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O que é vitalidade fetal?

Neste post, vamos falar sobre um assunto muito importante durante a gestação: a vitalidade fetal. Esse é o termo que usamos para descrever o estado de saúde do feto durante a gravidez. Afinal, quando você está esperando um bebê, é natural se preocupar com a saúde e o bem-estar dele.

Durante a gravidez, existem casos em que tudo ocorre tranquilamente, sem intercorrências. Em outras situações, podem surgir desafios que exigem atenção e monitoramento de perto. Independentemente do cenário, é crucial entender a importância de acompanhar de perto a saúde do seu bebê em desenvolvimento.

Em uma gestação tranquila, sem intercorrências, o bebê se desenvolve harmoniosamente, recebendo os nutrientes e o oxigênio necessários para crescer saudável dentro do útero. Os movimentos fetais são regulares, o batimento cardíaco estável, e as medidas de ultrassom mostram um crescimento adequado.

No entanto, sabemos que nem todas as gestações são livres de intercorrências. Alguns fatores podem aumentar os riscos para a saúde do feto, como pressão arterial elevada, diabetes gestacional, crescimento restrito do feto e problemas placentários.

Nessas situações, é fundamental que o obstetra monitore de perto a vitalidade fetal para garantir o melhor cuidado possível tanto para a mãe quanto para o bebê. O monitoramento da vitalidade fetal é realizado por meio de uma combinação de métodos clínicos e exames especializados. Ou seja, para determiná-la, é necessário avaliar diversos parâmetros. Vamos explicar tudo para você neste post! Acompanhe!

O que é vitalidade fetal?

Em termos simples, a vitalidade fetal se refere à capacidade do feto de crescer, desenvolver-se e se movimentar dentro do útero. Essa avaliação é fundamental para avaliar se o bebê está recebendo oxigênio e nutrientes adequados, além de estar livre de qualquer sofrimento.

Existem várias maneiras de avaliar a vitalidade fetal durante a gravidez. O obstetra utiliza uma combinação de métodos clínicos, exames de imagem e monitoramento dos movimentos fetais para avaliar a saúde do bebê. Veja os principais parâmetros que ele vai avaliar:

Batimentos cardíacos

Os batimentos cardíacos do feto são um dos primeiros sinais de vitalidade que o médico verifica. Durante a ausculta ou o monitoramento eletrônico, a frequência cardíaca fetal é avaliada. A faixa normal de batimentos cardíacos pode variar entre 110 e 160 batimentos por minuto, mas pode haver variações de acordo com a idade gestacional.

Movimentos fetais

Os movimentos do feto são um indicador importante da sua vitalidade. À medida que o bebê se desenvolve, ele começa a se mover no útero. Geralmente, espera-se que o bebê realize um número mínimo de movimentos em um período específico. Isso mostra que seu desenvolvimento é adequado e que ele está recebendo os nutrientes necessários para ter energia.

Medidas de crescimento fetal

Medidas, como o comprimento do fêmur, o perímetro cefálico e o diâmetro abdominal, ajudam a avaliar se o bebê está se desenvolvendo adequadamente em relação à idade gestacional.

Fluxo sanguíneo

O bebê recebe oxigênio e nutrientes suficientes através da placenta e do cordão umbilical. Ele não se alimenta nem respira, então precisa obtê-los da circulação materna. Caso contrário, não consegue se desenvolver adequadamente.

Testes de vitalidade fetal

Existem alguns testes específicos utilizados para avaliar a vitalidade fetal, como a ausculta cardíaca fetal, a cardiotocografia (CTG) e a ultrassonografia.

  • A ausculta cardíaca fetal é uma forma simples e não invasiva de avaliar a vitalidade, por meio da qual o médico utiliza um estetoscópio de Pinard ou um Doppler fetal para verificar os batimentos acelerados ou reduzidos do bebê;
  • A cardiotocografia (CTG) é um exame que monitora os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas da mãe. Sensores são colocados na barriga da mãe para registrar os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas, que são analisados pelo obstetra para verificar a frequência cardíaca do bebê em relação às contrações;
  • A ultrassonografia é uma ferramenta poderosa para avaliar a vitalidade fetal, fornecendo informações detalhadas sobre o crescimento do bebê, a circulação sanguínea e os movimentos. Ela pode ser associada ao Doppler, uma técnica adicional que avalia o fluxo sanguíneo nas artérias umbilicais e outras artérias importantes.

A importância do pré-natal

A saúde e o bem-estar do seu bebê são prioridades durante toda a gravidez, e a avaliação da vitalidade fetal desempenha um papel crucial nesse cuidado. No entanto, ela é apenas uma parte do pré-natal, que inclui diversas outras medidas para garantir a saúde da mãe e do bebê.

Lembre-se sempre de manter um diálogo aberto com seu obstetra, comparecer às consultas regularmente e realizar os exames recomendados. É essencial seguir todas as orientações fornecidas pelo médico para garantir uma gestação saudável.

Além disso, é importante ressaltar que a avaliação da vitalidade fetal captura o estado de saúde do bebê em um determinado momento e que os resultados dos exames estão sujeitos a falso-positivos e falso-negativos. Portanto, é fundamental que os exames sejam sempre avaliados pelo médico que acompanha o pré-natal, que os interpretará com base nos sinais e sintomas identificados na consulta clínica.

