que ajuda o útero a retornar ao seu tamanho normal mais rapidamente e diminui o risco de hemorragias;
- O aleitamento materno exclusivo, por liberar hormônios contraceptivos, atrasa o retorno da ovulação.
O aleitamento materno também traz benefícios de longo prazo para a mulher, como:
- Redução do risco de câncer de mama, de ovário e de endométrio;
- Efeito protetivo no sistema cardíaco e circulatório, diminuindo o risco de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares;
- Redução do risco de diabetes mellitus tipo II.
Existe algum benefício para o pai e para a família como um todo?
A amamentação também pode beneficiar a família como um todo:
- Alguns estudos mostraram que os custos de uma família no primeiro ano de vida de uma criança são menores quando a amamentação é regular;
- Meninas que veem sua mãe aleitando seus irmãos têm maior chance de amamentarem seus filhos;
- A participação do pai nos cuidados com a amamentação fortalece os vínculos afetivos.
Por todos esses benefícios que vimos, a amamentação é recomendada durante o primeiro ano de vida do bebê. A Organização Mundial de Saúde, apoiada por vários estudos, aconselha o aleitamento materno até o final do segundo ano de vida.
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