Dra Cristiane Pacheco | WhatsApp

Nutrição no puerpério: o que pode ajudar ou atrapalhar a amamentação?

O puerpério é a fase de seis semanas após o nascimento do bebê, isto é, é um período pós-parto caracterizado por mudanças significativas no corpo e na mente da mulher. Apesar de ser uma grande alegria, a chegada de um recém-nascido demanda adaptações intensas e isso precisa ser acompanhado com atenção. Um dos principais pontos de preocupação é a nutrição no puerpério e seus reflexos na amamentação.

Afinal, a gestação e o trabalho de parto exigem muito do organismo de uma mulher. Por melhor que todo o processo tenha sido conduzido, naturalmente, ele envolve alterações que demandam que a mamãe receba cuidados extras.

A alimentação da puérpera assume um papel muito importante, pois fornece os nutrientes que serão essenciais para a recuperação do corpo materno, evita infecções e para a produção de leite. Então, precisa ser rica, ofertando proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e sais minerais.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe o nosso post!

A importância da amamentação no puerpério

A amamentação é a principal medida de cuidado que uma mãe pode ter com o seu bebê nos primeiros meses de vida. Ela está indicada para a grande maioria das mulheres, apesar de haver algumas situações específicas que contraindicam a oferta de leite pela própria mãe.

A não ser que o bebê tenha alguma alergia ou distúrbio metabólico que impeça o uso de leite humano, as mulheres que não podem usar o próprio leite podem contar com bancos de doação gratuitos. A amamentação cruzada (uma mulher dar peito para uma criança que não é seu filho) não deve ser realizada, pois traz muitos riscos de transmissão de doenças para o bebê.

A amamentação reduz o risco de uma série de problemas, como:

  • Infecções nos primeiros anos de vida;
  • Disfunções no neurodesenvolvimento;
  • Desnutrição e desidratação;
  • Alterações gastrointestinais agudas e crônicas.

Para a mãe, ela também é benéfica. Por exemplo, ela reduz o risco de desenvolvimento de dor na região das mamas durante o puerpério, fortalece o vínculo com o bebê e auxilia na contracepção nos primeiros meses pós-parto (há outras considerações a avaliar e tem alto índice de falha).

Nutrição no puerpério e sua importância para a amamentação

Literalmente, o leite é formado pela alimentação da lactante ao longo de todo o processo. O leite nada mais é do que um líquido extremamente nutritivo, o qual contém:

  • Carboidratos, a principal fonte de energia do nosso corpo;
  • Gorduras, as quais são um reserva de energia, além de terem outras funções, como a proteção do sistema nervoso central;
  • Proteínas, que são os “tijolos” que foram as estruturas do nosso corpo;
  • Vitaminas e sais minerais, que participam de diversos processos do nosso metabolismo. Por exemplo, o ferro é essencial para formar os glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio através da circulação. A vitamina A é essencial para as células do olho, especialmente na visão noturna.

Portanto, o leite materno deve conter todas essas substâncias essenciais para a formação do corpo do bebê. Como é um período de crescimento e desenvolvimento muito acelerado, o organismo do recém-nascido precisa de uma quantidade muito grande de insumos. Todos eles vêm da alimentação da mãe!

Então, se a mulher tiver alguma carência nutricional durante o puerpério, isso vai se refletir no bebê. Ele não terá os nutrientes necessários na fase em que ele mais precisa se desenvolver! Afinal, nas primeiras semanas de vida, o organismo dele estará mais imaturo. Portanto, estará mais vulnerável.

O que fazer na nutrição durante o puerpério?

Não há uma fórmula para a alimentação da mãe durante o puerpério. Por isso, é muito importante seguir as recomendações do médico que acompanha o processo. Afinal, cada mãe e cada bebê podem ter suas especificidades. Por exemplo, a mulher diabética deverá manter uma dieta balanceada, evitando o consumo de açúcar refinado.

Há muitas crenças populares sobre a alimentação na fase de “resguardo” e muitas delas infelizmente estão equivocadas. Portanto, por maior que seja a pressão da sua família, é importante se manter nas recomendações médicas.

Aumente moderadamente a ingesta de alimentos

A produção de leite demanda que você consuma mais nutrientes do que estava habituada. Afinal, parte deles será transmitida para o bebê, além de o próprio processo de formar o leite consumir energia.

Para mulheres obesas, uma dieta especial pode ser recomendada, mas ela sempre deverá ser prescrita por um profissional de saúde capacitado.

Consuma alimentos naturais

Os alimentos naturais e pouco processados não contam com aditivos que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê. Além disso, geralmente apresentam um perfil nutricional melhor.

Monte um prato colorido

Sabemos que a cor dos alimentos reflete os nutrientes que eles apresentam. Então, quanto mais colorida a sua alimentação, maiores as chances de seu leite oferecer ao bebê tudo o que ele precisa.