Em casos de suspeita de problemas na vitalidade fetal, podem ser realizados outros exames ou procedimentos para uma avaliação mais detalhada, como o perfil biofísico fetal, testes de estresse fetal ou até mesmo uma amniocentese.

Essas decisões serão tomadas em conjunto com a mãe, dentro dos princípios do pré-natal e do parto humanizados, levando em consideração as necessidades individuais da gravidez e as melhores evidências científicas.

Quer saber mais sobre os exames do pré-natal e sua importância? Confira os principais testes feitos em cada trimestre de gestação!

O que é colo curto?

O colo do útero é uma parte importante do sistema reprodutivo feminino. Localizado na parte inferior do útero, ele conecta esse órgão com a vagina. Durante a gravidez, o colo do útero fica fechado para manter o feto em segurança dentro do útero. Ele também permanece firme e longo, para evitar a dilatação prematura.

À medida que a gestação avança e a data do parto se aproxima, o colo do útero começa a amolecer e a dilatar para permitir a passagem do bebê durante o parto. No final da gravidez, o colo do útero geralmente começa a se dilatar de forma mais significativa e a afinar, em um processo conhecido como apagamento cervical. No final da fase ativa do trabalho de parto, o colo do útero dilata até cerca de 10 cm, permitindo a passagem do bebê pelo canal de parto.

Devido a sua relevância nos mais diferentes estágios da gestação, é importante que as mulheres grávidas recebam um cuidado adequado pré-natal para garantir a saúde do colo do útero e prevenir complicações. Isso inclui a avaliação do colo curto, uma condição associada a partos prematuros e outras complicações. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é colo curto?

O colo curto é uma condição na qual o colo do útero da mulher grávida é mais curto do que o normal, geralmente medindo menos de 2,5 centímetros de comprimento. É importante identificar o colo do útero curto o mais cedo possível, pois isso pode permitir que a mulher receba cuidados e tratamentos especiais para ajudar a prevenir o parto prematuro.

Algumas das possíveis causas ou fatores de risco de um colo do útero curto na gestação incluem:

  • Dilatação cervical prévia para procedimentos ginecológicos ou para a indução do parto;
  • Cirurgias cervicais prévias;
  • Histórico prévio de parto prematuro;
  • Incompetência istmo-cervical, um problema em que tecido conjuntivo do colo do útero está enfraquecido e se torna incapaz de suportar o peso do feto).

Relação do colo curto com a prematuridade

Existe uma relação direta entre o colo do útero curto e o parto prematuro. O colo do útero é uma estrutura que deve permanecer fechada durante a maior parte da gestação para proteger o bebê e manter a gravidez até o momento adequado para o parto. Durante o trabalho de parto, o colo do útero se dilata e se afina para permitir a passagem do bebê pelo canal do parto.

 

Quando o colo do útero é mais curto do que o normal na gestação, ele pode ter menos tecido para suportar o peso que o bebê exerce sobre ele, o que pode levar a uma abertura precoce do colo do útero. Isso pode levar ao início precoce do trabalho de parto.

O parto prematuro é uma preocupação séria, pois pode trazer diversos riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, como riscos aumentados de:

  • Problemas respiratórios e gastrointestinais;
  • Atraso de desenvolvimento neurológico do bebê;
  • Infecções neonatais;
  • Hemorragia pós-parto na mãe.

Por isso, é importante que mulheres que tenham um colo do útero curto na gestação recebam cuidados e tratamentos adequados para ajudar a prevenir o parto prematuro e minimizar os riscos associados a essa condição.

Diagnóstico do colo curto

O diagnóstico do colo curto é geralmente feito por meio de um exame de ultrassom transvaginal. Durante o exame, o médico pode medir o comprimento do colo do útero para determinar se ele está mais curto do que o normal. Normalmente, essa avaliação é feita entre 18ª e a 24ª semana de gestação.

O exame de ultrassom transvaginal é geralmente seguro e indolor que usa ondas sonoras para criar imagens do colo do útero e outras estruturas dentro do corpo da mulher. Durante o procedimento, a mulher deve ficar com as pernas dobradas e afastadas enquanto o médico insere um pequeno dispositivo de ultrassom na vagina. O dispositivo

Tratamento do colo curto

O tratamento para o colo curto na gestação depende do grau de encurtamento e da idade gestacional em que a condição é identificada. Alguns dos tratamentos possíveis incluem:

  • Repouso: pode ser recomendado para ajudar a prevenir a abertura precoce do colo do útero, incluindo medidas de repouso em leito, redução da atividade física ou outras restrições;
  • Progesterona: A administração de progesterona pode ajudar a prevenir o parto prematuro em mulheres com colo do útero curto;
  • Cerclagem: é um procedimento cirúrgico em que uma sutura é feita em torno do colo do útero para mantê-lo fechado durante a gestação. Esse tratamento pode ser recomendado em casos de colo curto com maior risco de parto prematuro;
  • Pessário cervical: é um dispositivo médico em forma de anel que é inserido na vagina e colocado ao redor do colo do útero para ajudar a mantê-lo fechado. Isso pode ser uma opção para mulheres com colo do útero curto que não podem utilizar outras formas de tratamento.

