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Ultrassom morfológico: o que é e quando deve ser feito?

Você sabe o que é o ultrassom morfológico gestacional e sua importância? A ultrassonografia é uma técnica de diagnóstico por imagem que usa ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens dos órgãos internos e estruturas do corpo.

Essas imagens podem ajudar a detectar uma ampla variedade de doenças e condições. Na gestação, a ultrassonografia tem várias vantagens, entre elas o fato de não ser invasiva e não usar radiação, tornando-a um procedimento seguro para o feto e a mãe.

A realização do ultrassom depende de um transdutor, que é um dispositivo que transmite e recebe ondas sonoras. O transdutor é colocado na superfície do abdômen ou no canal vaginal para direcionar as ondas sonoras de alta frequência ao útero e ao feto, onde são refletidas nos órgãos e tecidos. Depois disso, são capturadas pelo transdutor.

Os sinais são então convertidos em imagens que são exibidas em um monitor. Então, o profissional fará um laudo, o qual ajudará na tomada de decisões ao longo do pré-natal. Quer saber mais sobre o ultrassom morfológico e sua importância? Acompanhe!

O que é a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre?

O ultrassom morfológico usa ondas sonoras para criar imagens do corpo do feto sem causar nenhum risco para o bebê. O teste geralmente é não invasivo e indolor e pode ser concluído em uma visita. Depois que o teste for feito, a mãe receberá os resultados dentro de alguns dias úteis.

Ao contrário de outros tipos de ultrassonografia realizadas em outros momentos da gestação, o morfológico oferece informações mais detalhadas sobre a anatomia do bebê. Por isso, é uma importante ferramenta usada para avaliar a saúde, tamanho e anatomia de um bebê durante o primeiro trimestre da gravidez. Com isso, fornece aos médicos e futuros pais uma visão abrangente do desenvolvimento do bebê durante o estágio mais crítico da gestação.

Afinal, o primeiro trimestre da gravidez é o período mais importante no desenvolvimento e crescimento de um bebê. Durante esse período, o embrião é implantado na parede uterina e a placenta se forma. É também o período em que os órgãos do bebê começam a se desenvolver e os principais sistemas e órgãos do corpo, como o cérebro, começam a se formar.

O ultrassom morfológico também é inestimável para avaliar quaisquer riscos potenciais que possam afetar a saúde ou o desenvolvimento do bebê durante a gravidez. Por exemplo, pode ser usado para identificar problemas potenciais, como anormalidades cromossômicas, restrições de crescimento ou anormalidades estruturais no feto. Além disso, um ultrassom morfológico também pode ser usado para prever com precisão o sexo do bebê.

Essas informações podem ser usadas para determinar se existem possíveis riscos para a saúde do bebê no futuro. Em alguns casos, podem indicar a necessidade uma intervenção ainda no período dentro do útero. Por exemplo,

Importância do ultrassom morfológico no primeiro trimestre

As medidas de parâmetros anatômicos são parte fundamental do ultrassom morfológico e isso traz informações valiosas para o obstetra.

Transluscência nucal

O teste de transluscência nucal é uma técnica de ultrassonografia usada para medir a espessura da prega nucal do feto na parte de trás do pescoço. Esse teste é normalmente realizado durante a 11ª e 14ª semanas de gravidez, fazendo parte do ultrassom morfológico.

A medida da prega nucal pode ser usada para ajudar a determinar se o bebê está em maior risco de problemas de saúde e pode ajudar a determinar as chances de o bebê ter um distúrbio cromossômico, como a síndrome de Down.

Mesmo que haja um risco aumentado de anomalia cromossômica no ultrassom morfológico, isso não significa que o bebê tenha uma. Por isso, outros exames podem ser necessários.

Medida do osso nasal

A medida do osso nasal na ultrassonografia do primeiro trimestre é um importante marcador do desenvolvimento fetal e pode ser usado para prever o risco de síndrome de Down e outras trissomias.

O osso nasal é medido em relação ao comprimento, à largura e ao ângulo no rosto. Se os resultados do ultrassom mostrarem uma anormalidade, testes adicionais podem ser necessários para avaliar a existência anormalidades cromossômicas.

Ultrassonografia morfológica do segundo semestre

O ultrassom morfológico do segundo semestre é realizado entre 20 e 24 semanas de gestação. Pode medir parâmetros, como a circunferência da cabeça, a circunferência abdominal e o comprimento do fêmur.

Esses dados são então usados para estimar a taxa de crescimento, a idade gestacional e o peso do feto, além de detectar anormalidade, como defeitos congênitos e restrições de crescimento.