Procure se alimentar funcionais

São aqueles alimentos ricos em nutrientes e/ou que apresentam benefícios comprovados cientificamente. A maior parte deles têm um efeito positivo sobre o metabolismo, reduzindo o risco de desnutrição e/ou doenças crônico-degenerativas. Eles geralmente contêm níveis mais elevados de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, como:

  • Ácidos graxos ômega 3 e 6;
  • Fibras;
  • Ferro;
  • Selênio;
  • Vitaminas A, C, D e E.

O que não fazer na nutrição no puerpério?

Há algumas medidas que são contraindicadas para a nutrição da mulher que amamenta, inclusive na fase do puerpério:

  • Fazer dieta com restrição de calorias sem o acompanhamento de um profissional de saúde;
  • Consumir alimentos com um elevado teor de açúcar refinado ou de gorduras ruins;
  • Consumir alimentos muito processados, com corantes artificiais em excesso e outras substâncias que podem comprometer o desenvolvimento do bebê;
  • Tomar chás que não foram recomendados pelos médicos;
  • Comer alimentos de origem desconhecida;
  • Tomar água sem filtragem;
  • Comer alimentos que o bebê tenha uma alergia conhecida.

Uma nutrição no puerpério inadequada pode expor o seu bebê a problemas sérios, como o atraso do neurodesenvolvimento, a desnutrição, a intoxicação e as infecções. Durante essa fase, o corpo dele estará mais vulnerável, mas de crescimento intenso. Então, ele precisará da amamentação para oferecer os nutrientes que permitirão um desenvolvimento adequado.

Quer saber mais sobre o puerpério e outros cuidados que ele demanda? Confira nosso artigo institucional sobre o tema!

Ácido fólico: para que serve? Devo tomar durante a gestação?

O ácido fólico é uma vitamina B essencial que desempenha um papel fundamental no início da gravidez e nas primeiras semanas após a concepção. Esse nutriente essencial ajuda seu corpo (e o do bebê) a produzir novos glóbulos vermelhos e a construir DNA.

Sem ácido fólico suficiente, o organismo tem dificuldade de produzir células sanguíneas saudáveis ​​ou de produzir um material genético para o feto. Com isso, há um risco maior de ter um filho com defeitos do tubo neural (DTNs), como espinha bífida e anencefalia.

Quer saber mais sobre o ácido fólico e sua importância para a gestação? Acompanhe!

O que é ácido fólico?

O ácido fólico é uma vitamina B encontrada naturalmente em alimentos de origem animal. Também é adicionado a produtos de grãos, como pão e arroz, para ajudar a prevenir DTNs em bebês.

Uma das principais funções do ácido fólico é ajudar a produzir o DNA, o material genético encontrado em todas as células do seu corpo. O DNA determina tudo sobre sua saúde, incluindo sua aparência e sua suscetibilidade a doenças, como obesidade e doenças cardíacas.

Além disso, quando uma mulher está grávida, ela precisa produzir glóbulos vermelhos suficientes para a oxigenação de dois organismos duas pessoas. O ácido fólico desempenha um papel importante na construção de novos glóbulos vermelhos, sendo fundamental para evitar a anemia na mãe.

Por que o ácido fólico é importante durante a gravidez?

O ácido fólico desempenha um papel importante na síntese de DNA, o processo pelo qual seu corpo produz novo DNA. O corpo de um feto precisa produzir uma grande quantidade de material genético à medida que cresce e se desenvolve.

Então, para produzir o suficiente para você e o bebê, precisará de uma dose extra de ácido fólico. Se você não tiver ácido fólico suficiente em seu organismo, o desenvolvimento da gestação pode ser prejudicado de forma substancial.

Como o ácido fólico é solúvel em água, ele não permanece em seu corpo por muito tempo. Ele também não é armazenado no corpo, portanto, se você não tomar suplementos regularmente, seus níveis sanguíneos provavelmente cairão, aumentando o risco de defeitos fetais. Portanto, você precisará tomar o suplemento todos os dias durante o período recomendado por seu médico.

Como obter ácido fólico suficiente durante a gravidez?

Manter uma dieta saudável é imprescindível durante a gravidez. Uma alimentação saudável ajudará você a atender às suas necessidades diárias de nutrientes, além de ajudá-la a se manter bem de forma global. Afinal, exagerar nos suplementos vitamínicos pode ter efeitos adversos no seu bebê. A suplementação de ácido fólico é fundamental, mas não é a única medida nutricional para uma gestação tranquila.

As mulheres grávidas devem consultar seus médicos antes de tomar qualquer tipo de suplemento vitamínico ou fitoterápico. Além disso, se você tomar suplementos prescritos por um profissional, certifique-se de seguir cuidadosamente as instruções de dosagem.