Por fim, dentro dos princípios do pré-natal humanizado, é importante lembrar que o tratamento para o colo do útero curto deve ser personalizado e adaptado a cada caso específico. O acompanhamento regular com um obstetra experiente em gestações de alto risco pode ser fundamental para garantir a segurança da mãe e do bebê.

Quer saber mais sobre os exames de pré-natal, que podem diagnosticar o colo curto? Confira nosso artigo completo sobre o tema!

Doppler no ultrassom durante a gestação: qual é a função?

Os exames pré-natais são de extrema importância para a saúde da gestante e do feto. Eles podem ajudar a identificar possíveis complicações. O diagnóstico precoce dessas condições pode permitir um tratamento mais eficaz e reduzir o risco de complicações para a mãe e para o feto. Entre os exames mais utilizados, está a ultrassonografia com Doppler.

A função do Doppler no ultrassom durante a gestação é avaliar o bem-estar fetal, detectando possíveis alterações no fluxo sanguíneo que possam indicar problemas como a restrição de crescimento fetal. O uso do Doppler no ultrassom pode ajudar o médico a identificar precocemente possíveis complicações gestacionais e tomar as medidas necessárias para garantir a saúde da mãe e do feto.

O exame de Doppler pode geralmente realizado durante as consultas de pré-natal de rotina, especialmente em gestações consideradas de alto risco. Além disso, o Doppler também pode ser utilizado durante o trabalho de parto para monitorar o bem-estar fetal e ajudar a decidir se é necessária uma intervenção médica, como a indução do parto ou a cesariana.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é Doppler?

O ultrassom com Doppler é uma técnica que utiliza ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens detalhadas dos órgãos e estruturas internas do corpo, além de avaliar o fluxo sanguíneo em diferentes tecidos. O exame é considerado um procedimento seguro e não invasivo, sem efeitos colaterais conhecidos.

A técnica de Doppler é baseada no efeito Doppler, que ocorre quando há uma variação na frequência das ondas sonoras refletidas pelo fluxo sanguíneo em movimento. Essa mudança pode ser detectada pelo aparelho de ultrassom e transformada em uma imagem colorida que representa a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo.

No ultrassom com Doppler obstétrico, por exemplo, a técnica é usada para avaliar o fluxo sanguíneo na placenta, no cordão umbilical e nos vasos fetais. Além disso, o ultrassom com Doppler também é usado em outras áreas da medicina, como a cardiologia, para avaliar o fluxo de sangue no coração e nos vasos sanguíneos.

Como é feito o Doppler no ultrassom durante a gestação?

O exame é geralmente realizado por um médico especializado em medicina fetal ou por um ultrassonografista treinado em ultrassonografia obstétrica com Doppler. O procedimento geralmente começa com a mulher deitada em uma maca, com o abdômen exposto.

O médico especialista em ultrassom aplica um gel à base de água no abdômen para ajudar a transmitir as ondas sonoras e facilitar a obtenção de imagens nítidas. Em seguida, ele usa um transdutor, um dispositivo manual que emite e recebe ondas sonoras, para capturar imagens em tempo real do feto, da placenta e do líquido amniótico.

Depois de ter localizado as estruturas em que ele deseja avaliar o fluxo sanguíneo, ele altera as configurações do aparelho de ultrassom para incluir a técnica Doppler, produzindo imagens coloridas que representam a direção e a velocidade do sangue no local.

Qual a importância do Doppler no pré-natal?

Esse exame pode fornecer informações valiosas sobre a circulação fetal e identificar precocemente possíveis complicações gestacionais. Algumas das principais aplicações do ultrassom com Doppler no pré-natal incluem:

  • Avaliação do crescimento fetal: o ultrassom com Doppler pode ser utilizado para avaliar o crescimento fetal e detectar possíveis casos de restrição de crescimento intrauterino, que ocorre quando o feto não cresce adequadamente. Esse quadro pode ocorrer devido a problemas na circulação sanguínea na placenta, sendo importante avaliar o transporte de sangue nas artérias que passam por ela;
  • Monitoramento de gestações de alto risco: o ultrassom com Doppler pode ser especialmente importante em gestações consideradas de alto risco, como aquelas com hipertensão arterial materna, diabetes gestacional, gestações múltiplas, entre outras condições, ajudando a monitorar a circulação fetal, que pode estar prejudicada;
  • Diagnóstico de anomalias fetais: o ultrassom com Doppler também pode ser utilizado para diagnosticar algumas anomalias circulatórias fetais, como a persistência da veia cava superior esquerda e a tetralogia de Fallot;
  • Determinação da saúde fetal durante o trabalho de parto: o Doppler também pode ser utilizado para monitorar o bem-estar fetal durante o trabalho de parto e ajudar a decidir se é necessária uma intervenção médica, como a indução do parto ou a cesariana.

Caso seja detectada alguma alteração no fluxo sanguíneo, medidas adicionais podem ser tomadas para garantir a saúde do feto, como monitoramento mais frequente, mudanças na dieta da mãe ou mesmo a necessidade de intervenção médica, como a indução do parto ou a cesariana.

