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Sintomas de candidíase mamária

A amamentação, embora seja um momento especial de vínculo entre mãe e filho, pode apresentar desafios. Por exemplo, o ingurgitamento mamário é uma complicação comum, caracterizada pela obstrução dos ductos mamários, levando a seios doloridos e tensionados.

Fissuras nos mamilos também são uma preocupação frequente, podendo causar desconforto à mãe durante a amamentação. Além disso, existe a candidíase mamária, uma infecção fúngica, é menos comum, mas pode ocorrer, manifestando-se por meio de dor intensa, vermelhidão e coceira nos seios.

Esses problemas podem comprometer a experiência da amamentação, tornando essencial o suporte médico adequado, como a orientação de profissionais de saúde e o tratamento específico para cada condição, a fim de garantir o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Por esse motivo, vamos falar mais sobre o tratamento da candidíase mamária neste post. Ficou interessada? Acompanhe!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, o qual está naturalmente presente em algumas regiões do corpo da mulher. Contudo, quando ele se multiplica excessivamente na região das mamas, o sistema imunológico é ativado e provoca um processo inflamatório no local. Isso pode provocar sintomas bastante incômodos para a lactante, prejudicando a amamentação.

Quais os sintomas da candidíase mamária?

Os principais sintomas da candidíase mamária estão relacionados à reação inflamatória causada pela infecção fúngica no local. Portanto, são inespecíficos, não havendo nenhum sinal exclusivo da candidíase mamária.

A dor durante a amamentação é um dos sintomas mais frequentes da candidíase fúngica e geralmente é o que mais preocupa as pacientes. A amamentação pode se tornar dolorosa devido ao aumento da sensibilidade provocado pelo processo inflamatório.

A candidíase mamária também pode fragilizar a pele dos seios, provocando descamação e fissuras (rachaduras). Isso contribui para que a dor durante a amamentação se torne mais intensa.

No entanto, é importante ressaltar que a maior parte dos casos de dor e de fissuras durante a amamentação não são causados pela candidíase mamária, mas por condições mais comuns como o ingurgitamento das mamas e os problemas na pega.

A dor nos mamilos fora dos períodos de amamentação também pode ocorrer. Ela pode ser de leve, assemelhando-se a um desconforto na região, a intensa e persistente. As mamas também podem se tornar muito sensíveis ao toque.

Outros sinais importantes de inflamação são a vermelhidão e o inchaço nos mamilos e na área ao redor. Algumas mulheres relatam uma sensação de queimação na área afetada. Em alguns casos, a pele pode se tornar mais esbranquiçada ou perolada devido à descamação da pele.

Outro sintoma comumente relatado pelas pacientes é a coceira na região afetada, que pode ser desde leve e ocasional até incômoda e persistente. Por fim, em casos mais raros, pode haver alterações na descarga mamilar.

Também é importante estar atenta a um sinal de candidíase mamária que não se manifesta na mãe, mas no bebê. A Candida albicans também é um dos agentes causadores do “sapinho” na criança, fazendo com que surjam feridas e assaduras nos lábios, na boca e na língua do bebê.

A candidíase oral é uma condição que pode ser muito dolorosa, o que faz com ele não consiga se alimentar adequadamente ou fique muito choroso durante a amamentação. O tratamento de ambos é fundamental para que o aleitamento materno não seja prejudicado, o que traz consequências negativas para o bebê.

Como a candidíase mamária pode afetar a amamentação e como lidar com isso?

A candidíase mamária pode afetar a amamentação devido ao desconforto e à dor que provoca. Como a região fica ferida e mais sensível, algumas pacientes podem enfrentar uma dor difícil de tolerar. Nessa situação, a amamentação deve ser suspensa para evitar uma resistência emocional ao ato de amamentar.

Caso a dor seja tolerável ou a paciente deseje continuar amamentando, geralmente não é necessário suspender a amamentação durante o tratamento da candidíase mamária. Afinal, são indicadas medicações tópicas seguras para o bebê. Então, também não é preciso retirar ou lavar as mamas antes de amamentá-lo.

Nesse sentido, siga sempre as orientações do seu médico sobre as medidas necessárias. Caso tenha dúvida, pergunte para ele o que deve ser feito.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento da candidíase mamária?

O diagnóstico da candidíase mamária é principalmente clínico, baseado nos sintomas apresentados e nas alterações percebidas no exame físico feito pelo médico. Em alguns casos, pode ainda ser coletada uma biópsia ou um raspado para cultura microbiológica para afastar outras causas.

Geralmente a combinação de medidas antifúngicas e cuidados locais para aliviar os sintomas. Nesse sentido, o tratamento da candidíase mamária pode envolver:

  • Uso de medicações antifúngicas tópicas ou orais para controlar a infecção;
  • Uso de analgésicos seguros para lactantes com a finalidade de aliviar a dor;
  • Cuidados locais para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação das mamas;
  • Medidas para reduzir o impacto da condição na amamentação.

Em geral, não é necessário suspender a amamentação, a não ser que a paciente esteja sentindo muita dor ao amamentar. Nesse caso, recomenda-se a ordenha do leite e, em último caso, o uso temporário de fórmulas.

Apesar de ser uma condição dolorosa, a candidíase mamária é facilmente tratável. A amamentação durante o tratamento da candidíase mamária é de suma importância, pois o leite materno oferece inúmeros benefícios à saúde do bebê, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e fornecendo nutrientes essenciais.

Portanto, embora a candidíase mamária possa causar desconforto à mãe durante a amamentação devido à infecção fúngica nos seios, é crucial continuar amamentando com o devido suporte médico.

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PTGI: tratamento

As patologias do trato genital inferior (PTGI) representam lesões benignas ou precursoras de cânceres (oncogênicas) que afetam as regiões vulvar, vaginal e cervical. Essas condições são caracterizadas pelo crescimento anormal de células no revestimento epitelial dessas áreas, sendo classificadas em diferentes graus de gravidade.

Elas são diagnosticadas por meio do exame clínico ginecológico seguido de exames complementares com amostra de células ou tecidos, como a citopatologia e as biópsias.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas neoplasias intraepiteliais são essenciais para prevenir a progressão para tumores invasivos, destacando a importância do acompanhamento ginecológico regular, da conscientização sobre os fatores de risco e das formas de prevenção. Quer saber mais sobre o tratamento das PTGI? Acompanhe!

Neoplasia intraepitelial vulvar (NIV)

As neoplasias intraepiteliais vulvares são classificadas em:

  • neoplasias intraepiteliais vulvares de baixo grau ou de alto grau, que surge devido a infecções pelo vírus HPV;
  • neoplasia intraepitelial vulvar diferenciada, que se origina do líquen escleroso.

As lesões de baixo grau não são consideradas lesões pré-cancerígenas. Nesse sentido, não é necessário tratar em mulheres assintomáticas com a finalidade exclusiva de prevenir o câncer. Realizamos, assim, um acompanhamento periódico dessas lesões para identificar se há algum sinal de evolução desfavorável.

Algumas lesões de baixo grau, contudo, podem provocar sintomas, como:

  • coceira;
  • dor;
  • verrugas genitais e desconforto com a aparência da vulva.

