O que são fissuras nas mamas durante a amamentação?
A amamentação é um processo natural que traz diversos benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe. Por exemplo, o leite materno oferece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil, além de contribuir para a formação do vínculo entre mãe e filho. Além disso, ele previne o empedramento do leite dentro dos ductos mamários, reduzindo o risco de inflamação.
Entretanto, mesmo sendo um processo fisiológico, a amamentação pode apresentar desafios que exigem atenção. Entre eles, destacam-se as fissuras nas mamas, uma condição que, embora incômoda, pode ser prevenida com orientação adequada e tratada com medidas simples. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post até o final!
O que são fissuras nas mamas?
A pele da região mamilar tem uma estrutura delicada, formada por camadas finas de tecido e glândulas, o que a torna vulnerável a traumas físicos repetitivos. Por isso, qualquer fator que gere atrito ou pressão inadequada sobre essa área pode favorecer o surgimento dessas lesões. As fissuras nas mamas são lesões caracterizadas por pequenas rachaduras ou cortes na pele da aréola ou do mamilo.
Elas podem variar de tamanho e profundidade, ֫— desde discretas escoriações até feridas mais profundas que, em alguns casos, chegam a sangrar. As fissuras nas mamas comprometem a integridade da pele e, por isso, aumentam o risco de infecções locais, como a mastite.
Além disso, podem causar dor significativa durante a amamentação. Identificar precocemente as fissuras nas mamas é fundamental para evitar a progressão do quadro e para manter a continuidade da amamentação de forma confortável e segura.
Por que as fissuras nas mamas podem surgir durante a amamentação?
Durante a amamentação, o principal fator de risco relacionado às fissuras nas mamas é a pega inadequada do bebê. Quando o bebê não abocanha corretamente a aréola, concentrando a sucção apenas no mamilo, há uma concentração excessiva de força em um ponto específico, o que provoca pequenos traumas repetitivos. A longo prazo, essa mecânica inadequada resulta na formação de fissuras.
Outro aspecto relevante é a frequência e a duração das mamadas. Mamas expostas a sucção prolongada ou excessivamente frequente, sem intervalos suficientes para recuperação da pele, ficam mais suscetíveis a lesões. Por isso, é fundamental realizar a alternância das mamas durante as mamadas. Além disso, a utilização de acessórios inadequados, como bicos artificiais, também pode predispor ao surgimento dessas fissuras.
Condições dermatológicas preexistentes, como dermatite atópica ou infecções fúngicas da pele, também são fatores de risco relevantes. Afinal, elas comprometem a barreira cutânea natural da mama, facilitando a ocorrência de fissuras.
Fora do contexto da amamentação, as fissuras nas mamas podem surgir por outros motivos. Entre eles, destacam-se traumas diretos, como atrito com sutiãs apertados, exposição ou práticas de higiene excessivamente abrasivas (como buchas mais grossas). Assim, embora sejam mais comuns durante a amamentação, as fissuras nas mamas podem estar presentes em outros momentos da vida da mulher.
O que fazer em casos de fissura nas mamas?
Ao identificar uma fissura nas mamas, o primeiro passo é conversar com sua ginecologista para avaliar a técnica de amamentação. Garantir uma pega adequada é essencial para interromper o ciclo de trauma repetitivo. Além do ajuste da técnica, é importante adotar cuidados locais para promover a cicatrização da pele.
Em alguns casos, a aplicação de pomadas hidratantes com lanolina forma uma barreira protetora sobre a fissura, reduzindo o atrito durante as mamadas e favorecendo o processo de regeneração tecidual. No entanto, é muito importante utilizar pomadas recomendadas por médicos, evitando pomadas caseiras ou artesanais, visto que elas podem conter microrganismos que causam infecções.
Em algumas situações, pode ser necessário interromper temporariamente a amamentação no seio afetado, mantendo a extração do leite para evitar ingurgitamento, até que a lesão apresente sinais de melhora. É fundamental também manter uma adequada higiene da região, utilizando apenas água morna e evitando produtos que possam ressecar a pele. Soluções irritantes ou antissépticos em excesso devem ser evitados, pois podem retardar o processo de cicatrização.
Além disso, é muito importante evitar roupas justas e sutiãs apertados durante o período. Também evite cobrir a região com curativos, pois isso pode facilitar a proliferação dos microrganismos. Se houver sinais de infecção, como vermelhidão intensa, inchaço, calor local ou secreção purulenta, você deve retornar ao médico para avaliar se a fissura está infectada. Com isso, pode ser necessário tratamento antibiótico ou antifúngico.
Por fim, as fissuras nas mamas representam um desafio relativamente comum durante a amamentação, mas que pode ser prevenido e tratado com intervenções adequadas. Isso garante não apenas a resolução das lesões, mas também a continuidade da amamentação de maneira segura e confortável. Afinal, as fissuras não contraindicam a amamentação na maior parte dos casos. Assim, você e o bebê podem colher todos os benefícios que o aleitamento materno proporciona.
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