Além disso, a ultrassonografia morfológica pode ser complementada pela técnica do Doppler, que avalia o fluxo sanguíneo nas mais diversas estruturas do corpo.

Assim, é usado para avaliar a posição e o desenvolvimento da placenta, as câmaras cardíacas e os grandes vasos do feto. Por exemplo, alterações no fluxo sanguíneo identificados pela técnica Doppler podem indicar malformações cardíacas e arteriovenosas, como a tetralogia de Fallot.

A ultrassonografia do segundo trimestre também pode ajudar a detectar malformações do trato urinário. Essas malformações podem ser identificadas na ultrassonografia com alterações, como:

  • bexiga anormalmente cheia de líquido;
  • paredes espessadas nos rins ou ureteres;
  • presença de uma única artéria umbilical, o que pode indicar uma maior probabilidade de malformação do trato urinário.

Durante o exame, o líquido amniótico é medido para verificar se há uma quantidade adequada ao longo da gravidez. Alterações podem indicar problemas, como insuficiência placentária, infecção dos anexos embrionários ou, até mesmo, anomalias fetais.

Embora o diagnóstico de malformações exija avaliações adicionais, como amniocentese ou exames de sangue, o ultrassom morfológico é teste exame de rastreio fundamental. A detecção precoce desses problemas pode aumentar a chance de sucesso do tratamento e fornecer aos futuros pais a oportunidade de tomar decisões sobre a gravidez e planejar melhor o nascimento do bebê.

Quer saber mais sobre outros exames realizados ao longo do pré-natal? Confira nosso artigo sobre o tema!

O que é período fértil? Qual é a relação com a ovulação?

A ovulação é a liberação de um óvulo do ovário no ciclo menstrual da mulher. É a fase do ciclo reprodutivo em que as variações dos hormônios reprodutivos femininos fazem com que um óvulo maduro seja liberado e fique pronto para a fertilização.

O processo de ovulação normalmente ocorre no meio do ciclo menstrual, geralmente 14 dias a partir do primeiro dia do ciclo menstrual, que é marcado pelo primeiro dia de menstruação. O óvulo pode sobreviver por até 24 a 48 horas após ser liberado, e se estiver dentro desse período e for fertilizado por um espermatozoide, pode acontecer uma gravidez.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é ovulação? Por que ela acontece?

No início do ciclo menstrual, a concentração dos hormônios sexuais no sangue está baixa. Isso faz com que a hipófise, uma glândula conectada com o sistema nervoso central, produza mais hormônio folículo-estimulante (FSH).

Isso estimula o desenvolvimento de alguns folículos nos ovários, os quais passarão a produzir estradiol, a forma mais ativa do estrogênio. Os níveis desse hormônio no sangue sobem durante a primeira metade do ciclo menstrual. Isso estimula o desenvolvimento dos folículos (fase folicular do ovário) e a proliferação das células do endométrio (fase proliferativa do endométrio). Em geral, apenas um folículo chegará ao estágio final de amadurecimento.

Os níveis de estradiol atingem seu pico alguns dias antes da menstruação, abrindo caminho para a liberação do óvulo. À medida que os níveis de estrogênio alcançam seus níveis máximos no ciclo menstrual, um hormônio conhecido como “hormônio luteinizante” (LH) é produzido. A ovulação ocorre algumas horas depois do pico de LH no sangue.

Depois disso, o óvulo é depositado nas tubas uterinas, onde ficará disponível para a fertilização por um espermatozoide. Enquanto isso, no ovário, o folículo que liberou o óvulo se transforma em corpo lúteo (fase lútea do ovário), uma estrutura produtora de hormônios, especialmente a progesterona, cuja ação principal é amadurecer o endométrio, iniciando a fase secretora do revestimento do útero.

Há algum sintoma ou sinal que indica que a ovulação ocorreu?

Saber quando é o período fértil de uma mulher pode ajudar os casais a planejar ou evitar a gravidez. Algumas mulheres relatam sintomas, como leve formigamento, cólicas e aumento do corrimento vaginal. Em alguns casos, podem perceber também um aumento da sensibilidade mamária e da libido. Além disso, pode haver um discreto aumento (cerca de 0,3º Celsius) da temperatura corporal basal.

O que é período fértil?

O período fértil é um momento durante o ciclo menstrual de uma pessoa em que é mais provável que ela engravide. O evento mais importante é a liberação de um óvulo pelo ovário, chamado de ovulação. Ele desencadeia o período fértil, é chamada de ovulação.