Nessa situação, o plano terapêutico é semelhante ao que utilizamos em outras verrugas e condilomas anogenitais. Portanto, podem ser indicadas:

  • medicações tópicas, que devem ser usadas por várias semanas para promover a queda das lesões e a morte do tecido afetado;
  • ablação a laser, o qual envolve a aplicação hospitalar de laser de alta potência para destruir as células anormais.

As lesões de alto grau, por sua vez, apresentam um risco significativo de evolução para o carcinoma vulvar. Desse modo, o tratamento não busca apenas o alívio dos sintomas, mas a prevenção desse tipo de câncer.

O tratamento nesse caso depende das características da lesão e do estado de saúde da paciente. Em pacientes com alto risco de câncer vulvar ou lesões mais preocupantes, indica-se geralmente a cirurgia cirúrgica das lesões, em que a lesão é retirada com uma parte da pele ao seu redor (margem de segurança). Esse é também o tratamento preferencial das lesões diferenciadas devido às chances mais elevadas de evolução para um câncer.

Em algumas situações de lesões de alto grau (como lesões multifocais ou perto da uretra, do clitóris e do introito vaginal), pode ser indicada a terapia de ablação a laser para evitar sequelas anatômicas.

Neoplasia intraepitelial vaginal

O tratamento da neoplasia intraepitelial vaginal também depende de diversos fatores, especialmente da classificação da lesão. Para pacientes com lesões de baixo grau, também não se recomenda o tratamento de pacientes assintomáticas, visto que geralmente são lesões benignas causadas por tipos não oncogênicos do HPV e que regridem espontaneamente.

Pacientes com lesões de alto risco, por sua vez, precisam ser tratadas mesmo que assintomáticas. Afinal, há chances de evolução das lesões para carcinoma vaginal (câncer de vagina). Em geral, recomenda-se a excisão cirúrgica das lesões nos casos em que as lesões são mais preocupantes. Pode-se também optar pela ablação em situações, como lesões multifocais sem sinal de invasividade local.

Neoplasia intraepitelial cervical

O plano terapêutico das neoplasias intraepiteliais cervicais é mais complexo do que os casos anteriores. Afinal, o câncer de colo do útero é muito mais frequente do que os cânceres de vulva e de vagina. Assim, um cuidado muito maior é necessário. Os dois principais fatores para determinar o tratamento são a classificação da lesão e a idade das pacientes.

Em mulheres assintomáticas ou pouco sintomáticas com mais de 25 anos, recomenda-se a observação com consultas ginecológicas semestrais e novos exames nos casos de lesões de baixo grau (NIC 1). Afinal, cerca de 90% das lesões regridem espontaneamente sem nenhum tratamento médico. Caso as lesões persistam, tratamentos conservadores (ablação ou terapia tópica) são os mais frequentemente indicados.

No caso de a biópsia indicar NIC2 ou NIC3, indica-se a excisão das lesões. A extensão do procedimento depende principalmente do grau de invasão das lesões encontradas. Em mulheres com menos de 24 anos e NIC2 com características favoráveis, pode ser recomendada a observação periódica. No caso da NIC3, contudo, a excisão é fundamental em qualquer idade devido ao risco muito elevado de essas lesões evoluírem para câncer.

As principais técnicas de excisão das lesões cervicais são:

  • LEEP (Loop Electrosurgical Excision Procedure) é um procedimento mais simples e pode ser realizado em ambiente ambulatorial. Nele, uma alça de arame fino condutora de corrente elétrica é inserida através da vagina para remover a área com alterações;
  • a conização com lâmina a frio é realizada em ambiente hospitalar. Após a marcação das lesões com corantes específicos, a região afetada é retirada com um instrumento em formato de um cone.

Se forem identificadas lesões invasivas nos procedimentos acima, pode ser necessário realizar uma cirurgia mais extensa e radioterapia.

Portanto, o tratamento das PTGI deve ser cuidadosamente individualizado para o caso de cada paciente. Em todo caso, o acompanhamento oncoginecológico regular é fundamental antes e após o tratamento para identificar a evolução das lesões e a recorrência. Por isso, é fundamental que seja conduzido por um profissional especializado e experiente.

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Saco gestacional, bolsa amniótica e placenta: diferenças

Quando pensamos em uma gestação, uma das primeiras imagens que surgem na nossa mente é em bebê dentro do útero. No entanto, existem uma série de pontos que são fundamentais para permitir que ele se desenvolva e a gestação avance, como os anexos embrionários. Os anexos embrionários são órgãos temporários que desempenham diversas funções de nutrição e de proteção do feto.

Neste post, vamos falar sobre algumas dessas estruturas extraembrionárias mais conhecidas: o saco gestacional, a bolsa amniótica e a placenta. Explicaremos sua formação e suas funções. Ficou interessada? Acompanhe até o final!

Saco gestacional: um dos primeiros sinais de uma gestação

O saco gestacional é uma estrutura que se forma entre a terceira e a quinta semana de gestação. Inicialmente, com um diâmetro de 2 a 3 milímetros, pode ser visualizado pela ultrassonografia transvaginal e representa um dos sinais mais precoces de uma gravidez. A principal função inicial do saco gestacional é fornecer um espaço para que o embrião cresça, visto que as paredes uterinas exercem pressão sobre as paredes do útero.

À medida que a gravidez avança, o feto se desenvolve dentro da cavidade uterina junto com outras estruturas importantes para seu desenvolvimento, como:

  • o saco vitelino, que auxilia na nutrição do feto nas primeiras semanas de vida (antes da formação da placenta);
  • a bolsa amniótica, sobre a qual falaremos a seguir.

Por volta da 10ª semana de gestação, a bolsa amniótica passa a ocupar todo o saco gestacional e se confunde com ele. Por sua vez, o saco vitelino regride.

Em outras palavras, saco gestacional é um termo mais utilizado durante o primeiro trimestre de gestação. Depois desse período, é mais comum que a gestante ouça o médico falar sobre a bolsa amniótica.

Bolsa amniótica: uma importante estrutura de proteção do feto

A bolsa amniótica — ou simplesmente “bolsa” — é uma estrutura fundamental para o desenvolvimento fetal. É também conhecida como “membranas”, pois é constituída de duas membranas: o âmnio e o córion.

O âmnio é a membrana mais interna com uma espessura entre 0,02 e 0,5 milímetros. Apesar de fino, é bastante resistente. Uma das características mais interessantes do âmnio é a sua flexibilidade e sua capacidade de se estender. Com isso, consegue acompanhar o rápido desenvolvimento do feto ao longo da gestação.

Além disso, o âmnio contém o líquido amniótico (constituído de 98% a 99% de água), que é uma substância clara e transparente nos primeiros meses de gestação. Com o tempo, torna-se mais turvo devido à presença de células e substâncias originadas do próprio âmnio e do feto. Nesse sentido, o conjunto âmnio e líquido amniótico tem funções muito nobres, como:

  • é rico em substâncias que se ligam à água e protege o feto contra o dessecamento;
  • também contém diversas substâncias bacteriostáticas e antimicrobianas, as quais protege o bebê contra infecções;
  • protege o bebê contra impactos mecânicos e a pressão intrauterina. Quando há pouco líquido amniótico, o feto pode sofrer deformidades devido à pressão provocada pelas paredes do útero;
  • permite a movimentação fetal, que é um importante sinal de vitalidade do bebê;
  • contribui para o desenvolvimento pulmonar do bebê e para o funcionamento do sistema urinário.