Em resumo, o Doppler no ultrassom durante a gestação é uma técnica fundamental para avaliar o bem-estar fetal e monitorar a circulação fetal. É seguro e não invasiva, podendo ser utilizado praticamente sem restrições na rotina de pré-natal.

Esse exame pode fornecer informações valiosas para detectar possíveis complicações gestacionais e auxiliar o médico na decisão de indicar intervenções necessárias para garantir a saúde da mãe e do feto. A utilização do Doppler no pré-natal, especialmente em gestações consideradas de alto risco, pode ser crucial para o diagnóstico precoce de problemas gravídicos.

Quer saber mais sobre o pré-natal e como ele é feito? Confira nosso post sobre os exames realizados em cada trimestre de gestação!

Percentil fetal: o que significa?

É fundamental avaliar como está o desenvolvimento de um bebê durante o pré-natal, pois isso permite que possamos fazer um plano de cuidado personalizado para as necessidades de cada gestação. Felizmente, com o avanço da tecnologia, hoje temos muitas ferramentas para isso, como a ultrassonografia obstétrica e outros exames complementares.

No ultrassom gestacional, um dos fatores mais importantes a serem avaliados é o peso estimado do feto. Com isso, podemos identificar potenciais problemas, como a restrição do crescimento fetal ou a macrossomia (elevado peso fetal). Para esse tipo de avaliação, utilizamos o percentil fetal, uma comparação estatística do peso do bebê. Quer entender melhor como ela funciona? Acompanhe o nosso post!

O que é percentil fetal?

O percentil fetal é uma medida utilizada na ultrassonografia obstétrica para avaliar o crescimento fetal durante a gestação. Ele indica a posição do peso fetal em relação aos fetos de mesma idade gestacional.

Por exemplo, se um feto está:

  • no percentil 50, isso significa que 50% dos fetos têm um peso menor do que o dele e 50% maior do que ele;
  • no percentil 10, isso indica que seu peso é menor do que 90% dos fetos na mesma idade gestacional. Da mesma forma, 10% dos fetos têm um peso menor do que o dele;
  • no percentil 90, indica que seu peso é maior do que 90% dos fetos na mesma idade gestacional. Por sua vez, apenas 10% dos fetos são mais pesados do que ele.

Mas como chegamos a esses valores? Para fazer as curvas do percentil fetal, foram feitos estudos com centenas de milhares de bebês, levando a criação de uma estimativa bastante confiável.

O percentil fetal é uma ferramenta importante na detecção de possíveis problemas no desenvolvimento fetal, como:

  • restrição de crescimento intrauterino (RCIU), caracterizada por um feto com um percentil abaixo de 10;
  • ou macrossomia fetal, diagnosticada quando o feto está acima do percentil 90.

Isso pode ajudar a determinar a necessidade de intervenções médicas para garantir a saúde da mãe e do bebê.

No entanto, o percentil fetal deve ser sempre avaliado por um médico, visto que a interpretação não é feita apenas com base nos números. Podem ocorrer falsos positivos e falso negativos, por exemplo.

Além disso, serão necessários outros exames para verificar o que pode estar causando a alteração. Nesse sentido, é importante identificar uma anomalia na placenta ou no cordão umbilical pela ultrassonografia com Doppler.

Como é feito o cálculo?

Calcular o peso de um feto não é tão simples dentro do útero não é tão simples. Afinal, não é possível colocá-lo em cima de uma balança. Então, a estimativa de seu peso é feita com base nas dimensões de seu corpo obtidas pela medição na ultrassonografia. Os principais parâmetros são:

  • diâmetro biparietal (DBP);
  • circunferência abdominal (CA);
  • o comprimento do fêmur (CF).

Essas medidas podem ser, então, comparadas com curvas obtidas em estudos com grande número de fetos, como a curva de Lubchenco. Entretanto, atualmente, o mais comum é que os próprios equipamentos façam essa estimativa de forma automatizada.

O que ele pode indicar e quando merece atenção?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os riscos gestacionais são maiores quando o percentil fetal está abaixo de 10 (restrição ao crescimento fetal) ou acima de 90 (macrossomia fetal).

Restrição do crescimento fetal

A restrição do crescimento fetal (RCF) é uma condição em que o feto não cresce adequadamente durante a gestação. Isso pode ser causado por vários fatores, como má nutrição materna, doenças maternas, problemas na placenta ou no cordão umbilical, entre outros.

Na RCF, o feto apresenta um peso abaixo do esperado para a idade gestacional, o que pode levar a complicações graves, como sofrimento fetal, prematuridade, hipoxia fetal (falta de oxigênio), entre outras. Além disso, a RCF também está associada a um aumento do risco de morte fetal.

O tratamento da RCF depende da causa subjacente e pode incluir medidas como monitoramento fetal mais frequente, suplementação nutricional, indução do parto ou cesárea. O acompanhamento pré-natal regular é fundamental para identificar precocemente a RCF e prevenir possíveis complicações para a mãe e o feto.

Macrossomia fetal

A macrossomia fetal é uma condição em que o feto tem um peso acima do percentil 90 para idade gestacional. A macrossomia fetal está associada a um aumento do risco de complicações tanto para o feto quanto para a mãe, como:

  • dificuldade na progressão do trabalho de parto;
  • distocia de ombro (quando o ombro do feto fica preso na pelve materna);
  • trauma fetal;
  • necessidade de uma cesariana, entre outros.