Durante o período fértil, o corpo da mulher se prepara para a chance de engravidar, passando por modificações, como:

  • A vagina produz mais secreções para facilitar o transporte de espermatozoides;
  • As secreções do colo uterino se tornam mais fluidas e abundantes para permitir a passagem dos gametas masculinos. Fora do período fértil, elas são espessas e formam um tampão mucoso entre a vagina e o útero;
  • O endométrio (revestimento do útero) se torna mais espesso e começa a secretar diversas substâncias para nutrir os espermatozoides e um futuro embrião formado;
  • O revestimento das tubas uterinas também se torna mais espesso para otimizar os processos reprodutivos.

Tanto a ovulação quanto as demais modificações no sistema reprodutor feminino são estimuladas por hormônios sexuais, como a progesterona e o estrogênio.

Por que engravidar é mais difícil fora do período fértil?

As mulheres têm apenas alguns dias férteis por mês devido ao tempo de vida dos espermatozoides e dos óvulos. O período fértil se inicia cerca de cinco dias antes da ovulação e termina 24 a 48 horas depois dela. Mas por que isso acontece?

Os espermatozoides podem sobreviver até cinco dias no trato reprodutivo, mas o óvulo só pode sobreviver por cerca de 24 horas após a ovulação. Durante esse período específico, o óvulo estará disponível para fertilização.

Além disso, todas aquelas modificações do sistema reprodutor feminino para facilitar a fertilização são sincronizadas com os níveis dos hormônios sexuais. Por exemplo, depois de um dia da ovulação, os níveis de progesterona já são suficientes para causar um espessamento das secreções cervicais, levando à formação de um tampão mucoso no colo uterino.

Da mesma forma, quando a fertilização ocorre muito tardiamente ou precocemente. O endométrio do útero não está receptivo o suficiente para ajudar a garantir que o embrião se implante e permaneça no útero.

Como calcular o período fértil?

A tabela a seguir nos mostra quais dias do ciclo menstrual (eixo horizontal) apresentam maior chance de fertilização de acordo com a duração do ciclo menstrual (eixo vertical):

Figura 1: Soumpasis I, Grace B, Johnson S. Real-life insights on menstrual cycles and ovulation using big data. Hum Reprod Open. 2020 Apr 16;2020.

Portanto, uma mulher com ciclo de 28 dias tem cerca de 27% de engravidar no 15º dia, 21% no 16º dia e 20% no 14º dia (dia da ovulação).

Portanto, o período fértil abrange o intervalo de tempo em que as condições do sistema reprodutor feminino estão ótimas para que a fertilização e a implantação do embrião ocorram. Essa janela de oportunidade é marcada pela ovulação e é importante para as mulheres aproveitarem se planejem em relação às gestações.

Caso elas desejem engravidar, devem realizar relações sexuais nos dias mais férteis. Se querem evitar gestações, precisam evitar relações sexuais desprotegidas nesse intervalo.

Quer entender melhor como calcular o período fértil? Confira nosso artigo completo sobre o tema!

O que é papanicolau?

Um exame de papanicolau é um procedimento em que um médico coleta amostras de células do colo do útero durante as consultas ginecológicas periódicas. Então, elas são analisadas microscopicamente com o objetivo é detectar certas alterações nas células do colo do útero que podem sinalizar a presença de câncer.

Para realizar o exame, médico inserirá um espéculo em sua vagina para expor seu colo do útero. Ele, então, usará uma pequena escova e/ou uma espátula de madeira para coletar células cervicais. Todo o processo não deve demorar mais do que alguns minutos. É também um procedimento indolor. Quando sentem algo, a maioria das mulheres relata apenas um desconforto mínimo.

As células serão então enviadas para um laboratório para análise, onde um patologista procurará sinais de câncer, bem como outras condições, como infecções por HPV ou por microrganismos sexualmente transmissíveis. Quer saber mais sobre a importância desse exame? Acompanhe!

Por que o teste de papanicolau é importante?

O teste papanicolau salvou milhões de mulheres de óbitos e complicações devido ao câncer do colo do útero. Antes de os médicos descobrirem essa técnica de triagem, o câncer do colo do útero era uma das principais causas de morte em mulheres.

Entretanto, graças ao papanicolau, a incidência (novos casos) de óbitos por câncer do colo do útero caiu mais de 50% nos últimos 30 anos, garantindo que mais mulheres sobrevivam a essa doença que pode ser devastadora quando diagnosticada tardiamente.

O câncer do colo do útero geralmente começa quando certos tipos de papilomavírus humano (HPV) infectam as células do colo do útero. O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. A maioria das mulheres contrai o HPV em algum momento da vida, mas muitas nem sabem disso porque o vírus geralmente não produz nenhum sintoma. Alguns tipos de HPV são inofensivos e desaparecem por conta própria, enquanto outros nunca desaparecem.