Dose da suplementação de ácido fólico durante o período preconcepcional e a gestação

A dose diária recomendada de ácido fólico é de 400 a 600 microgramas (mcg) por dia, mas há especialistas recomendam que as mulheres tentando engravidar ou já grávidas tomem até 800 mcg por dia.

Portanto, se você está tentando engravidar, tome suplementos de ácido fólico diariamente. Se você já concebeu, é importante não ultrapassar a dose diária recomendada. Quantidades excessivas dessa vitamina podem ser prejudiciais ao seu bebê. Por isso, após a concepção, é importante manter sua dose diária abaixo de 800 mcg.

A suplementação deve ser mantida durante todo o primeiro trimestre de gestação, pois é o momento mais crítico para o desenvolvimento do tubo neural. Depois disso, diante de critérios, o pré-natalista avalia outras e novas necessidades de suplementação de forma individual de cada paciente.

Os riscos de não obter ácido fólico suficiente durante a gravidez

Se você não receber ácido fólico suficiente antes de conceber, há um risco maior de ter um filho com defeitos congênitos, principalmente os do tubo neural (DTN), como espinha bífida e anencefalia.

Caso haja uma suspeita clínica de insuficiência de ácido fólico, seu médico pode recomendar uma amniocentese para verificar se há DTNs após 16 semanas de gravidez. Se o seu médico descobrir que seu bebê tem um DTN, existem maneiras de tratá-lo. Alguns DTNs podem ser reparados cirurgicamente ainda durante a gestação.

Conclusão

Se você não recebe ácido fólico suficiente antes de engravidar, há um risco maior de ter um filho com defeitos congênitos, como espinha bífida e anencefalia. Caso já esteja grávida, especialmente nas primeiras semanas, você precisa atender às suas necessidades diárias com a suplementação indicada pelo médico.

Além disso, você pode obter a quantidade recomendada de ácido fólico comendo uma dieta saudável. Você precisa ter cuidado para não exagerar com suplementos vitamínicos: eles podem ter efeitos adversos em seu bebê.

Quer saber mais sobre a suplementação vitamínica durante o pré-natal? Não deixe de ler nosso post sobre o tema!

Tampão mucoso: o que é e qual a função na gravidez?

O tampão mucoso é a barreira final que impede que microrganismos entrem no útero e causem infecção durante os estágios finais de uma gestação. Inicialmente, é uma camada fina e gelatinosa composta de secreções do colo do útero e do endométrio uterino. À medida que você se aproxima da data do parto, elas ficam gradualmente mais espessas.

Portanto, ele é um dos últimos mecanismos de defesa que seu corpo mantém enquanto você se prepara para o trabalho de parto. Este artigo detalha tudo o que você precisa saber sobre essa estrutura fascinante. Acompanhe!

O que é um tampão mucoso?

O tampão mucoso parece uma bolha de muco claro e pegajoso, que inicialmente é semelhante a clara de ovo em consistência. Pode ser tão pequeno quanto um grão de arroz ou tão grande quanto uma uva. Ocasionalmente, pode ser um pouco amarelo ou branco, mas é macio e translúcido. 

O tampão mucoso é composto por secreções cervicais e endometriais à medida que o colo uterino se prepara para o trabalho de parto. Por isso, a estrutura não pode ser detectada durante toda a gravidez. É somente após 37 semanas que começa a se ficar mais espesso, podendo ser mais facilmente identificado e sair pela vagina com a aproximação do parto. 

Por que o tampão mucoso se forma?

Quando você se aproxima da data do parto, seu corpo começa a se preparar para o trabalho de parto. Uma das primeiras coisas que acontece é as secreções do colo do útero começarem a engrossar para evitar que germes ou bactérias entrem no útero.

Portanto, à medida que o colo do útero se afina, ele secreta um líquido gelatinoso que endurece e forma um tampão. Com isso, formam uma barreira que sela o colo do útero. Esse tampão mucoso é apenas temporário e sairá antes do parto.

Quando ele sai?

O tampão mucoso permanece intacto até perto do final da gravidez. Depois de atingir a 37ª semana de gravidez, você notará que o tampão mucoso começa a engrossar e lentamente forma uma barreira mais espessa. Pode demorar cerca de 2 semanas para o tampão mucoso sair.

Quando está quase totalmente formado, você pode senti-lo enquanto toma banho ou se limpa. Parece uma substância pegajosa grudada no colo do útero. Você também pode notar uma coloração rosa no papel higiênico depois de limpar. Isso acontece, pois parte das secreções do tampão são liberadas gradualmente pela vagina.

A saída do tampão mucoso significa que você está em trabalho de parto?

A saída do tampão mucoso é um dos muitos sinais de que você está se aproximando do trabalho de parto. Contudo, ele não significa que você está em trabalho de parto ou vai entrar em trabalho de parto a qualquer momento. 

