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O que é ovulação?

Por Dra. Cristiane Pacheco

A fertilidade feminina depende de diversas etapas coordenadas, sendo a ovulação um dos processos centrais, pois possibilita que um folículo ovariano libere um óvulo para a fecundação. Os folículos ovarianos são estruturas presentes nos ovários, responsáveis por abrigar e sustentar os óvulos imaturos. Durante o ciclo menstrual, diversos folículos iniciam seu desenvolvimento sob o estímulo do hormônio folículo-estimulante (FSH), secretado pela hipófise.

Desse grupo inicial, apenas um folículo se destaca como dominante. Esse folículo completa seu processo de maturação e libera o óvulo durante a ovulação. Os folículos restantes não evoluem e passam por atresia, um processo natural de regressão celular.

Quer saber mais sobre a ovulação? Acompanhe nosso post até o final!

O que é reserva ovariana? Qual sua relação com a ovulação?

A reserva ovariana corresponde à quantidade de óvulos viáveis disponíveis nos ovários durante a vida fértil da mulher. Ao nascimento, estima-se que as mulheres tenham aproximadamente um a dois milhões de folículos, que são estruturas que contêm os óvulos. Esse número sofre redução constante ao longo dos anos.

Na puberdade, inicia-se a ativação cíclica dos folículos ovarianos. Ou seja, em cada ciclo menstrual, vários folículos são recrutados, mas apenas um folículo atinge a maturidade completa e se torna apto a liberar um óvulo.

A partir dos 35 anos, a redução da reserva ovariana se torna mais acentuada, afetando tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos disponíveis. A reserva ovariana pode ser avaliada por meio de exames, como a dosagem do hormônio antimülleriano (AMH) e a contagem dos folículos antrais pela ultrassonografia transvaginal.

Folículos ovarianos

Os folículos ovarianos são estruturas localizadas nos ovários que abrigam os óvulos imaturos. Essas estruturas fornecem suporte e nutrição necessários para o desenvolvimento dos óvulos até a maturidade.

Durante cada ciclo menstrual, diversos folículos iniciam seu crescimento sob estímulo hormonal, principalmente pelo hormônio folículo-estimulante (FSH). Apenas um folículo se torna dominante, completando o processo de amadurecimento e liberando o óvulo durante a ovulação. Os folículos restantes passam por atresia, processo natural de regressão celular.

Como ocorre a ovulação?

O ciclo menstrual é dividido em três fases principais:

  • fase folicular: inicia-se no primeiro dia da menstruação e se estende até a ovulação;
  • fase ovulatória: ocorre a liberação do óvulo maduro, aproximadamente 24 a 36 horas após o pico do hormônio luteinizante, como veremos melhor a seguir. Entender o momento da ovulação é importante, pois ela determina a janela de tempo em que o óvulo está disponível para fecundação;
  • fase lútea: após a ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona para manter o endométrio em condições adequadas para a implantação do embrião. Caso a fertilização não aconteça, os níveis hormonais caem, o corpo lúteo regride e o ciclo menstrual reinicia.

A ovulação está inserida nesse ciclo como o evento determinante para a possibilidade de fecundação. A duração e a regularidade das fases do ciclo variam entre as mulheres, sendo a ovulação um marcador fisiológico central na função reprodutiva.

A ovulação corresponde à liberação do óvulo maduro pelo folículo dominante para as tubas uterinas, onde a fecundação pode ocorrer. Esse processo se inicia com o recrutamento de folículos durante a fase folicular. O FSH, produzido pela hipófise anterior, estimula o crescimento dos folículos ovarianos.

À medida que o folículo dominante se desenvolve, ele aumenta a produção de estrogênio. A elevação progressiva desse hormônio atinge um pico que desencadeia um pico de outro hormônio, o hormônio luteinizante (LH).

O pico de LH estimula uma série de modificações no folículo dominante. Ele promove o avanço da divisão celular do óvulo, fazendo com que ele se torne apto para a fecundação. Além disso, o LH provoca modificações estruturais e bioquímicas na parede do folículo.

Entre esses efeitos, está o aumento da produção de enzimas proteolíticas, isto é, proteínas que degradam as barreiras que mantêm o óvulo no interior do folículo. Ele também estimula o acúmulo de líquido dentro do folículo, aumentando a pressão interna para facilitar a ruptura.

Esses processos resultam na liberação do óvulo maduro em direção às tubas uterinas, geralmente entre 24 e 36 horas após o início do pico de LH. Uma vez liberado, o óvulo mantém sua viabilidade para fecundação por aproximadamente 12 a 24 horas.

Ovulação e período fértil

Considerando a sobrevida dos espermatozoides (de até cinco dias) e o período de viabilidade do óvulo, o intervalo mais favorável para a fecundação se estende aproximadamente do quinto dia anterior até um dia depois da ovulação. Depois do período fértil, a fecundação pode até ocorrer, mas é muito menos provável.

Após a ovulação, o folículo rompido se converte em corpo lúteo, estrutura responsável pela produção de progesterona. Esse hormônio estimula a maturação do endométrio, preparando o útero para receber o embrião. Na ausência de fecundação, o corpo lúteo regride, levando à diminuição dos níveis hormonais e à menstruação, reiniciando o ciclo.

A ovulação é um processo complexo que envolve a liberação de um óvulo maduro pelo folículo dominante. Isso ocorre aproximadamente na metade do ciclo menstrual. Condições que causam alterações nesse processo, como a síndrome dos ovários policísticos e as obstruções tubárias, podem afetar diretamente a fertilidade feminina e dificultar o início de uma gestação.

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