Além disso, o feto macrossômico tem um risco aumentado de desenvolver hipoglicemia neonatal (baixo nível de açúcar no sangue) e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).

Algumas das principais causas incluem a diabetes gestacional, a obesidade materna, o ganho excessivo de peso durante a gestação, entre outras. Por isso, o tratamento da macrossomia fetal pode envolver medidas como o controle da glicemia materna, a indução do parto normal induzido ou cesárea, dependendo das circunstâncias e da avaliação individualizada da paciente por seu obstetra.

Portanto, o percentil fetal é uma medida muito importante para que seu obstetra avalia o desenvolvimento do bebê dentro do útero. Caso seja encontrada alguma alteração, ele poderá fazer um pré-natal com mais consultas ou indicar alguma intervenção para corrigir as causas do problema.

Quer saber mais sobre a importância dos exames de rotina em cada trimestre do pré-natal? Confira nosso artigo sobre o tema!

Colposcopia: o que pode diagnosticar?

Os exames de rotina da mulher são aqueles realizados com a finalidade de realizar o diagnóstico precoce de doenças que podem causar problemas graves de saúde. Esse é o caso do exame do Papanicolaou (citopatológico do colo do útero), o qual identifica lesões que são ou podem se tornar um câncer cervical. Vários estudos já mostram que a realização do preventivo ginecológico regularmente é capaz de evitar muitos óbitos e aumentar os anos de qualidade de vida das pacientes.

A colposcopia, por sua vez, não é um exame de rotina. Afinal, seu objetivo não é rastrear pacientes em risco, mas diagnosticar patologias. Ela é indicada quando a paciente apresenta alterações no preventivo. Em outras palavras, seu objetivo é diagnosticar um eventual tumor maligno em pacientes com alterações no exame de triagem de risco. Quer saber mais sobre quando a colposcopia é pedida? Acompanhe nosso post!

O que é colposcopia?

A colposcopia é um exame de magnificação de imagem. Em outras palavras, ele envolve o uso de equipamentos especiais, como lentes e câmeras, que ampliam a imagem de uma área, permitindo que o médico veja detalhes de lesões microscópicas ou difíceis de visualizar a olho nu. Conforme for o caso, ele pode ainda coletar amostras de tecido para investigação histocitopatológica (análise microscópica das células e tecidos).

Como a colposcopia é feita?

Como vimos, a colposcopia é um procedimento que permite ao médico examinar de perto o colo do útero, a vagina e a vulva de uma mulher em busca de sinais de doenças. Durante uma colposcopia, o médico usará um dispositivo de ampliação, chamado colposcópio, para examinar de perto o tecido nessas áreas.

A paciente é colocada em posição ginecológica, a mesma do exame físico habitual. Então, ele investiga a vulva visualmente e insere um espéculo na vagina para manter as suas paredes abertas.

O colposcópio é então usado para visualizar as paredes da vagina e do colo do útero. O médico usará uma solução química própria para destacar todas as áreas que possam ser suspeitas. O médico também pode coletar uma pequena amostra de tecido para biópsia. O procedimento geralmente leva cerca de 10 a 15 minutos e geralmente é feito no consultório do médico sem anestesia. Pode ser desconfortável, mas geralmente não é doloroso.

O que ela pode diagnosticar?

O objetivo principal da colposcopia é identificar lesões potencialmente malignas (invasivas) na vulva, na vagina e no colo do útero. São as chamadas patologias do trato genital inferior. Nos resultados da colposcopia, podem constar diagnósticos, como lesões:

  • grau 1 — lesões proliferativas de menor risco de evolução para câncer;
  • grau 2 — lesões proliferativas de maior risco de evolução para câncer;
  • suspeita de invasão — lesões potencialmente cancerígenas mais profundas.

Câncer do colo de útero

A principal indicação da colposcopia é a investigação de alterações no exame citopatológico preventivo do câncer do colo de útero, o papanicolaou. Essa doença pode ocorrer geralmente devido à infecção por alguns tipos do vírus HPV, que causam mudanças no material genético das células, fazendo com que elas se proliferem sem controle.

Antes do Papanicolaou, o câncer cervical era uma das principais causas de morte precoce entre as mulheres. Veja, na tabela a seguir, os resultados do exame que exigem uma investigação complementar com a colposcopia:

Células escamosas atípicas de significado indeterminado, mas com origem provavelmente benigna (ASC-US) Menos de 25 anos de idade Repetir em 3 anos
25 a 29 anos de idade Repetir citologia em 12 meses
Mais de 30 anos de idade Repetir citologia em 6 meses ou realizar teste DNA HPV
Células escamosas atípicas, não se pode descartar uma lesão de alto grau (ASC-H) Todas as idades Realizar colposcopia
 AGC Todas as idades Realizar colposcopia. Algumas sociedades médicas internacionais recomendam também a coleta de amostra endometrial.
LSIL Abaixo de 25 anos de idade Repetir citologia em 1 ou 3 anos
25 anos ou mais Repetir citologia em 6 meses ou realizar colposcopia
HSIL Todas as idades Realizar colposcopia
Lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir microinvasão Todas as idades

Todas as idades

Realizar colposcopia
Carcinoma adenocarcinoma Todas as idades Realizar colposcopia

 

Nos casos em que o segundo exame de citopatologia mostrar uma lesão de baixo grau persistente, a paciente também é encaminhada para a colposcopia. Essa é a mesma conduta dos casos em que o médico opta por fazer o teste DNA-HPV e o resultado indica que a paciente está infectada por um HPV de alto risco oncogênico.