Existem outras maneiras mais precisas de saber se você está perto da entrega. Alguns deles são a posição do seu bebê, contrações uterinas, seu colo do útero ficando mole e sua bolsa estourando. Os dois primeiros podem ser identificados por um médico experiente ao longo das consultas de pré-natal do final do terceiro trimestre.

Se você estiver na 37ª semana de gravidez ou mais e perceber que seu tampão mucoso está saindo, não entre em pânico. É simplesmente um dos primeiros sinais de que você está se aproximando do parto, mas não significa que você entrará em trabalho de parto a qualquer momento.

Como você pode saber se você perdeu seu tampão mucoso?

A melhor maneira de saber se o tampão mucoso ainda está intacto é senti-lo. Você pode verificar por si mesmo, inserindo o dedo em sua vagina. Tudo o que você precisa fazer é sentar-se no vaso sanitário, colocar um pé no chão e colocar uma mão na parede para se apoiar. 

Se você estiver sozinho, então você pode agachar. Quando você sentir o tampão mucoso, notará que ele está pegajoso e gruda nos dedos quando você os puxa para fora. Se o tampão mucoso saiu, você notará que nada está grudado no dedo.

A liberação do tampão mucoso é um processo intrigante, mas fascinante, que ocorre no corpo à medida que você se aproxima da data prevista para o parto. Essa uma substância fina e gelatinosa que sela o colo do útero e previne infecções sendo a barreira final que mantém as bactérias longe do útero. 

A saída tampão mucoso é uma parte essencial da preparação para o parto. Esperamos que você tenha gostado de aprender sobre o tampão mucoso e agora possa identificá-lo com maior certeza. Se você tiver qualquer dúvida sobre sua formação e saída, não deixe de conversar com seu obstetra. Uma parte fundamental do parto humanizado é você entender tudo o que está acontecendo com seu corpo a cada momento.

Quer saber mais sobre o parto humanizado e sua importância? Confira nosso artigo sobre o tema!

Colposcopia: o que é e como é feita?

A colposcopia é um tipo de exame que permite ao médico ver o interior da vagina e do colo uterino usando lentes para ampliar as imagens e ver as estruturas com maior detalhamento. É realizada quando há alterações na aparência do colo do útero ou existe o risco de células pré-cancerosas ou cancerosas estarem presentes.

A colposcopia é geralmente usada como uma ferramenta diagnóstica adicional após um exame de papanicolau, não como uma substituta. Ou seja, a triagem (ou rastreio) inicial do câncer do colo de útero ainda será feito pelo exame citopatológico do colo feito na frequência indicada pelo seu ginecologista. 

Se os resultados desse teste mostrarem certos padrões de alteração, seu médico poderá solicitar a colposcopia, um procedimento envolve três partes: inspeção visual, amostragem e biópsia. 

Vamos entender, a seguir, o que acontece durante cada um desses estágios durante um exame de colposcopia.

O que é colposcopia?

A colposcopia é uma maneira de visualizar o colo do útero e a vagina que permite ao médico ver alterações anormais nos tecidos. É uma parte importante da triagem cervical e pode ser usada para diagnosticar as patologias do trato genital inferior

Ao realizar a colposcopia, o médico usará um colposcópio para ampliar a imagem do colo do útero, permitindo que ele veja áreas lesionadas e colete uma amostra de tecido para avaliação. A amostra é, então, examinada ao microscópio e pode ser testada para HPV.

Como a colposcopia é feita?

O exame é realizado com a mulher em posição ginecológica (litotomia). O profissional pedirá para que você coloque uma camisola e se deite em uma maca com as pernas flexionadas e apoiadas em suportes laterais, assim como ocorre no papanicolau. Então, um espéculo é inserido para visualizar o colo do útero.

 

Durante a colposcopia, seu médico aplicará uma solução de ácido acético no colo do útero para fazer com que as células anormais fiquem brancas (clareamento do colo do útero). Temos também o teste de Schiller, que tem como finalidade ajudar a demarcar/confirmar essas áreas alteradas. Isso permite que seu ginecologista veja quaisquer anormalidades com mais facilidade. 

Em seguida, usará um colposcópio para ampliar a visão. Por fim, fará uma “raspagem” do tecido para coletar células. Caso necessário, poderá ainda fazer algumas biópsias para examinar ao microscópio. Uma colposcopia leva entre 15 e 30 minutos, por isso é um procedimento bastante curto. 

Inspeção Visual Durante a Colposcopia

Durante uma colposcopia, o colposcopista examina o colo do útero dentro da vagina usando um colposcópio, que é um aparelho com um cilindro branco com uma luz, lentes oculares e uma lente de aumento em uma extremidade. 