Importância do papanicolau para mulheres vacinadas contra o HPV

Se você tomou a vacina contra o HPV, pode ter alguma proteção contra o câncer do colo do útero. A vacina foi desenvolvida para proteger contra os tipos mais perigosos de HPV. No entanto, não protege contra todos os tipos de HPV, por isso é importante ainda fazer o rastreamento para câncer do colo do útero.

Além disso, apesar de não ser a principal utilidade do exame, o papanicolau pode detectar mais do que apenas as lesões relacionadas ao câncer do colo de útero. Ele também pode ajudar a identificar a clamídia, a gonorreia, a tricomoníase e outras patologias cervicais.

Como funciona o papanicolau?

As células do colo do útero são um ambiente ideal para o crescimento do HPV, razão pela qual tantas mulheres são infectadas e podem nunca saber que têm o vírus. O objetivo do papanicolau é detectar precocemente quaisquer sinais de infecções por HPV e de câncer no colo do útero.

A grande maioria das mulheres que fazem exames regulares para câncer do colo do útero provavelmente terão um resultado negativo, o que é uma ótima notícia. No entanto, as mulheres que não são examinadas regularmente podem não saber que tem alguma lesão. Então, elas possivelmente descobrirão o câncer quando ele estiver em estágio mais avançado, em que as chances de cura são muito menores.

Quando você deve fazer o exame de câncer do colo do útero?

A maioria dos médicos recomenda que as mulheres sejam rastreadas para o câncer do colo de útero a partir dos 25 anos. Se o primeiro exame for negativo, o próximo deve ser realizado em um ano. Se o segundo resultado também for negativo, a paciente passa a ser examinada o para câncer do colo do útero uma vez a cada três anos.

Isso acontece, pois o HPV tem um longo período de incubação, o que significa que leva muito tempo para as células se tornarem cancerígenas. O tempo padrão de rastreamento do câncer do colo do útero de três anos permite tempo suficiente para o desenvolvimento da doença.

Entretanto, se algum exame apresentar alguma alteração, o papanicolau poderá ser repetido com maior frequência. Em casos de lesões de maior risco, é necessário complementar o papanicolau com a colposcopia.

As mulheres devem ser rastreadas para câncer do colo do útero assim que atingirem a idade de 25 anos. A melhor maneira de fazer isso é através do papanicolau, que coleta amostras de células do colo do útero.

Graças ao rastreio periódico, o número de novos óbitos (incidência) por câncer cervical foi reduzido significativamente. No entanto, é importante observar que o teste não pode detectar todos os sinais de câncer do colo do útero. Portanto, um resultado negativo não significa que você está totalmente livre. Por isso, além do papanicolau, o acompanhamento com um médico experiente é fundamental.

Quer saber mais sobre o papanicolau e como ele é feito? Confira nosso artigo sobre o tema!

Quando ir para a maternidade?

Identificar início do trabalho de parto e saber quando ir para maternidade é importante por uma série de razões. Isso pode ajudar a reduzir o risco de complicações durante o parto e a reduzir a ansiedade durante os momentos finais da gestação. Além disso, também pode ajudar a garantir que a criança nasça mais saudável.

Como veremos, o momento de procurar a maternidade dependerá do tipo de parto e outros fatores. Ficou interessada? Acompanhe!

Tipos de parto

Veja os principais tipos de parto a seguir:

Parto vaginal

O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é o processo pelo qual um bebê nasce através da vagina, podendo envolver o uso de medicações e intervenções médicas invasivas. O processo de trabalho de parto começa quando a cabeça do bebê começa a descer na pélvis. A pressão da cabeça do bebê sobre o colo do útero estimula a liberação do hormônio oxitocina, que provoca a contração do útero.

À medida que as contrações se tornam mais frequentes e intensas, a cabeça do bebê se move pelo canal de parto e eventualmente nasce. Isso pode ser um processo longo e difícil, mas a maioria das mulheres passa por ele sem nenhum problema.

Se não contarmos o período da fase latente, a duração média do trabalho de parto normal é de 12-14 horas para mães de primeira viagem e de 8-10 horas para mães que já deram à luz antes. Entretanto, é importante lembrar que cada trabalho de parto é diferente e que não há um prazo definido.

Parto natural

O parto natural é um processo pelo qual uma mulher dá à luz sem o uso de medicamentos ou intervenções médicas, como anestesias epidurais, fórceps ou extratores a vácuo. Durante o processo, a mãe pode usar técnicas e posições de relaxamento para ajudar a administrar a dor das contrações.