Caso essas alterações sejam encontradas em gestantes, a conduta é distinta. Em mulheres não-grávidas, a colposcopia envolve geralmente a biópsia da lesão. No caso das grávidas, a colposcopia ainda será indicada, mas não haverá coleta de tecido, exceto se houver suspeita de uma lesão invasiva. Após 90 dias de pós-parto, o exame é repetido e a biópsia é coletada.

Doenças da vulva

Neoplasias vulvares são relativamente incomuns, mas podem ser condições médicas muito graves. Esses tumores podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerígenos), podendo estar relacionados também com as infecções por HPV.

Os sintomas comuns das neoplasias vulvares incluem coceira, queimação, dor e um nódulo ou massa na área vulvar. Contudo, em muitos casos, a doença pode ser completamente assintomática.

A detecção precoce é fundamental para um melhor prognóstico. Por isso, é importante que as mulheres se submetam a exames ginecológicos regulares e conversem com seu médico sobre quaisquer alterações em sua área vulvar. Caso haja alguma alteração no exame ginecológico, seu médico a encaminhará para a colposcopia.

Neoplasias da vagina

Neoplasias vaginais são crescimentos anormais que podem ser benignos ou malignos (cancerosos). Apesar de geralmente assintomáticas, eles podem causar alterações na aparência da vagina, além de desconforto e sangramento.

As neoplasias vaginais malignas são muito menos comuns do que as benignas. Além disso, o câncer vaginal é relativamente raro em comparação com o câncer do colo de útero. Como as outras patologias do trato genital feminino inferior, suas alterações podem ser identificadas pelo exame ginecológico periódico. Caso haja alguma anormalidade, o seu ginecologista a encaminhará para a colposcopia.

Portanto, o principal objetivo da colposcopia é a avaliação e prevenção de patologias no trato genital feminino inferior (PTGI), que abrange a vulva, a vagina e o colo uterino. Com isso, buscamos realizar um diagnóstico mais precoce e oferecer um tratamento rápido e individualizado.

Quer saber mais sobre esse importante exame? Confira este artigo completo sobre a colposcopia!

Idade feminina e síndrome de Down: existe, de fato, relação?

A síndrome de Down é o transtorno cromossômico mais comum em recém-nascidos. Pessoas com síndrome de Down possuem um cromossomo 21 a mais, o que afeta seu desenvolvimento físico e mental. A condição é mais comum à medida que a idade feminina cresce, principalmente a partir dos 35 anos.

As pessoas com síndrome de Down geralmente têm características físicas distintas, como baixa estatura, olhos inclinados para cima e parte de trás da cabeça mais retificada. Eles também podem ter deficiência intelectual, atraso no crescimento físico e tônus muscular fraco.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é síndrome de Down?

O material genético humano, o DNA, é responsável por coordenar o crescimento, desenvolvimento e funcionamento do nosso corpo. É como se fosse uma receita de bolo. Dentro das células, o DNA normalmente está organizado em 23 pares de cromossomos, ou seja, 46 cromossomos no total.

Em cada par, um cromossomo é herdado do espermatozoide do pai e outro do óvulo da mãe. No entanto, podem ocorrer falhas na formação e no amadurecimento dessas células, fazendo com que o número de cromossomos seja alterado (aneuploidia). Existem dois tipos principais de aneuploidias:

  • monossomia — falta de um cromossomo em um par, como ocorre na síndrome de Turner, em que há apenas um cromossomo no que deveria ser o par número 23;
  • trissomia — excesso de cromossomos, como é o caso da síndrome de Down, na qual há três cromossomos 21, em vez de apenas dois.

No caso da síndrome de Down, as pesquisas mostram que, em 95% dos casos, o cromossomo extra é herdado da mãe. Lembra que falamos que cada célula humana tem 46 cromossomos, mas as células reprodutivas têm apenas 23?

Então, esse número menor é atingido depois que uma célula chamada ovogônia se divide duas vezes para formar 4 células com 23 cromossomos. Alguma falha nesse processo faz com que um óvulo fique com 24 cromossomos ao final: em vez de apenas 1 cromossomo 21, esse gameta apresenta 2.

Qual a relação entre idade feminina e síndrome de Down?

A idade feminina avançada é considerada um importante fator de risco para que o feto apresente uma anomalia cromossômica, como a síndrome de Down. No entanto, é importante ressaltar que a síndrome de Down pode ocorrer em gestações de mulheres de qualquer idade.

Não existe risco zero, uma paciente de 18 anos pode ter um filho com síndrome de Down. Também não existe risco 100%, a maioria das mulheres com gestação após os 40 anos terá filhos sem a condição.

Dizemos, portanto, que as chances de um bebê com síndrome de Down aumentam progressivamente, tornando-se significativamente maior a partir dos 35 anos de idade feminina. Em gestantes entre 30 e 34 anos de idade, 10 a cada 10000 bebês nascem com síndrome de Down.