Com isso, seu médico amplia a imagem do colo do útero 10 vezes, para que ele possa ver o tecido com muita clareza. Durante o procedimento, você pode sentir alguma pressão no colo do útero durante a coleta de amostras de tecido. Você também pode sentir algum calor devido à fonte de luz. 

Durante a inspeção visual, seu médico procurará por áreas anormais, incluindo sinais de infecção, de células pré-cancerosas ou cancerosas e outras alterações na superfície da vulva da vagina e do colo do útero.

Amostragem Durante a Colposcopia

O médico coletará amostras tanto de áreas aparentemente normais quanto daquelas que pareçam suspeitas. A amostra de células pode ser coletada por “raspagem” ou biópsia colposcópica em cone. Neste último método, uma pequeno pequena pinça é usada para coletar um fragmento de tecido, sendo utilizada nas regiões em que as lesões foram identificadas.

Biópsia e a colposcopia

Uma biópsia é um processo no qual uma pequena amostra de tecido é removida para ser examinada ao microscópio. Isso pode ser feito para descartar ou confirmar a presença de células cancerígenas.

Complicações

Durante uma colposcopia, você pode sentir um pouco de desconforto quando:

  • O colposcopista aplica a solução de ácido acético no colo do útero. Isso pode parecer uma sensação de queimação ou uma sensação de picada;
  • O calor da fonte de luz e a pressão do espéculo pressionando o colo do útero também pode causar uma leve dor. 

Você pode experimentar algum sangramento vaginal após a colposcopia devido à raspagem e às biópsias do colo do útero. Além disso, você pode ter alguma irritação na uretra por causa da introdução do espéculo na vagina. Esses efeitos colaterais geralmente não são graves e podem ser tratados com analgésicos simples indicados pelo médico.

A colposcopia é um procedimento que permite ao médico ver dentro do colo do útero e coletar uma amostra de tecido para exame. É usada para triagem cervical em alguns casos e pode ser usada para diagnosticar certas condições da vagina e da vulva. 

O exame é geralmente usado como uma ferramenta complementar após um exame de papanicolau alterado. Portanto, é uma ferramenta imprescindível para a prevenção e o diagnóstico do câncer do colo de útero.

Quer saber mais sobre a colposcopia e sua importância para o diagnóstico do câncer cervical? Confira nosso artigo sobre o tema!

Bartolinite: o que é?

A bartolinite é uma inflamação de uma ou ambas as glândulas de Bartolin, também conhecidas como glândulas vestibulares maiores. Apesar de poder acometer qualquer mulher, essa condição é mais comum em grávidas devido às mudanças fisiológicas da gestação, principalmente durante o terceiro trimestre. 

Este artigo analisa em profundidade o que causa a bartolinite na gravidez, seus sintomas e fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento. Quer saber mais sobre esse tema tão importante? Acompanhe!

O que é bartolinite?

A bartolinite é uma inflamação das glândulas de Bartolin, que são duas pequenas estruturas localizadas em ambos os lados da abertura vaginal. Elas produzem uma pequena quantidade de fluido que mantém a vagina lubrificada durante a relação sexual. Quando elas ficam obstruídas ou infectadas por microrganismos patogênicos, elas podem inflamar. Quando essas glândulas ficam inflamadas, podem causar dor e inchaço na área vaginal.

 A bartolinite é uma condição relativamente rara, mas pode ser bastante desconfortável. É mais comumente causada por uma infecção local, mas também pode ser desencadeada por um trauma, um tumor ou uma irritação na área da vulva.

O tratamento para Bartolinite geralmente envolve antibióticos para eliminar a infecção, bem como compressas para reduzir o inchaço. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover as glândulas de Bartolin.

Causas 

A bartolinite pode acontecer devido a uma série de razões, incluindo:

  • Cistos: Os cistos da glândula de Bartolini são a causa mais comum de bartolinite. Os cistos são lesões cheias de líquido que podem se formar quando a glândula é obstruída. Com isso, pode surgir um processo inflamatório intenso na região;
  • Infecção: As bactérias podem entrar na glândula e causar uma infecção. Esse é o tipo mais comum de bartolinite em mulheres sexualmente ativas;
  • Tumores: Raramente, a bartolinite pode ser causada por um tumor na glândula. 

Se a glândula for infectada, pode se formar abscesso, que é uma condição séria que requer tratamento médico imediato.

Além disso, as complicações da bartolinite não tratada incluem:

  • Infecções vaginais recorrentes;
  • Dor crônica;
  • Disfunção sexual;
  • Infertilidade;
  • Sepse, uma infecção generalizada potencialmente fatal.

Sintomas da bartolinite

Os sintomas de bartolinite incluem:

  • Surgimento de um nódulo grande e doloroso perto da abertura vaginal;
  • Relação sexual dolorosa;
  • Dificuldade em urinar;
  • Dor ao urinar;
  • Corrimento vaginal anormal;
  • Inchaço da vulva;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Coceira da vulva.