Já o cório é a membrana externa, sendo geralmente mais espessa e menos elástica do que o âmnio. À medida que a gestação avança, uma parte do cório se junta com o endométrio uterino materno para formar a placenta. A outra parte permanece ao redor do âmnio, constituindo o conjunto de membranas fetais.

Placenta: órgão com múltiplas funções gestacionais

A placenta é um órgão fundamental para o desenvolvimento fetal. A capacidade de uma gestação evoluir depende da formação da placenta no lugar correto e da forma correta. Anomalias na formação e na implantação placentário representam uma causa importante de abortamento, morte fetal e de partos prematuros.

As estruturas que formam placenta começam a surgir a partir da terceira semana de gestação e terminam seu desenvolvimento a partir do quinto mês de gestação. A placenta é constituída de duas estruturas principais:

  • placa basal, que é uma camada placentária formada principalmente pelas células do endométrio (decídua basal) do útero materno;
  • placa coriônica, a qual é formada por células embrionárias.

Entre essas placas, está o espaço interviloso, o qual é preenchido por sangue materno. Esse sangue é “filtrado” e seu plasma contribui para a nutrição do bebê e para a geração do líquido amniótico.

A placenta apresenta funções muito importantes para a manutenção da gestação e para a sobrevivência do feto:

  • secreção de hormônios, como a gonadotrofina coriônica humana e a progesterona;
  • troca de gases entre a mãe e o bebê;
  • fornecimento de nutrientes para o feto;
  • transmissão de anticorpos maternos do tipo IgG, os quais protegem o bebê contra infecções;
  • excreção de produtos tóxicos gerados pelo metabolismo do bebê.

Além disso, a membrana placentária atua como “filtro” seletivo que impede que diversos microrganismos e substâncias tóxicas atinjam o bebê.

Portanto, o complexo sistema de estruturas extraembrionárias compreende não apenas o saco gestacional nas fases iniciais, mas também a bolsa amniótica e a placenta em estágios subsequentes.

A bolsa amniótica, com suas membranas flexíveis e líquido amniótico multifuncional, desempenha um papel crucial na proteção do feto ao longo da gestação. Já a placenta, que se forma mais tardiamente, assegura funções vitais, incluindo a regulação hormonal, troca de gases e fornecimento de nutrientes.

Quer saber mais sobre os exames de pré-natal que avaliam a evolução de uma gestação? Toque aqui!

Quando o saco gestacional se forma e qual é sua função?

Uma gestação é um fenômeno bastante dinâmico e com diversas fases. Em geral, uma gravidez é dividida em três trimestres. No primeiro trimestre, ocorre a formação dos principais órgãos do feto e dos anexos embrionários. O segundo trimestre é caracterizado por um crescimento mais expressivo do bebê. Já, no terceiro, esse crescimento se desacelera um pouco e o organismo feminino começa a se preparar para o parto.

O saco gestacional é uma estrutura que se forma logo nas primeiras semanas do primeiro trimestre. A visualização dele em uma ultrassonografia é um dos principais sinais que ajudam a confirmar que uma mulher está grávida. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é saco gestacional?

O saco gestacional é uma “bolsa” preenchida por líquido, representando a primeira estrutura embrionária que pode ser vista pela ultrassonografia entre a terceira e a quinta semana de gestação. Inicialmente, ele apresenta:

  • uma forma ovalada ou esférica;
  • entre 2 e 3 milímetros de diâmetro.

Nesse sentido, é considerado um dos sinais mais precoces de que uma gestação está acontecendo. Com isso, a presença de níveis elevados de beta-hCG associados com a visualização do saco gestacional são uma das principais formas de confirmar uma gravidez. À medida que a gestação avança, ele se expande para acomodar o crescimento do bebê;

Como o saco embrionário se forma?

Após a fertilização, o zigoto (fase inicial do embrião) inicia um processo de divisões celulares sucessivas, formando um aglomerado de células chamada mórula. À medida que a mórula continua a se dividir, suas células passam por uma série de transformações.

As primeiras células de um embrião são indiferenciadas e totipotentes. Isso significa que elas são muito semelhantes entre si e podem se transformar em quaisquer tecidos do corpo. À medida que elas se dividem, elas se diferenciam e se organizam em diferentes camadas de tecido, eventualmente se transformando em uma estrutura oca chamada blastocisto.

No blastocisto, já temos camadas de tecidos diferenciados e podemos identificar três estruturas embrionárias:

  • o embrioblasto, cujas células dão origem às estruturas do corpo do bebê;
  • o trofoblasto, o qual formará parte das estruturas extraembrionárias;
  • blastocele, uma cavidade preenchida por líquido.

É próximo a essa fase que o embrião se implanta no endométrio do útero e o trofoblasto começa a invadir o endométrio. Em resposta, as células endometriais recobrem o embrião, concluindo a implantação. O saco gestacional surge à medida que a blastocele é preenchida por fluidos, fornecendo um ambiente seguro e nutritivo para o embrião nessa fase inicial do desenvolvimento.

O que acontece com o saco gestacional durante a gestação?

Como vimos, à medida que a gestação avança, o saco gestacional cresce para acomodar o feto em crescimento. Com isso, podemos identificar a formação de novas membranas e sacos em seu interior, como:

  • saco vitelino, uma pequena bolsa que se origina dentro do saco gestacional. Ele é uma das principais estruturas de nutrição nas primeiras semanas de gestação (quando a placenta ainda não está formada). O saco vitelino desaparece a partir da 10ª semana de gestação;
  • saco amniótico, também conhecido como “membranas embrionárias”. É um saco que se forma mais próximo ao embrião.

Com o crescimento do embrião, o saco amniótico começa a ocupar todo o espaço do saco gestacional. Ou seja, o saco gestacional passa a ser formado pelas membranas embrionárias, confundindo-se com elas. A partir desse momento, é mais comum você ouvir seu obstetra se referir a ele como saco amniótico ou simplesmente “bolsa”.

Qual a função do saco gestacional?

O útero é um órgão com uma cavidade interna, sendo constituído também por três camadas: o endométrio (no qual o embrião se fixa), o miométrio e perimétrio. Em mulheres não-grávidas, a pressão do abdômen e o tônus muscular do endométrio fazem com que a cavidade uterina fique com suas faces “coladas” (colabadas).

Para permitir o livre crescimento do embrião, forma-se o saco gestacional. O líquido em seu interior protege o feto da pressão intrauterina, permitindo que ele cresça com maior liberdade. Portanto, o saco gestacional cresce para expandir a cavidade uterina à medida que o feto se desenvolve.