Entre 35 e 40, a prevalência sobe para 40 a cada 10000 nascimentos. Após os 40 anos, aproximadamente 120 de cada 10000 bebês nascerão com síndrome de Down. Em outras palavras, as chances de um filho com síndrome de Down são 14 vezes maiores aos 40 em comparação com os 30 anos de idade.

Como rastrear e diagnosticar a síndrome de Down?

O rastreio das anomalias e malformações fetais é um dos objetivos de uma boa assistência pré-natal. O exame escolhido dependerá do estágio da gestação.

Translucência nucal

No primeiro trimestre, a translucência nucal é o mais utilizado. Consiste na medida do volume de líquido acumulado na região da nuca do feto nos primeiros meses da gestação. Ela é feita por meio da ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre, que já é utilizada habitualmente no pré-natal. Quanto maior o tamanho da translucência nucal, maiores as chances de nascimento de um bebê com alguma questão de saúde:

Tamanho da translucência nucal Chances de nascimento sem anomalia cromossômica
Até 2,0 a 2,5 milímetros 97%
Entre 2,5 e 3,5 milímetros 93%
maior do que 3,5 mm 70%
maior do que 4,5 mm 50%
maior do que 5,5 mm 30%
Acima de 6,5 mm 15%

 

Não é, contudo, uma alteração específica para a síndrome de Down, estando também presente em outros transtornos cromossômicos, como a síndrome de Turner. Além disso, a TN aumentada também está presente em bebês sem alterações no número de cromossomos, estando relacionada a distúrbios cardiovasculares, pulmonares, metabólicos e hematológicos.

Medida do osso nasal

A ausência e o encurtamento da raiz nasal estão presentes em até 50% a 69% dos fetos com síndrome de Down. Por sua vez, essa alteração anatômica está presente em apenas 1,4% dos fetos com número normal de cromossomos. No primeiro semestre, o rastreamento pela ultrassonografia avalia a ausência ou a presença do osso nasal. O desenvolvimento do crânio fetal no segundo semestre, entretanto, permite a medição de sua raiz pela ultrassonografia.

Teste do DNA fetal

Recentemente, surgiram exames de sangue maternos capazes de rastrear a síndrome de Down. O mais moderno, o Estudo do DNA fetal, detecta a presença de DNA fetal no sangue da mãe e pode rastrear até 99% dos casos com uma baixa taxa de falso-positivos. Com isso, é possível selecionar melhor quais pacientes precisam fazer exames mais invasivos. No entanto, o teste de DNA fetal ainda é um exame caro, o que limita seu uso para algumas pacientes.

Cariótipo

Esse exame consiste em obter células do bebê contar o número de cromossomos em cada par. Ele não é um teste de triagem, mas um teste de confirmação do diagnóstico após uma triagem positiva.

Durante a gestação, isso é feito a partir da coleta de líquido amniótico. Depois do parto, pode-se usar uma amostra de células da saliva ou do sangue do bebê. Assim, é possível confirmar o diagnóstico. Por ser mais invasivo, algumas pacientes preferem fazer o cariótipo apenas depois do nascimento do bebê.

Independentemente da idade feminina, quando uma mulher está grávida e recebe o diagnóstico de síndrome de Down para seu filho, esse pode ser um momento incrivelmente difícil e emocional. Afinal, há muitas decisões a serem tomadas e é importante que os pais dediquem seu tempo para entender e processar o diagnóstico.

Entretanto, é importante lembrar que, com o apoio e os recursos certos, é possível proporcionar uma vida rica e gratificante para a criança. Mesmo com seus desafios específicos, a maternidade de um filho com síndrome de Down também pode ser uma fonte inestimável de alegria e realização.

Quer saber mais sobre os exames do pré-natal? Confira este texto sobre o tema

Incontinência urinária: o que é?

O sistema urinário feminino consiste em dois rins, dois ureteres, a bexiga e a uretra. Os rins filtram os resíduos do sangue e produzem urina, que é então transportada pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada até ser eliminada. A urina é então excretada para fora do corpo através da uretra.

O sistema urinário é essencial para manter o funcionamento normal do corpo, pois ajuda a regular a pressão sanguínea e a eliminar as toxinas do corpo. Em alguns casos, a função desses órgãos pode ser prejudicada, levando ao escape involuntário de urina, a incontinência urinária. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é incontinência urinária?

É a perda involuntária de urina pela paciente. Pode ser uma condição angustiante que afeta tanto a saúde física quanto o bem-estar mental. Existem 4 tipos principais de incontinência urinária.

Incontinência de esforço

A incontinência de esforço é um tipo de incontinência urinária que ocorre quando o movimento ou atividade física exerce pressão sobre a bexiga e dificulta o controle da liberação de urina. Geralmente é causada pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico.

Em casos leves, ocorre apenas com esforços e exercícios físicos mais intensos, como corridas e musculação, além de tosses e espirros mais vigorosos. Em casos moderados a graves, é desencadeada com atividades cotidianas, como rir e tarefas domésticas.