Outros sintomas podem incluir febre, calafrios e desconforto geral, geralmente associados a quadro infecciosos.

Bartolinite e a gravidez

Os sintomas da Bartolinite são os mesmos para mulheres grávidas e não grávidas, mas a causa da inflamação tende a ser diferente. Mas você sabe por que isso acontece?

As mudanças hormonais repentinas que ocorrem durante a gravidez podem fazer com que as glândulas da vulva fiquem inchadas e sensíveis. Embora a razão exata pela qual isso acontece não seja conhecida, acredita-se que um aumento nos níveis de estrogênio durante a gravidez possa afetar as glândulas, causando inchaço e inflamação.

Além dos fatores hormonais, acredita-se que o maior tamanho do feto nos estágios finais da gravidez — e o consequente aumento da pressão abdominal — também podem contribuir para a bartolinite. Afinal, isso pode prejudicar o retorno do sangue, causando uma congestão na região da vagina.

Como a Bartolinite é diagnosticada?

Quando uma mulher grávida apresentar uma alteração incomum em sua área vulvar, como inchaço, vermelhidão e/ou dor, ela deve consultar seu médico o mais rápido possível. O médico examinará a área e, se identificar um cisto ou sinais de inflamação na localização típica das glândulas, ele pode diagnosticar a bartolinite sem nenhum exame complementar.

Dependendo da gravidade dos sintomas e da idade da paciente (acima de 40 anos), ele poderá decidir realizar uma biópsia. As células coletadas do swab serão enviadas a um laboratório para análise para identificar a causa da inflamação. 

Se os resultados da análise mostrarem que as glândulas de Bartolin estão com uma infecção, o médico prescreverá antibióticos para tratar a doença. Se for um tumor, uma avaliação mais criteriosa poderá ser necessária para afastar o risco de câncer.

Tratamento para bartolinite

A bartolinite é uma condição de curto prazo e geralmente se resolve naturalmente após algumas semanas, mesmo sem qualquer tratamento cirúrgico ou medicamentoso. No entanto, mesmo assim, convém procurar aconselhamento médico para evitar eventuais complicações. 

Existem algumas maneiras potenciais de aliviar a dor causada pela bartolinite na gravidez. Elas incluem o seguinte:

  • Aplicação de bolsas quentes ou frias;
  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio sintomático;
  • Uso de antibióticos sistêmicos ou na forma de cremes vaginais para tratar a infecção;
  • Evitar relações sexuais até que a condição esteja resolvida;
  • Em casos raros, uma cirurgia para retirada das glândulas pode ser necessária.

Além disso, como os antibióticos prescritos para tratar a bartolinite podem causar uma alteração nas bactérias da região vaginal, o que pode levar ao aumento do risco de infecção sexualmente transmissível. Então, caso você não consiga se abster de relações sexuais no período, é importante usar métodos de barreira durante o tratamento.

A bartolinite é uma condição limitada que muitas mulheres experimentam durante os estágios finais da gravidez. Embora geralmente seja uma ocorrência isolada, e não uma condição recorrente, é importante procurar aconselhamento médico assim que notar alterações incomuns em sua área vulvar. Na maior parte dos casos, a bartolinite é facilmente tratável com antibióticos e outras medidas indicadas por seu médico.

Quer saber quais os exames de rotina durante cada semestre de gravidez para prevenir essa e outras doenças? Confira nosso artigo sobre o tema!

Ultrassom obstétrico: o que é e quando é solicitado?

O ultrassom obstétrico é uma parte importante do atendimento pré-natal e do parto humanizado. Durante o primeiro trimestre, ele traz momentos bastante afetuosos e memoráveis para as mamães, como ouvir as primeiras batidas do coração do bebê.

Ele também é usado para rastrear evidências de anormalidades cromossômicas comuns, como a síndrome de Down. Além disso, pode detectar anomalias anatômicas regionais, como a espinha bífida, que podem ter impacto na saúde do bebê se não forem identificadas precocemente.

Durante o segundo e terceiros trimestres, o ultrassom obstétrico é comumente usado para monitorar o crescimento do bebê e procurar possíveis sinais de alerta para a gestação. Ele pode incluir o monitoramento do tamanho do útero e dos níveis de líquido amniótico, procurando por anormalidades estruturais visíveis no bebê. O exame também é útil para verificar a posição do bebê e medir o fluxo sanguíneo para a placenta. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post!

O que exatamente é um ultrassom obstétrico?

A ultrassonografia obstétrica é um exame de imagem que usa ondas sonoras para criar imagens do interior do corpo. Ela é feita com um dispositivo chamado transdutor, que pode se parecer com um microfone (ultrassonografia abdominal) ou uma haste fina (ultrassonografia transvaginal).