A partir da décima semana, o saco gestacional é formado pelas membranas ovulares (âmnio e córion), que são preenchidas por líquido amniótico. Assim, assume também a função de proteger o feto contra impactos, facilitar o crescimento fetal e permitir a movimentação do bebê.

Importância obstétrica

Na obstetrícia, o saco gestacional assume uma importância muito significativa no início do primeiro trimestre de gestação. A visualização do saco gestacional é um indicativo muito forte de uma gestação. Entretanto, é muito importante entender que, isoladamente, sua visualização do saco gestacional dentro do útero não confirma uma gestação. É importante que haja outras evidências de gestação, como níveis elevados de beta-hCG e visualização do saco vitelino.

Portanto, o saco gestacional é um termo técnico muito frequente no início do pré-natal. Afinal, ele é uma estrutura importante nessa fase e sua visualização ultrassonográfica contribui para o diagnóstico de uma gravidez.

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Fungo durante a amamentação: conheça a candidíase mamária

Dor nos seios e nos mamilos é um sintoma relativamente frequente em mulheres que estão amamentando. Na maior parte dos casos, é um são benignos que melhora com medidas simples, como melhorar a pega do bebê. Apesar de menos comum em comparação a outras causas de dor mamária, a candidíase mamária merece atenção.

A candidíase é um fungo que faz parte da flora microbiana normal das mulheres, colonizando a pele e a mucosa. Durante a amamentação, contudo, diversos fatores podem aumentar as chances de proliferação excessiva da cândida. O principal deles são as rachaduras e as fissuras nos mamilos, que quebram a barreira natural da pele, permitindo que o fungo infecte tecidos mais profundos.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post até o final!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária ocorre quando há a proliferação excessiva do fungo Candida albicans na pele da região dos seios. Esse fungo oportunista normalmente faz parte da microbiota natural do corpo humano, coexistindo principalmente no trato gastrointestinal, na boca e na vagina.

A Candida albicans é uma das espécies que mais causam infecções fúngicas, sendo responsável por condições como candidíase oral, genital e, em casos específicos, a candidíase mamária em mulheres lactantes. A capacidade de se adaptar a diferentes ambientes do corpo humano e a sua habilidade de formar hifas, estruturas que permitem a invasão de tecidos, contribuem para a virulência desse fungo.

Causas e fatores de risco

A Candida albicans não faz parte do microbioma habitual da pele dos seios. No entanto, durante a amamentação, o fungo pode colonizar a região devido ao contato com a boca do bebê. Isso geralmente não traz nenhuma repercussão negativa para a saúde das lactantes.

A proliferação dessa espécie fúngica pode se descontrolar em situações, como:

  • Comprometimento da imunidade materna;
  • Alterações hormonais;
  • Maior humidade na região dos seios;
  • Mudanças na microbiota.

Um dos fatores de risco para a condição é o uso de antibióticos durante o período de amamentação. Afinal, eles podem comprometer o equilíbrio da microbiota da pele ao matar bactérias que controlam o crescimento excessivo da Candida.

É preciso tomar bastante cuidado com a infecção por Candida, pois ela pode passar para o bebê, causando a candidíase oral. Isso pode gerar um ciclo de infecção e reinfecção entre a mãe e a criança.

Sintomas da candidíase mamária

Os sintomas da candidíase mamária variam de paciente para paciente. Confira, a seguir, as manifestações mais comuns:

  • Dor nos mamilos: sensação de dor, queimação ou desconforto nos mamilos, que pode surgir durante o ato de amamentar ou fora dele;
  • Sensibilidade: os mamilos podem ficar mais sensíveis ao toque;
  • Vermelhidão: a área ao redor dos mamilos e da aréola pode ficar vermelha e irritada;
  • Inchaço: pode surgir um edema (inchaço) na área afetada;
  • Descamação da Pele: a pele nos mamilos e ao redor da aréola pode descamar;
  • Coceira: algumas mulheres experimentam coceira na região mamária;
  • Dor profunda nos seios: além da dor nos mamilos, algumas mulheres podem sentir dor mais profunda nos seios.

Esses sintomas, entretanto, não são específicos. Em outras palavras, eles podem ser desencadeados por outras condições, como:

  • Dermatite de contato;
  • Ingurgitamento mamário;
  • Infecções bacterianas.

Portanto, se você estiver enfrentando algum desses sintomas, é fundamental procurar orientação médica para um diagnóstico adequado.

Diagnóstico da candidíase nas mamas

O diagnóstico da candidíase mamária é clínico, baseado nos sintomas que você relata ao seu médico e nos sinais identificados durante o exame físico. Geralmente, não é necessário nenhum exame complementar para confirmar a infecção.

Durante a anamnese, seu médico a questionará sobre as algumas características dos sintomas atuais, como:

  • Intensidade;
  • Duração;
  • Frequência;
  • Fatores de melhora e piora;
  • Sintomas associados.

Além disso, é importante conhecer seu histórico médico prévio, hábitos de vida e histórico familiar. Após a entrevista clínica, é feito o exame físico dos seios, que pode demonstrar inchaço, vermelhidão e sensibilidade ao toque. Também podem surgir linfonodos aumentados em algumas pacientes.

Tratamento da candidíase mamária

O tratamento geralmente envolve a aplicação de antifúngicos tópicos na área afetada. Em alguns casos, medicamentos antifúngicos orais podem ser prescritos. Além disso, é importante abordar fatores que possam contribuir para a infecção, como melhorar a higiene e cuidado com os mamilos, ajustar a técnica de amamentação e tratar comorbidades, se presentes.

É importante salientar que o aleitamento materno no próprio peito é permitido caso você esteja com candidíase mamária, preferencialmente no mamilo não afetado. Se a dor durante a amamentação for muito intensa, a ordenha do leite é uma opção interessante. Para evitar o ingurgitamento mamário, a expressão do leite é necessária mesmo que o bebê não esteja amamentando no peito.

Portanto, a dor nos seios e mamilos durante a amamentação, embora frequentemente benigna, pode indicar a presença de candidíase mamária. Esse fungo pode proliferar de forma descontrolada, especialmente em situações como rachaduras nos seios. Isso pode causar sintomas, como dor, sensibilidade, vermelhidão e descamação.

A avaliação clínica do quadro é geralmente suficiente para o diagnóstico. Já o tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos e, em casos mais graves, medicamentos orais.

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Prevenção do HPV: saiba mais sobre o assunto

O Papilomavírus Humano (HPV) é um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes, sendo que cerca de 40 deles são transmitidos pelo contato sexual. O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns em todo o mundo. Existem dois grupos principais de HPV: os de baixo risco, que geralmente causam verrugas genitais, e os HPV oncogênicos, que estão associados a diversos tipos de câncer, incluindo o câncer do colo do útero.

