Pré-natal: veja quais são os exames de rotina do 1º trimestre
O pré-natal certamente é a principal ação para que uma gestação evolua da melhor forma possível, preservando a saúde da mãe e do futuro bebê. Nele, a gestante será periodicamente por um médico, que adotará tanto medidas padronizadas para todos os casos quanto individualizados.
Nesse sentido, os exames do 1º trimestre são essenciais para evitar frequentes de eventos adversos, como abortamentos, malformações fetais e partos prematuros.
Se você ficou interessada no assunto, não deixe de ler o post até o final!
O que é o pré-natal? Por que ele é dividido em trimestres?
O pré-natal é o acompanhamento clínico-obstétrico longitudinal durante uma gestação. Em outras palavras, um mesmo profissional ou uma equipe serão responsáveis por avaliar frequentemente as gestantes.
Além de avaliar o seu bem-estar e a saúde materno-fetal, busca-se criar um vínculo médico-paciente para que todo o processo gestacional seja satisfatório, saudável e gratificante para a mãe.
Além disso, as consultas e a avaliação dos resultados dos testes laboratoriais serão importantes para outras metas, como:
- tirar as dúvidas da mãe e de sua família para que todos se sintam mais seguros;
- fornecer medidas preventivas de doenças materno-fetais;
- avaliar o risco daquela gestação com base nas melhores evidências médicas sobre a prevenção de complicações;
- tratar precocemente doenças com implicações gestacionais;
- planejar um parto mais humanizado e individualizado, entre outros.
O pré-natal é dividido em trimestres devido aos fenômenos típicos de cada fase de desenvolvimento gestacional:
- no primeiro trimestre, o feto e os seus anexos (placenta e saco gestacional) ainda estão se desenvolvendo dentro do útero. Por isso, até 12 semanas de gestação as perdas gestacionais são chamadas de abortos, visto que ainda não há um feto formado e sim um embrião sem condições de sobrevida extra útero. Ademais, o desenvolvimento e o crescimento do feto são bastante acelerados. Então, a maioria das malformações ocorre nesse período;
- no segundo trimestre, que seria até 24 sem, o feto já se instalou e seus anexos interagem mais com o organismo materno. Por isso, as doenças gravídicas mais frequentes, como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional, começam a surgir;
- por fim, no terceiro trimestre, os corpos da mulher e do feto começam a se preparar para o nascimento. Nessa fase, serão importantes o planejamento do parto e a redução de risco de partos prematuros.
Os exames do pré-natal do 1º trimestre
O pré-natal se inicia com a primeira consulta, a qual deve ser realizada preferencialmente nas 12 primeiras semanas de gestação. Nela, serão requisitados os exames tão essenciais que são direitos de toda a mulher no Brasil. Afinal, reduzem os riscos de:
- morte ou adoecimento da mulher grávida;
- abortamentos espontâneos;
- desenvolvimento de malformações fetais;
- surgimento de condições psíquicas, como a ansiedade e a depressão.
Quanto mais cedo os testes forem realizados dentro dos prazos preconizados, melhor será o prognóstico da gestação. No mínimo, a lista do primeiro semestre deve incluir:
Hemograma
A contagem das células do sangue é importante para identificar doenças que podem comprometer o desenvolvimento gestacional, como a anemia e as hemorragias.
Tipagem sanguínea
Os glóbulos vermelhos apresentam moléculas superficiais que podem ser atacadas pelo sistema imunológico. Se a gestante e o feto tiverem tipos sanguíneos incompatíveis, ocorrerá tentativa de eliminar as hemácias.
As tipagens que trazem complicações mais frequentes são o sistema ABO e o RhD, que devem ser pedidos sempre que a mãe e o pai apresentarem incompatibilidade ou seu tipo sanguíneo não for conhecido.
Testes para diagnóstico de infecções
Obrigatoriamente, o pré-natal deverá incluir exames diagnósticos para as seguintes infecções:
- sorologia para HIV — a identificação precoce permite o planejamento da gestação para evitar a transmissão do vírus para o bebê;
- sorologia para sífilis — são as principais causas de malformações fetais, além de estarem relacionadas ao abortamento espontâneo e ao parto prematuro;
- sorologia IgM e IgG para toxoplasmose — a doença também associada a malformações. Os exames permitem saber se a mulher apresenta(ou) a doença durante a gestação, se é imunizada devido a contatos passados ou se é susceptível;
- sorologia para hepatite B e C — além de identificarem a presença dessas doenças, podem avaliar a imunidade contra os seus vírus;
- HBsAg — identifica a presença de partículas virais no sangue. Quando está positivo, demonstra uma infecção ativa.
Com o surgimento dos testes rápidos, os exames para identificar possíveis casos de sífilis ou de HIV podem ser realizados no consultório obstétrico logo na primeira consulta. Além desses exames padronizados, o médico poderá requisitar sorologias para a avaliação de condições, como rubéola e o HTLV.
Glicemia de jejum
Será importante para avaliar a presença de diabetes prévia e para conhecer o metabolismo da mulher antes de maiores influências da gestação.
EAS e urocultura
As infecções urinárias, mesmo que assintomáticas, causam diversas complicações para a gestação, como:
- abortamento espontâneo;
- rotura prematura de membranas;
- trabalho de parto prematuro;
- infecção no cordão umbilical e na placenta (corioamnionite);
- ao baixo peso ao nascer;
- à infecção neonatal;
- infecção generalizada (septicemia) materna.
Portanto, o pré-natal bem feito, com a realização de todos os exames de rotina do 1.º trimestre, melhora o prognóstico durante e depois da gestação. Ele deve ser realizado por um(a) médico(a) que vai acolhê-la e permitir que o todo processo seja o mais satisfatório e seguro quanto possível.
Quer saber mais sobre os exames que são realizados durante todo o pré-natal? Confira este nosso post completo sobre o assunto!