As ondas sonoras penetram através de sua pele e do seu corpo, colidindo com as estruturas sem prejudicá-las. Elas são refletidas pelos tecidos do corpo e são captadas pelo transdutor, que as transforma em sinais elétricos, os quais são processados ​​pelo equipamento e transformados em imagem. 

Em um ultrassom obstétrico, serão observados parâmetros, como o tamanho do seu útero, o volume de fluidos intrauterinos e a posição/orientação do seu bebê. Isso permite acompanhar o desenvolvimento da gestação e o crescimento do seu bebê ao longo do tempo.

Como é feito o ultrassom obstétrico? Quando ele é indicado?

No dia do seu ultrassom obstétrico, você precisará trocar de roupa e colocar uma camisola hospitalar. Dependendo do tipo de ultrassom indicado, pode ser solicitado que você fique em posição ginecológica para uma ultrassonografia transvaginal. Isso permite que o ultrassonografista veja sua região pélvica com mais facilidade. 

Ultrassonografia obstétrica do primeiro semestre

O primeiro trimestre é quando é realizada uma triagem pré-natal para avaliar o risco de anomalias cromossômicas, como síndrome de Down, a trissomia 13, a trissomia 18. Durante esse período, seu médico está procurando por quaisquer alterações estruturais em seu bebê. 

Isso inclui procurar a presença de acúmulo de líquido na região da nucal, de higroma cístico e outros problemas estruturais menores que podem ter impacto na saúde do bebê. 

Um ultrassom é normalmente realizado entre 11 e 14 semanas do seu último ciclo menstrual, podendo ser utilizado para auxiliar no diagnóstico da gestação. Caso seja feito mais precocemente, pode ser necessária uma nova ultrassonografia ainda no primeiro trimestre para avaliar a morfologia do bebê, isto é, as características do corpo dele.

Ultrassonografia obstétrica do segundo semestre

O segundo trimestre é um momento em que o médico mudará o foco da verificação de anomalias estruturais para o monitoramento do crescimento do bebê. O exame normalmente é realizado entre 18 e 28 semanas do seu último ciclo menstrual. Esse também é o melhor momento para ter mais certeza a respeito do sexo do bebê.

Ele geralmente envolve: 

  • Medir o quanto seu bebê cresceu e comparar com curvas padronizadas para estimar se o desenvolvimento está dentro do esperado;
  • Calcular o volume do líquido amniótico para detectar malformações, como estenose da junção ureteropiélica (JUP), que pode causar disfunção renal;
  • Avaliar a morfologia global. 

Ultrassonografia obstétrica do terceiro trimestre 

Durante o terceiro trimestre, seu médico está procurando por possíveis sinais de alerta para complicações durante o parto. Um primeiro exame pode ser feito entre 32 e 34 semanas para medir o tamanho do seu útero e ver o quanto o feto cresceu desde o último ultrassom. Entre suas utilidades, também estão:

  • Verificar o tamanho do seu útero e a posição do seu bebê;
  • Medir o fluxo sanguíneo para a placenta;
  • Medir a espessura do colo uterina;
  • Estimar, de acordo com alguns sinais, se o parto está próximo. 

Um segundo ultrassom pode ser realizado entre 36 e 38 semanas de gestação para confirmar que seu bebê está em uma posição ideal para o nascimento. Isso ajuda a evitar complicações que dificultam o parto normal. A partir dele, por exemplo, podemos iniciar as manobras para corrigir problemas de posicionamento.

O ultrassom mostra o sexo?

O sexo pode ser determinado já no primeiro trimestre por um ultrassom, embora normalmente não seja feito até o segundo trimestre. Nessa fase, o exame pode determinar mais claramente o sexo, pois o feto estará desenvolvido o suficiente.

A ultrassonografia obstétrica é sempre necessária?

Apesar de muito importante, a ultrassonografia obstétrica não é obrigatória em um pré-natal. No entanto, como se trata de um exame bastante seguro, geralmente não há razão médica para evitá-lo. Um monitoramento ultrassonográfico mais frequente pode ser indicado se você:

  • Tem um histórico familiar de anormalidades genéticas;
  • Tem mais de 35 anos, pois o risco de alterações cromossômicas aumenta com a idade materna;
  • Tem alguma patologia como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, trombofilias, entre outras.

No entanto, como em todo exame, lembre-se de que não há garantia de uma imagem perfeita e há uma chance de obter um falso positivo ou falso negativo. Por isso, a avaliação de um médico para a interpretação do ultrassom obstétrico é fundamental. 

Quer saber mais sobre os exames do pré-natal? Confira nosso artigo sobre o tema!

Idade gestacional: o que é e como calcular?

Saber a idade gestacional é fundamental para o bom acompanhamento de uma gestação e para o planejamento do parto. No entanto, seu cálculo não é tão simples quanto parece e, frequentemente, você pode precisar de auxílio médico.