A prevenção do câncer do colo do útero está fortemente ligada à prevenção do HPV e no diagnóstico precoce das lesões. As principais medidas de prevenção incluem: a vacinação, o uso de preservativos, as consultas médicas regulares e o Papanicolaou. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

Vacinas contra HPV

A vacina contra o HPV é uma das ferramentas de prevenção mais importantes, sendo muito eficaz para reduzir o risco de infecções pelos tipos mais preocupantes de HPV. Existem três tipos de vacina contra o HPV no Brasil:

  • Bivalente, a qual protege contra os HPV 16 e 18, que são responsáveis por grande parte dos casos em que a infecção evolui para lesões cancerosas;
  • Tetravalente, a qual imuniza contra os HPV 6, 11, 16 e 18, que oferece uma proteção adicional contra 2 tipos de HPV que causam infecções benignas na região genital e no ânus;
  • Nonavalente, que é eficaz contra infecções pelos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Essa vacina chegou ao Brasil recentemente, apesar de estar no mercado internacional há muitos anos. Ela também oferece imunidade contra outros tipos oncogênicos de HPV que causam câncer de colo do útero, de vulva, de vagina, de ânus e de faringe.

As vacinas funcionam por meio da estimulação da produção de anticorpos contra o HPV. Quando se ligam no vírus, os anticorpos impedem que eles entrem nas células, além de facilitar a destruição dos vírus por outras células imunológicas.

A vacina pode ser tomada por homens e mulheres de 9 anos de idade até os 45 anos. Para adolescentes entre 9 e 14 anos, o esquema vacinal é feito em duas doses, que devem ter um intervalo mínimo de 6 meses entre si. Acima de 14 anos, recomenda-se a vacinação em 3 doses: a segunda deve ser tomada 2 meses após a primeira, e a terceira é administrada 6 meses após a segunda.

Papel dos preservativos na prevenção do HPV

A principal forma de transmissão do HPV é o contato entre pele a pele, pele com mucosa ou mucosa com mucosa durante as relações sexuais. Assim, o preservativo também é uma importante fonte de proteção contra o HPV, pois reduz a superfície de contato disponível para a transmissão do vírus.

No entanto, como o vírus pode estar presente fora nas áreas ao redor dos órgãos genitais, os preservativos não são um método 100% eficaz contra infecções pelo HPV. Mesmo assim, ainda é uma ferramenta muito importante contra o HPV e outros microrganismos sexualmente transmissíveis.

A importância das consultas ginecológicas regulares

As consultas médicas regulares são fundamentais para identificar lesões causadas pela infecção pelo HPV:

  • As lesões benignas são geralmente macroscópicas, isto é, podem ser vistas ao olho nu. Podem surgir como lesões únicas com aparência de verruga (condilomas) ou múltiplas. Em alguns casos, diversos condilomas podem se agrupar e formar uma lesão com aparência semelhante a uma couve-flor na região genital ou do ânus;
  • As lesões malignas, por sua vez, são geralmente microscópicas. Em outras palavras, não são vistas facilmente ao olho nu. Para identificá-las, o médico pode utilizar instrumentos de ampliação óptica. No entanto, o principal método de rastreio de lesões microscópicas pelo HPV é o exame Papanicolaou (citologia oncótica de colo do útero).

A partir dos 25 anos, a paciente deve fazer o Papanicolaou. Os dois primeiros exames são feitos com um intervalo de um ano. Caso sejam negativos, a frequência passa a ser de 3 anos.

Papanicolaou

A evolução para câncer é lenta e progressiva. Por esse motivo, podemos utilizar testes para identificar lesões em estágios menos avançados. O exame de Papanicolaou é um procedimento ginecológico utilizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam indicar:

  • Displasia de baixo grau — são lesões com alterações celulares mais leves, as quais apresentam baixo risco de evolução para câncer;
  • Displasia de alto grau — caso não sejam tratadas, as lesões de baixo grau podem evoluir para a displasia de alto grau, que é pré-maligna. Elas apresentam uma chance significativa de evolução para um tumor maligno;
  • Carcinoma — representa a lesão cancerosa, que pode estar superficial (in situ) ou invasiva.

Portanto, o objetivo do Papanicolaou é tanto de prevenir a evolução de displasia para carcinoma quanto de identificar tumores malignos o mais precocemente possível

Durante o exame, a paciente é posicionada na mesa de exame ginecológico, e um espéculo é suavemente inserido na vagina para proporcionar uma visão clara do colo do útero. Em seguida, o profissional de saúde utiliza uma espátula e uma escova para coletar células da região do colo do útero. Essa amostra é enviada para análise laboratorial, onde as células são examinadas sob o microscópio para identificar qualquer anomalia.

Portanto, a prevenção do HPV é mais eficaz quando combinamos todas as estratégias acima. Com isso, é possível reduzir significativamente o risco de infecções e do câncer do colo de útero. Não deixe de conversar com seu ginecologista sobre esse tema tão importante para a saúde da mulher.

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É normal sentir dor durante a gestação?

A gravidez é um período desafiador na vida de uma mulher. Afinal, envolve diversas mudanças físicas, emocionais e hormonais. Com isso, é comum que as mulheres grávidas sintam bastante insegurança em alguns momentos, principalmente quando sentem alguma alteração, como a dor durante a gestação.

Uma das dificuldades enfrentadas durante a gestação é a variabilidade dos sintomas que podem surgir, como náuseas, fadiga, alterações de humor e desconforto físico. Nesse contexto, sem a informações médicas corretas, ela pode sentir dificuldade em distinguir o que é normal e o que pode indicar algum problema.

Além disso, algumas mulheres enfrentam desafios médicos específicos durante a gestação, como complicações de saúde ou condições pré-existentes que requerem cuidados adicionais. Para elas, quadros de dor podem gerar ainda mais ansiedade e preocupação.

É normal sentir dor durante a gestação?

É comum que as mulheres experimentem algum grau de desconforto ou dor durante a gestação sem que o sintoma indique uma doença ou complicação. No entanto, apesar de ser frequente, a dor fisiológica (sem relação com algum problema de saúde) não deve ser vista como algo normal. Afinal, é um sintoma que pode impactar na qualidade de vida da mulher, devendo ser acompanhado por um médico e tratada sempre que a paciente desejar e for possível.

As manifestações variam de mulher para mulher e de gestação para gestação. Nesse sentido, algumas pacientes relatam apenas desconfortos leves durante grande parte da gestação. Outras podem ser impactadas por dores mais significativas ou persistentes. A seguir, vamos explicar as principais causas de dor fisiológica:

  • Cólicas e dor na região da pelve devido ao crescimento uterino: à medida que o útero se expande para acomodar o crescimento do feto, pode causar desconforto ou sensação de pressão;
  • Dores articulares devido a alterações hormonais: as alterações hormonais durante a gravidez podem afetar as articulações e os ligamentos, levando a dores musculares e nas articulações. As dores osteomusculares estão entre as queixas benignas mais frequentes durante o pré-natal;
  • Lombalgia: o aumento de peso e a mudança no centro de gravidade (distribuição do peso) durante a gravidez podem contribuir para dores lombares. À medida que a barriga cresce, há uma tendência de o corpo da mulher se curvar e aumentar a carga sobre a coluna lombar;
  • Contrações de Braxton Hicks (de treinamento): essas contrações, que são uma forma de preparação do corpo para o parto, podem causar uma dor leve nas últimas semanas de gestação;
  • Dores de cabeça: mudanças hormonais e fatores relacionados ao estresse podem contribuir para dores de cabeça durante a gravidez, principalmente se a paciente já tinha quadros de cefaleia antes de engravidar. No entanto, esse é um sintoma que precisa ser investigado com atenção, pois pode estar relacionado com a pré-eclâmpsia, uma condição preocupante.