Incontinência de urgência

A incontinência de urgência está geralmente relacionada à bexiga hiperativa, o que faz com que a pessoa sinta uma vontade repentina e intensa de urinar. Os sintomas de incontinência de urgência podem incluir:

  • Vontade súbita e intensa de ir ao banheiro, como se a bexiga estivesse cheia, mas liberar apenas uma pequena quantidade de urina;
  • Liberação da urina antes de chegar ao banheiro;
  • Idas muito frequentes ao banheiro.

Incontinência mista

A incontinência mista é um tipo de incontinência urinária causada por uma combinação de incontinência de esforço e incontinência de urgência. É uma condição comum, observada com mais frequência em adultos mais velhos. Embora a causa exata da incontinência mista não seja conhecida, acredita-se que uma combinação de condições físicas e médicas pode levar a essa condição, incluindo envelhecimento dos músculos da bexiga, danos nos nervos, medicamentos e fraqueza dos músculos do assoalho pélvico.

Incontinência por transbordamento

A incontinência por transbordamento ocorre quando a bexiga de um indivíduo não consegue se esvaziar totalmente devido a condições, como:

  • Obstrução externa ou interna;
  • Bexiga hiperdistendida;
  • Enfraquecimento do músculo da bexiga.

Com isso, a paciente experimenta gotejamento frequente de urina, além de sintomas semelhantes aos demais casos de incontinência.

Causas de incontinência urinária

Existem muitas causas potenciais de incontinência urinária em mulheres, incluindo:

  • Prolapso da bexiga ou da uretra: ocorre quando a bexiga ou a uretra “caem” ou se projetam da parede da vagina;
  • Gravidez e parto: são causas comuns de incontinência urinária. Durante a gravidez, o bebê em crescimento exerce pressão sobre a bexiga. No pós-parto, as gestantes podem apresentar incontinência temporária à medida que cicatrizam das lesões causadas durante a gestação e recuperam o tônus muscular habitual do assoalho pélvico;
  • Menopausa: Após a menopausa, as mulheres podem apresentar diminuição dos níveis de estrogênio, o que pode causar enfraquecimento dos músculos na área da bexiga e da uretra. Isso pode levar à incontinência urinária;
  • Condições neurológicas: algumas condições neurológicas, como esclerose múltipla e bexiga neurogênica, podem enfraquecer os músculos da bexiga e do assoalho pélvico;
  • Medicamentos: medicações, como algumas usadas para tratar pressão alta, podem causar incontinência urinária, pois estimulam a produção de urina;
  • Cálculos na bexiga: podem levar à incontinência à medida que a bexiga se contrai em um esforço para expulsá-los;
  • Infecção da bexiga ou nas vias urinárias.

Diagnóstico da incontinência urinária

O diagnóstico de incontinência urinária em mulheres começa com a coleta do histórico médico e exame físico. O histórico médico inclui perguntas sobre a idade da paciente, histórico de saúde, medicamentos e estilo de vida. Durante o exame físico, o médico verificará se há alguma alteração física que possa afetar a capacidade de reter a urina, como um prolapso de órgão pélvico.

O médico também avaliará a capacidade do paciente de controlar o fluxo de urina e verificará a força dos músculos do assoalho pélvico. Para isso, ele pode pedir para você tossir e fazer força com o abdômen, por exemplo.

Depois disso, um exame de urina rotina será realizado para verificar se há sinais de infecção, como a presença de bactérias. Além disso, podemos requisitar uma ultrassonografia ou uma uretrocistografia miccional para verificar o funcionamento da sua bexiga.

Tratamento da incontinência

O tratamento para incontinência urinária em mulheres varia, dependendo do tipo e gravidade da condição. As opções de tratamento podem incluir mudanças no estilo de vida, medicamentos, exercícios para os músculos do assoalho pélvico, estimulação elétrica e, em casos excepcionais, cirurgia.

  • Mudanças de estilo de vida — mudanças no estilo de vida são a primeira linha de tratamento para incontinência urinária em mulheres. Essas mudanças podem incluir perda de peso, redução da cafeína, evitar o álcool e o fumo;
  • Exercícios para os músculos do assoalho pélvico: Os exercícios para os músculos do assoalho pélvico, também conhecidos como exercícios de Kegel, podem fortalecer os músculos do assoalho pélvico e melhorar os sintomas da incontinência urinária. Esses exercícios envolvem apertar e relaxar os músculos do assoalho pélvico e podem ser feitos em qualquer lugar a qualquer momento;
  • Medicamentos — Medicamentos podem ajudar a reduzir os sintomas de incontinência urinária em mulheres. Esses medicamentos podem incluir anticolinérgicos, antidepressivos tricíclicos e alfa-bloqueadores. No entanto, devem ser usados por um curto prazo, pois podem trazer complicações e efeitos colaterais com o uso prolongado;
  • Cirurgia — a cirurgia pode ser recomendada para tratar a incontinência urinária em mulheres quando outros tratamentos não tiverem sucesso.

Em geral, grande parte dos tratamentos para incontinência urinária poderá ser aplicado em mulheres grávidas, com exceção da cirurgia e de certos medicamentos que podem prejudicar o feto ou a evolução da gestação. Além disso. os exercícios também deverão ser adaptados às individualidades das gestantes a fim de não prejudicar a gravidez ou comprometer a sua saúde física.

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