Apesar de poder ser feito em ambiente doméstico, o ideal é que seja conduzido em um hospital, onde haverá toda a assistência necessária para lidar com complicações.

Cesariana

Uma cesariana, também conhecida como cesárea, é um procedimento cirúrgico utilizado para dar à luz um bebê através de uma incisão no abdômen da mãe. Esse tipo de parto deveria reservado para casos em que há complicações para a mãe e o bebê ou que tornam um parto vaginal inseguro.

Algumas das razões mais comuns para uma cesárea incluem:

  • O bebê em uma posição anômala ou distócica;
  • A mãe tem uma história de cesarianas prévias;
  • O canal de parto vaginal não é seguro;
  • Gestações de múltiplos.

As cesarianas são geralmente seguras, mas comportam alguns riscos. Por isso, são reservadas para indicações específicas.

A complicação mais comum é a infecção, que pode ocorrer no local da incisão ou em qualquer outra parte do corpo. Há também um risco de hemorragia e suas complicações para a mãe, tromboembolias, complicações anestésicas, entre outras. Para o bebê, há um pequeno risco de lesão durante a cirurgia ou de problemas respiratórios após o nascimento.

Quando ir para a maternidade?

Partos naturais e normais

Para entender quando ir à maternidade, é importante entender as fases de um parto:

  • Fase latente — é caracterizada por contrações leves e dilatação gradual do colo uterino, podendo durar desde algumas horas. À medida que avança, as contrações geralmente se tornam mais frequentes. Quando o colo do útero se dilata até cerca de 6 cm, começa a fase ativa do trabalho de parto;
  • Fase ativa — é quando as contrações se tornam mais fortes e próximas umas das outras. A dilatação do colo vai evoluir até aproximadamente 10 centímetros. Com isso, é o momento em que o bebê começa a se mover pelo canal de parto. A fase ativa geralmente dura cerca de 2 a 7 horas;
  • Fase expulsiva —o bebê é empurrado para fora do útero da mãe pelas contrações do útero. Ela dura até aproximadamente 90 minutos, podendo ser um pouco mais ou um pouco menos.

No começo da fase latente, a mãe já pode procurar a maternidade para que o obstetra faça uma avaliação. Se ele notar que o colo ainda não está maduro e a dilatação é menor do que 6 cm, pedirá que a gestante volte para a casa, repouse e se prepare para a internação para o parto.

Como a fase latente pode durar vários dias, é comum que algumas mulheres precisem ir mais de uma vez à maternidade antes de serem internados. A cada avaliação, ele medirá os sinais vitais do bebê para garantir que o trabalho está evoluindo normalmente. Diante de qualquer complicação, ele pode antecipar a internação, indicar a indução do parto ou uma cesariana.

Se a evolução do trabalho de parto for normal, haverá um momento em que as contrações se tornarem mais regulares, frequentes e intensas. Isso indicará o momento de procurar a maternidade para a internação.

Cesarianas

No caso de partos cesáreos eletivos, como são procedimentos, a ida à maternidade geralmente ocorre no prazo indicado pelo obstetra. Contudo, se você notar sinais de trabalho de parto precocemente, é importante buscar o hospital para verificar se é necessário antecipar o procedimento.

O parto humanizado

O parto humanizado é uma abordagem do parto que se concentra em proporcionar uma experiência mais positiva, pessoal e natural para a mãe. Essa abordagem normalmente pode incluir pontos, como:

  • Garantia da presença de um acompanhante escolhido pela mãe;
  • Apoio de uma doula durante o parto;
  • Técnicas de gerenciamento da dor;
  • Uso racional de técnicas invasivas, como amniotomia;
  • Participação da mãe nas tomadas de decisão;
  • Uso de intervenções médicas amparadas por estudos científicos a partir de uma avaliação individualizada e biopsicossocial de cada mulher.

Há muitos benefícios para o parto humanizado, tanto para a mãe como para o bebê. Para a mãe, pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados ao trabalho de parto e a aliviar a dor durante o processo. Para o bebê, o parto humanizado pode ajudar a promover com a mãe. Também pode ajudar a reduzir o risco de complicações materno-fetais durante o parto.

Idealmente, todo o trabalho de parto deveria ser humanizado. No entanto, ainda vivemos em um cenário em que a autonomia e os direitos das mães são frequentemente violados. Portanto, não deixe de discutir o parto e todas as suas nuances com seu obstetra para garantir uma assistência adequada para você.

Agora que você já entende quando ir para a maternidade. Quer saber mais sobre o parto humanizado e sua importância? Confira nosso artigo sobre o tema!