Quando a dor durante a gestação não é “normal”?

Nenhuma dor é normal, pois esse sintoma pode comprometer a qualidade de vida e a saúde mental da paciente mesmo que não esteja relacionada a um problema de saúde. No entanto, precisamos ter especial atenção a alguns quadros de dor que podem ser, sim, um sinal de uma complicação gestacional. Confira, a seguir, alguns sinais de alerta:

Dor persistente ou intensa

Como vimos, as dores “normais” geralmente são leves e passageiras. Portanto, se a dor for persistente, intensa ou não melhorar com o repouso, isso pode indicar uma condição que necessita de avaliação médica.

Dor abdominal aguda e grave

Dor abdominal súbita e intensa pode ser um sinal de problemas como descolamento de placenta, ruptura uterina ou outras complicações graves, exigindo intervenção médica urgente.

Sangramento vaginal

Se a dor for acompanhada de qualquer sangramento vaginal durante a gravidez, você deve procurar um obstetra rapidamente. Esse sintoma pode indicar problemas gestacionais ou, até mesmo, um abortamento espontâneo.

Dor de cabeça intensa

Esse sintoma pode indicar complicações gestacionais, como pré-eclâmpsia, a qual exige acompanhamento médico frequente e regular. Nesse sentido, é importante notar se a dor de cabeça é acompanhada de alguma alteração na visão ou ao aumento da pressão arterial.

Dor ou queimação ao urinar

Pode ser sintoma de infecção do trato urinário (ITU), que é uma condição que aumenta o risco de abortamento, parto prematuro e sepse neonatal. Portanto, as ITUs devem sempre ser tratadas rapidamente durante a gestação.

Dor seguida de diminuição dos movimentos fetais

Se, após um quadro de dor mais intensa (mesmo que por poucos minutos), houver uma diminuição perceptível nos movimentos fetais, é importante buscar atendimento médico para investigar a saúde fetal.

Contrações regulares antes da 37ª Semana

Contrações regulares antes da 37ª semana de gestação podem indicar trabalho de parto prematuro. Contrações regulares são diferentes das contrações de treino, as quais são geralmente irregulares (surgindo sem um padrão bem definido).

Ruptura prematura de membranas

Se a dor for acompanhada de secreção vaginal fina e clara, pode ter ocorrido a ruptura da bolsa amniótica antes do início do trabalho de parto, outra urgência obstétrica.

Síndrome do túnel do carpo

Algumas mulheres grávidas desenvolvem essa síndrome devido à retenção de líquidos, o que pode causar dor, formigamento e dormência nas mãos e pulsos. Apesar de ser um quadro incômodo, não impõe nenhum risco imediato às gestações.

A dor durante a gestação é um sintoma que deve ser observado. É importante que as mulheres grávidas comuniquem qualquer dor significativa ao seu obstetra para que possam avaliar a causa e fornecer orientações apropriadas.

Nem toda dor durante a gravidez é benigna, e algumas condições podem exigir atenção médica imediata. Cada gestação é única, e o pré-natal adequado é fundamental para garantir uma gestação saudável e minimizar qualquer desconforto desnecessário.

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PTGI: veja como é feito o diagnóstico

As patologias do trato genital inferiorPTGI — se referem a um conjunto de lesões displásicas (com alterações celulares significativas persistentes) que afetam a região genital externa da mulher, incluindo a vulva, a vagina e o colo do útero. Essas condições são geralmente causadas por alguns tipos de vírus do papiloma humano (HPV).

Os sintomas associados a essas patologias variam, — com muitos casos sendo completamente assintomáticos. Quando se manifesta, a PTGI pode causar prurido, dor, irritação, corrimento anormal e alterações na aparência da pele na área genital.

É importante destacar que algumas dessas condições podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de colo do útero (câncer cervical). Por isso, é fundamental acompanhamento ginecológico regular para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Como veremos, o diagnóstico da patologia do trato genital inferior feminino é geralmente realizado por meio do exame clínico, da colposcopia e de biópsias. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe até o final!

Quais são as patologias do trato genital inferior feminino (PTGI)?

Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)

Essa patologia surge devido a alterações nas células do colo do útero, que, sem tratamento, podem evoluir para o câncer de colo do útero invasor. A prevalência da NIC é maior em mulheres entre 25 e 35 anos, apesar de a condição ocorrer em qualquer faixa etária.

O principal fator de risco para as NIC é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que é sexualmente transmissível. Existem cerca de 200 tipos de HPV capazes de infectar a pele humana, sendo que 40 deles podem atingir os órgãos reprodutivos. Alguns deles são oncogênicos, isto é, causam lesões que podem evoluir lenta e progressivamente para tumores malignos.

A NIC é classificada em três graus, de acordo com a extensão das alterações celulares e o risco de evolução para uma lesão maligna:

  • NIC 1 (displasia de baixo grau): caracteriza-se por alterações celulares leves e geralmente resolve-se espontaneamente sem a necessidade de tratamento;
  • NIC 2 (displasia moderada ou grau intermediário): envolve alterações celulares mais pronunciadas, sendo mais provável que persista ou progrida para um estágio mais avançado;
  • NIC 3 (carcinoma in situ) apresenta alterações celulares mais significativas, representando um tumor maligno em estágio inicial, — não invasivo. Apresenta grandes chances de cura caso seja tratado precocemente.

A detecção precoce da NIC é fundamental para prevenir a evolução para o câncer cervical invasivo. Isso é geralmente feito por meio do exame de Papanicolau, que avalia microscopicamente as células do colo do útero para identificar possíveis alterações. Além disso, a vacinação contra o HPV é uma medida importante na redução do risco de NIC e câncer cervical, assim como o uso de preservativos.

Neoplasia intraepitelial vulvar (NIV)

A vulva é formada por diversas estruturas, como:

  • Grandes lábios;
  • Pequenos lábios;
  • Clitóris;
  • Púbis;
  • Períneo.

A displasia vulvar é a PTGI que acomete a pele da vulva. Quando essa displasia é de alto grau, ela é chamada de neoplasia intraepitelial vulvar, que pode ser classificada em dois grupos:

  • NIV usual, cujos principais fatores de risco são a infecção por HPV, o tabagismo e o imunocomprometimento;
  • NIV diferenciada, que se relaciona com o líquen escleroso, um transtorno dermatológico crônico na região vulvar. As principais características do líquen escleroso são as manchas brancas e finas, principalmente em mulheres idosas.

Neoplasia intraepitelial vaginal (NIVA)

A NIVA é a sigla utilizada para a displasia no epitélio da parede vaginal, que pode ser classificada em:

  • Leve;
  • Moderada;
  • Grave.

Assim como as lesões cervicais, elas também podem apresentar uma evolução lenta para câncer, pois também estão relacionadas às mutações causadas pelo HPV. Nesse sentido, as lesões graves podem ser consideradas pré-cancerosas.

