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Mamografia dói ou faz mal?

Por Dra. Cristiane Pacheco

A pergunta “mamografia dói ou faz mal?” é frequente entre as mulheres que vão realizar o exame, especialmente quando se trata da primeira vez. A resposta é que a mamografia pode, sim, causar desconforto, mas é um procedimento rápido e fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama.

Neste post, explicamos de forma o que é a mamografia, sua importância para a saúde feminina e por que o exame pode gerar sensação de incômodo. Você poderá entender por que esse desconforto é passageiro e por que vale a pena enfrentá-lo. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe o post até o final!

O que é a mamografia?

A mamografia é um exame de imagem realizado para avaliar o tecido mamário em busca de lesões malignas. Ele utiliza uma dose controlada de radiação, capturando imagens detalhadas das mamas que ajudam a identificar alterações suspeitas. Existem dois tipos principais de mamografia:

  • Mamografia de rastreamento: é indicada para mulheres assintomáticas como parte de um protocolo preventivo;
  • Mamografia diagnóstica: é recomendada quando há sintomas ou alterações previamente detectadas no exame clínico das mamas.

Durante o exame, as mamas são posicionadas e comprimidas entre duas placas do mamógrafo, o que pode causar desconforto em algumas mulheres.

Nesse sentido, é importante ressaltar que o câncer de mama é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, quando identificado precocemente, as taxas de sucesso no tratamento chegam a superar 90% dos casos.

Por isso, órgãos de saúde nacionais e internacionais recomendam a realização periódica da mamografia. O Ministério da Saúde do Brasil indica que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos como forma de rastreamento do câncer de mama.

Mamografia dói?

Sim. Afinal, durante a mamografia, as mamas precisam ser comprimidas entre duas placas. A compressão, embora momentaneamente incômoda, dura apenas alguns segundos por imagem capturada, o que torna o procedimento rápido. Contudo, essa compressão é necessária para:

  • reduzir a espessura do tecido mamário, evitando que diferentes camadas da mama se sobreponham. Isso ajuda a visualizar o máximo de tecido mamário e a gerar uma imagem mais nítida;
  • minimizar a dose de radiação aplicada;
  • melhorar a qualidade da imagem, permitindo a detecção de pequenas alterações que poderiam passar despercebidas.

O desconforto sentido varia de acordo com a sensibilidade de cada pessoa. Mulheres com maior sensibilidade mamária, o que pode ocorrer especialmente durante determinadas fases do ciclo menstrual, podem relatar sensação de dor ou incômodo durante o exame. Por isso, os dias logo após o término da menstruação são considerados mais apropriados para a realização da mamografia, pois a sensibilidade das mamas tende a ser menor nesse período.

É importante compreender que o desconforto sentido durante a mamografia não deve ser motivo para adiar ou evitar o exame. Os benefícios do diagnóstico precoce superam muito o incômodo temporário, considerando que a detecção de alterações em estágios iniciais possibilita tratamentos mais simples e melhores prognósticos.

Já o câncer de mama, em casos mais avançados, pode ser uma condição muito dolorosa. Assim, podemos pensar no desconforto da mamografia como um investimento de longo prazo para evitar uma condição mais dolorosa no futuro.

E a radiação usada na mamografia pode causar dor ou fazer algum mal?

Não. A radiação utilizada na radiografia é chamada tecnicamente de raios-x, que é um tipo de radiação ionizante. Essa radiação, em doses elevadas, interage com o DNA das nossas células e causam mutações que estão relacionadas a doenças, como o câncer. Contudo, não é a presença de radiação que representa perigo, mas a quantidade de radiação a que uma pessoa está exposta.

Nós estamos expostos à radiação ionizante no nosso dia a dia constantemente, pois os raios de sol e alguns alimentos contêm doses muito baixas de radiação. Para medir a dose de radiação, os cientistas utilizam uma medida chamada milisievert. No dia a dia, estima-se que recebamos 2,7 milisieverts a cada ano. Na mamografia, a pessoa está exposta a uma dose de aproximadamente 0,28 a 0,4 milisieverts a cada exame.

Considerando que as autoridades de saúde estipulam que uma pessoa pode se expor a até 20 e 50 milisieverts ao ano sem aumentar seus riscos de saúde, a mamografia pode ser vista como um exame muito seguro. Mesmo que uma pessoa realize esse exame duas vezes ao ano, ela ainda estaria muito longe de uma dose suficiente para causar mal.

A radiação usada na mamografia não causa nenhuma dor, pois a dose é muito baixa e interage muito pouco com o organismo. Estima-se que uma dose de mamografia equivale à radiação que recebemos no nosso dia a dia em cerca de um mês. Além disso, as técnicas de mamografia avançam constantemente com o objetivo de reduzir ainda mais a dose de radiação necessária para o exame.

Por fim, sabemos que ter dúvida se a mamografia dói é compreensível. A resposta honesta é que o exame pode causar desconforto devido à compressão das mamas, mas esse desconforto é geralmente breve e tolerável. Então, não deixe de focar na importância desse exame como uma ferramenta de diagnóstico precoce, capaz de salvar vidas e evitar dores maiores no futuro.

Quer saber mais sobre a mamografia? Toque aqui!

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