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Sintomas de candidíase mamária

Por Dra. Cristiane Pacheco

A amamentação, embora seja um momento especial de vínculo entre mãe e filho, pode apresentar desafios. Por exemplo, o ingurgitamento mamário é uma complicação comum, caracterizada pela obstrução dos ductos mamários, levando a seios doloridos e tensionados.

Fissuras nos mamilos também são uma preocupação frequente, podendo causar desconforto à mãe durante a amamentação. Além disso, existe a candidíase mamária, uma infecção fúngica, é menos comum, mas pode ocorrer, manifestando-se por meio de dor intensa, vermelhidão e coceira nos seios.

Esses problemas podem comprometer a experiência da amamentação, tornando essencial o suporte médico adequado, como a orientação de profissionais de saúde e o tratamento específico para cada condição, a fim de garantir o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Por esse motivo, vamos falar mais sobre o tratamento da candidíase mamária neste post. Ficou interessada? Acompanhe!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, o qual está naturalmente presente em algumas regiões do corpo da mulher. Contudo, quando ele se multiplica excessivamente na região das mamas, o sistema imunológico é ativado e provoca um processo inflamatório no local. Isso pode provocar sintomas bastante incômodos para a lactante, prejudicando a amamentação.

Quais os sintomas da candidíase mamária?

Os principais sintomas da candidíase mamária estão relacionados à reação inflamatória causada pela infecção fúngica no local. Portanto, são inespecíficos, não havendo nenhum sinal exclusivo da candidíase mamária.

A dor durante a amamentação é um dos sintomas mais frequentes da candidíase fúngica e geralmente é o que mais preocupa as pacientes. A amamentação pode se tornar dolorosa devido ao aumento da sensibilidade provocado pelo processo inflamatório.

A candidíase mamária também pode fragilizar a pele dos seios, provocando descamação e fissuras (rachaduras). Isso contribui para que a dor durante a amamentação se torne mais intensa.

No entanto, é importante ressaltar que a maior parte dos casos de dor e de fissuras durante a amamentação não são causados pela candidíase mamária, mas por condições mais comuns como o ingurgitamento das mamas e os problemas na pega.

A dor nos mamilos fora dos períodos de amamentação também pode ocorrer. Ela pode ser de leve, assemelhando-se a um desconforto na região, a intensa e persistente. As mamas também podem se tornar muito sensíveis ao toque.

Outros sinais importantes de inflamação são a vermelhidão e o inchaço nos mamilos e na área ao redor. Algumas mulheres relatam uma sensação de queimação na área afetada. Em alguns casos, a pele pode se tornar mais esbranquiçada ou perolada devido à descamação da pele.

Outro sintoma comumente relatado pelas pacientes é a coceira na região afetada, que pode ser desde leve e ocasional até incômoda e persistente. Por fim, em casos mais raros, pode haver alterações na descarga mamilar.

Também é importante estar atenta a um sinal de candidíase mamária que não se manifesta na mãe, mas no bebê. A Candida albicans também é um dos agentes causadores do “sapinho” na criança, fazendo com que surjam feridas e assaduras nos lábios, na boca e na língua do bebê.

A candidíase oral é uma condição que pode ser muito dolorosa, o que faz com ele não consiga se alimentar adequadamente ou fique muito choroso durante a amamentação. O tratamento de ambos é fundamental para que o aleitamento materno não seja prejudicado, o que traz consequências negativas para o bebê.

Como a candidíase mamária pode afetar a amamentação e como lidar com isso?

A candidíase mamária pode afetar a amamentação devido ao desconforto e à dor que provoca. Como a região fica ferida e mais sensível, algumas pacientes podem enfrentar uma dor difícil de tolerar. Nessa situação, a amamentação deve ser suspensa para evitar uma resistência emocional ao ato de amamentar.

Caso a dor seja tolerável ou a paciente deseje continuar amamentando, geralmente não é necessário suspender a amamentação durante o tratamento da candidíase mamária. Afinal, são indicadas medicações tópicas seguras para o bebê. Então, também não é preciso retirar ou lavar as mamas antes de amamentá-lo.

Nesse sentido, siga sempre as orientações do seu médico sobre as medidas necessárias. Caso tenha dúvida, pergunte para ele o que deve ser feito.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento da candidíase mamária?

O diagnóstico da candidíase mamária é principalmente clínico, baseado nos sintomas apresentados e nas alterações percebidas no exame físico feito pelo médico. Em alguns casos, pode ainda ser coletada uma biópsia ou um raspado para cultura microbiológica para afastar outras causas.

Geralmente a combinação de medidas antifúngicas e cuidados locais para aliviar os sintomas. Nesse sentido, o tratamento da candidíase mamária pode envolver:

  • Uso de medicações antifúngicas tópicas ou orais para controlar a infecção;
  • Uso de analgésicos seguros para lactantes com a finalidade de aliviar a dor;
  • Cuidados locais para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação das mamas;
  • Medidas para reduzir o impacto da condição na amamentação.

Em geral, não é necessário suspender a amamentação, a não ser que a paciente esteja sentindo muita dor ao amamentar. Nesse caso, recomenda-se a ordenha do leite e, em último caso, o uso temporário de fórmulas.

Apesar de ser uma condição dolorosa, a candidíase mamária é facilmente tratável. A amamentação durante o tratamento da candidíase mamária é de suma importância, pois o leite materno oferece inúmeros benefícios à saúde do bebê, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e fornecendo nutrientes essenciais.

Portanto, embora a candidíase mamária possa causar desconforto à mãe durante a amamentação devido à infecção fúngica nos seios, é crucial continuar amamentando com o devido suporte médico.

Quer saber mais sobre os desafios da amamentação? Toque aqui!

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