O câncer da vagina é relativamente raro em comparação a outras neoplasias malignas ginecológicas. Ele ocorre em todas as faixas etárias, mas é mais frequente em mulheres entre 40 e 60 anos.

Como é feito o diagnóstico?

Avaliação clínica

  • Anamnese: o médico geralmente faz perguntas sobre a história médica, histórico sexual e sintomas do paciente para obter informações relevantes;
  • Exame clínico: ele também pode examinar a área genital em busca de lesões, feridas, verrugas ou outras anormalidades.

Papanicolaou e colposcopia

O principal objetivo do papanicolaou é detectar alterações nas células cervicais antes que se tornem cancerosas. Isso aumenta as chances de uma intervenção precoce, o que pode se traduzir em um tratamento mais eficaz.

As diretrizes médicas geralmente recomendam que mulheres iniciem a rotina de realização do papanicolaou a partir dos 21 a 25 anos de idade. Os dois primeiros exames são feitos com um intervalo de 1 ano, passando para o intervalo de 3 anos se os resultados forem negativos. Essa rotina é mantida até os 64 idade.

Durante o exame, o médico coleta uma pequena amostra de células do colo do útero e da área circundante. Isso pode ser feito durante um exame ginecológico de rotina. Nessa oportunidade, ele também pode coletar amostras de células da vulva e da vagina, caso haja suspeita de patologias nessas regiões.

A amostra é enviada para análise microscópica (citopatológica). Os resultados do Papanicolaou são frequentemente classificados em diferentes categorias, como as exemplificadas a seguir:

  • Normal: sem evidência de células anormais;
  • ASCUS (Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado): células levemente anormais, sem clareza sobre o significado clínico;
  • LSIL (Lesão Intraepitelial de Baixo Grau): alterações leves nas células com baixo risco de invasão local;
  • HSIL (Lesão Intraepitelial de Alto Grau): alterações mais significativas nas células, sugerindo um risco maior de câncer cervical.

Se o Papanicolaou revelar células anormais, o médico pode indicar a realização de uma colposcopia (exame visual do colo do útero com um colposcópio) com biópsia para avaliar mais extensamente o tecido.

Portanto, as patologias do trato genital inferior feminino representam um conjunto de condições, como a neoplasia intraepitelial cervical (NIC), neoplasia intraepitelial vulvar (NIV) e neoplasia intraepitelial vaginal (NIVA), que afetam a região genital externa da mulher.

Causadas principalmente pelo vírus do papiloma humano (HPV), essas condições podem ser assintomáticas ou manifestar sintomas como prurido, dor e alterações na pele genital. A detecção precoce, realizada por meio do acompanhamento ginecológico regular, do Papanicolaou e da colposcopia, é fundamental para intervir antes que as alterações celulares evoluam para estágios mais avançados.

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Quando fazer o teste de vitalidade fetal e qual é o objetivo?

A vitalidade fetal se refere à saúde e ao bem-estar do feto durante a gestação. Nesse sentido, a avaliação da vitalidade fetal é uma medida da capacidade do feto de sobreviver e se desenvolver no ambiente uterino, assim como no período pós-parto. Existem várias maneiras de avaliar a vitalidade fetal, incluindo o monitoramento dos batimentos cardíacos fetais, a avaliação da movimentação e a cardiotocografia.

A avaliação da vitalidade fetal é fundamental para que seu médico possa tomar as medidas necessárias para aumentar as chances de um nascimento saudável e evitar intercorrências que prejudicam a sua saúde e à do bebê. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

Quando fazer a avaliação da vitalidade fetal?

A avaliação da vitalidade fetal é uma medida importante, podendo ser indicada sempre que houver complicações clínicas ou obstétricas que podem colocar a saúde do bebê e em risco. As principais condições maternas que motivam a avaliação da vitalidade fetal são:

  • Idade materna superior a 40 anos;
  • Doenças da tireoide;
  • Alterações na produção de hemoglobina, como a anemia falciforme;
  • Cardiopatias cianóticas;
  • Doenças renais crônicas;
  • Diabetes mellitus;
  • Tabagismo superior a 10 cigarros por dia;
  • Distúrbios do colágeno, como o lúpus eritematoso sistêmico e a síndrome antifosfolípide;
  • Alterações nutricionais.

A avaliação da vitalidade fetal também pode ser indicada quando há fatores obstétricos, como:

  • Hipertensão gestacional;
  • Episódio de sangramento vaginal;
  • Redução ou excesso de volume de líquido amniótico;
  • Redução da movimentação fetal;
  • Restrição do crescimento uterino;
  • Gestação múltipla;
  • Rotura prematura das membranas ovulares pré-termo.

Esses são apenas alguns exemplos, pois a avaliação da vitalidade fetal é necessária em qualquer situação em que o obstetra identificar um risco significativo para a evolução da gestação.

Como a avaliação da vitalidade fetal é feita?

É importante ter em mente que a avaliação da vitalidade fetal não é um exame específico, mas um conjunto de medidas para identificar sinais de risco ou de um episódio atual de sofrimento fetal. Sua frequência dependerá dos fatores de risco de cada gestação, a partir da análise individualizada do quadro clínico global, o que pode incluir critérios, tais quais:

  • Idade gestacional;
  • Condição materno-fetal;
  • Histórico obstétrico.

Nesse sentido, é comum que a avaliação seja feita uma a duas vezes semanalmente, envolvendo a avaliação clínica e a realização de cardiotocografia periódicas.

Avaliação clínica

A avaliação clínica é a base da avaliação da vitalidade fetal, envolvendo a anamnese e o exame físico. A anamnese é a entrevista cínica com a gestante. Nos primeiros contatos com o médico, ele buscará identificar se há fatores de risco no histórico médico da paciente.

Além disso, ele vai buscar ter uma visão detalhada da gestação atual. Algumas informações fundamentais nesse sentido são:

  • Percepção da mãe em relação aos movimentos do feto;
  • Presença de episódios de sangramento;
  • Presença de sinais de rotura prematura da membrana, como a liberação de líquido claro através da vagina.

Depois de uma anamnese detalhada, ele prosseguirá para o exame físico,

  • Contagem dos batimentos cardíacos fetais;
  • Medição da altura uterina.

Os exames complementares são indicados com base na avaliação clínica. Portanto, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, os exames de imagem e de laboratório não são a parte mais importante da avaliação da vitalidade fetal. Eles complementam a avaliação clínica, que deve ser sempre realizada antes de qualquer exame.

Avaliação subjetiva da movimentação fetal

Diante de baixos níveis de oxigênio no sangue, os movimentos do feto se reduzem. A avaliação da movimentação fetal pode ser feita com diferentes métodos. O mais simples e de menor custo é a contagem dos movimentos fetais pela mãe. Ela será orientada pelo obstetra a anotar, em um diário, quando notar que o bebê se mexeu. Nas consultas com o obstetra, ele perguntará sobre as percepções maternas e os dados coletados para complementar a avaliação clínica.

Cardiotocografia de repouso

A cardiotocografia tem se tornado o método mais utilizado para avaliar a vitalidade fetal em gestações de alto risco, pois é um exame não invasivo e de execução simples. Ele envolve a coleta de duas informações principais:

  • Frequência cardíaca fetal;
  • Tônus uterino.

Esses parâmetros são coletados por, pelo menos, 20 minutos. Os resultados devem ser interpretados pelo obstetra que acompanha o pré-natal da gestante de acordo com o seu quadro clínico. Métodos mais avançados de cardiotocografia, como a cardiotocografia com sobrecarga e a cardiotocografia computadorizada, podem ser indicados de forma individualizada.

Portanto, a avaliação da vitalidade fetal desempenha um papel crucial no cuidado da gestante e do feto em gestações de alto risco, visando assegurar um parto saudável e prevenir complicações que possam prejudicar a saúde de ambos. Ela pode englobar uma variedade de métodos, desde a avaliação clínica e subjetiva da movimentação fetal até exames especializados, como a cardiotocografia. A frequência dessa avaliação varia de acordo com os fatores de risco individuais e a condição da gestação.

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O que é pólipo endometrial?

O útero é um órgão muscular do sistema reprodutivo feminino responsável por abrigar e nutrir o feto durante a gestação. Anatomicamente, o útero é composto por três camadas distintas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio.

O endométrio é a camada interna do útero, revestindo a cavidade uterina. Ele tem função crucial no ciclo menstrual e na gravidez. Por isso, sofre mudanças cíclicas mensalmente em resposta aos níveis hormonais, preparando-se para a implantação do óvulo fertilizado. Se não houver fertilização, a camada superficial do endométrio é descamada e eliminada durante a menstruação.

O miométrio representa a camada intermediária do útero, sendo composto predominantemente por tecido muscular liso. É responsável pelas contrações uterinas observadas durante o parto e a menstruação. Por fim, temos o perimétrio (ou serosa), a camada externa do útero, formada por tecido conjuntivo, recobrindo a superfície externa do órgão.

Em um contexto clínico, o endométrio é frequentemente o foco de atenção devido à sua relação com condições como a endometriose, o pólipo endometrial e o câncer de endométrio. Quer saber mais sobre o que é pólipo endometrial? Acompanhe nosso post até o final!

O que é o pólipo endometrial?

Pólipos são lesões protuberantes que se desenvolvem na superfície das mucosas no corpo humano. Geralmente benignos, são encontrados com maior frequência no cólon, no nariz, no estômago e no útero.

Nesse sentido, um pólipo endometrial é uma proliferação focal de tecido glandular e/ou estromal que se projeta para a cavidade uterina. Em outras palavras, são massas geralmente benignas que emergem da superfície do endométrio, a camada interna do útero. Essas lesões podem ser únicas ou múltiplas e variam em tamanho desde milímetros até vários centímetros.

Os pólipos endometriais são comuns, principalmente em mulheres no pós-menopausa, mas podem aparecer em mulheres de qualquer idade. Embora a maioria dos pólipos endometriais seja benigna, uma pequena proporção pode ter potencial maligno ou pré-maligno. Por essa razão, frequentemente se recomenda a remoção e avaliação histológica de pólipos diagnosticados.

Classificação dos pólipos endometriais

Além disso, os pólipos endometriais podem ser classificados com base em suas características histológicas:

  • Pólipos glandulares: Predominantemente compostos por glândulas endometriais;
  • Pólipos fibrosos: Apresentam predominância de tecido estromal sobre as glândulas;
  • Pólipos adenomatosos: Mostram atipia das glândulas endometriais, mas sem invasão do estroma. Esse tipo requer atenção especial, pois apresenta um potencial (embora baixo) para malignidade;
  • Pólipos hiperplásicos: Apresentam hiperplasia das glândulas endometriais.

Causas e fatores de risco

As causas exatas para o desenvolvimento de pólipos uterinos não são completamente compreendidas, mas acredita-se que variáveis hormonais e fatores genéticos possam estar envolvidos. Por exemplo, há evidências que os pólipos uterinos possam ser estimulados pelo hormônio estrogênio.

O endométrio responde ao estrogênio, levando ao crescimento e desenvolvimento das glândulas endometriais. A exposição prolongada ao estrogênio pode levar a crescimentos anômalos, resultando na formação de pólipos.

Os principais fatores de risco para o surgimento de um pólipo endometrial são:

  • Idade;
  • Obesidade;
  • Terapia de Reposição Hormonal (TRH);
  • História Familiar.

Vale ressaltar que a presença de um ou mais desses fatores de risco não garante o desenvolvimento de pólipo endometrial, assim como a ausência desses fatores não isenta uma mulher do risco.

Quais são os sintomas do pólipo endometrial?

Os pólipos endometriais podem ser assintomáticos, sendo frequentemente descobertos acidentalmente durante exames realizados por outras razões. No entanto, quando presentes, os sintomas associados ao pólipo endometrial incluem:

  • Sangramento uterino anormal (SUA): é o sintoma mais comum associado aos pólipos endometriais, podendo se manifestar como sangramento que provoca aumento do fluxo menstrual, sangramento que ocorre entre os períodos menstruais, sangramento que ocorre após as relações sexuais e sangramento após a menopausa;
  • Dismenorreia (cólicas antes e durante o período menstrual) menstruação abundante, prolongada, fora do período menstrual ou no pós-menopausa;
  • Infertilidade: em alguns casos, os pólipos endometriais podem dificultar a concepção;
  • Dor pélvica ou cólicas: especialmente quando os pólipos são grandes ou se torcem, podem causar dor pélvica ou cólicas.

É importante destacar que os sintomas dos pólipos são inespecíficos, isto é, outras condições ginecológicas também podem manifestar sintomas semelhantes.

Como é feito o diagnóstico dos pólipos endometriais?

O diagnóstico é clínico com base na clínica da paciente e na visualização dos pólipos endometriais por exames complementares:

  • História clínica e exame físico: a investigação começa com uma revisão detalhada da história clínica do paciente, seguida de um exame físico ginecológico;
  • Ultrassonografia transvaginal: é a modalidade de imagem inicial mais comumente utilizada para avaliar anormalidades endometriais;
  • Histerossonografia: uma solução salina é introduzida no útero através de um cateter, seguida de ultrassonografia transvaginal. Isso oferece uma visualização mais clara do endométrio e dos possíveis pólipos.
  • Histeroscopia: utiliza-se um histeroscópio (um tubo delgado com uma câmera) para visualizar diretamente a cavidade uterina. É o padrão-ouro para diagnóstico de pólipos endometriais e pode ser usado tanto para fins diagnósticos quanto terapêuticos (quando as lesões são únicas e de pequeno volume);
  • Biópsia Endometrial: durante a histeroscopia uma amostra do endométrio pode ser retirada para análise histológica.

Portanto, o pólipo endometrial é uma lesão relativamente prevalente entre as mulheres, especialmente no pós-menopausa. Na maior parte dos casos, são lesões benignas e sem risco de evolução maligna. Entretanto, em situações raras, podem representar lesões pré-malignas ou malignas. Por isso, a investigação e o monitoramento dos pólipos com um ginecologista experiente são fundamentais.

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