O começo da contagem é feito a partir do primeiro dia do último período menstrual, que também é conhecido como data da última menstruação (DUM). Neste artigo, explicamos como a idade gestacional é calculada para determinar a data do parto de uma mulher, além de responder algumas dúvidas muito comuns sobre o tema. Acompanhe!

Por que a mulher para de menstruar durante a gestação?

O endométrio é a camada mais interna do útero, sendo o local em que o embrião se fixa nos primeiros dias de uma gestação. Para isso, ele precisa estar espesso para permitir o desenvolvimento das estruturas embrionárias.

Já a menstruação é a descamação do endométrio ao final de um ciclo. Ela é regulada pela variação periódica de hormônios produzidos na hipófise e nos ovários:

  • O primeiro dia de sangramento menstrual marca o primeiro dia do ciclo menstrual. Essa fase dura cerca de 3 a 7 dias;
  • Com isso, os ovários começam a produzir quantidades maiores de estrogênio, um hormônio que estimula a multiplicação das células do endométrio;
  • Por volta da metade do ciclo, há um pico de hormônio luteinizante (LH), que estimula a ovulação;
  • As células remanescentes do folículo ovariano se transformam e se tornam uma estrutura chamada corpo lúteo, que produz estrogênio e progesterona. Eles estimulam o espessamento do endométrio a fim de prepará-lo para a implantação do embrião;
  • Caso não haja a concepção, o corpo lúteo se degenera e os níveis desses hormônios caem significativamente e o endométrio se descama.

Se houver a fertilização do óvulo, o embrião formado passa a produzir o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG). Ele atua sob o corpo lúteo, impedindo sua involução. Então, os níveis de progesterona e estrogênio permanecem altos, mantendo o endométrio mais espesso. Portanto, a mulher não menstrua durante a gravidez.

Qual é a fórmula para calcular a idade gestacional?

O método mais simples de calcular a idade gestacional é pela data da última menstruação, a DUM:

  • Conta-se a quantidade de dias desde o primeiro dia da última menstruação;
  • Depois disso, divide-se por 7. Assim, sabemos a idade gestacional em semanas;
  • O resto da divisão é o número de dias.

Essa fórmula pode parecer muito abstrata e confusa sem uma aplicação prática. Então, acompanhe o seguinte exemplo:

  • Uma mulher teve sua última menstruação no dia 15/07/22;
  • Em 19/09/22, ela faz um teste de gravidez e descobre uma gestação;
  • Então, são 66 dias, que divididos por 7 dão o resultado 9 semanas e 3 dias.

A cada quatro semanas, dizemos que um mês de gestação foi completo. Portanto, está no terceiro mês da gestação, ainda no primeiro trimestre.

Data da concepção

A idade do embrião não coincide com a idade gestacional. Afinal, a concepção acontece após a ovulação, que geralmente ocorre após aproximadamente 2 semanas da DUM. Então, em mulheres com ciclo menstruação anormal, pode ser mais difícil estimar a data de concepção, visto que a ovulação pode demorar mais (ou menos) do que 13 a 18 dias após a DUM.

Marcos importantes em relação à idade gestacional

  • 5 semanas — o saco gestacional é visível à ultrassonografia;
  • 7 semanas — já podem ser escutados batimentos cardíacos no ultrassom;
  • 16 semanas — o sexo do bebê pode ser identificado na ultrassonografia;
  • 20 semanas — a mãe geralmente começa a notar movimentos do bebê dentro do útero;
  • 37 a 40 semanas — o bebê já está pronto para nascer. A data provável do parto é o primeiro dia da 40ª semana.

Discrepância de idade gestacional: por que ocorre?

Isso ocorre quando a idade gestacional calculada pela DUM é diferente da idade gestacional determinada por um ultrassom. Aqui estão algumas das razões pelas quais essa discrepância pode ocorrer:

  • o primeiro dia do último período menstrual da mulher estava incorreto;
  • o feto pode estar crescendo mais devagar ou mais rápido do que o esperado. Isso pode acontecer se houver algo errado com o feto ou a mulher estiver sofrendo de uma condição que está diminuindo a capacidade de seu corpo de desenvolver o bebê.

Como calcular a idade gestacional se você não sabe a data da última menstruação?

Você também pode descobrir a idade gestacional do seu feto com o ultrassom obstétrico. O médico ultrassonografista examinará o tamanho do seu feto e o comparará com um gráfico padronizado para descobrir a IG estimada.

No entanto, tenha em mente que esse método pode não ser 100% preciso em alguns casos. Por exemplo, um feto menor do que o normal pode ter uma idade gestacional menor do que deveria, enquanto um feto maior do que o normal pode ter uma idade gestacional estimada acima do que deveria.

A idade gestacional é a medida do tempo desde que uma mulher teve sua última menstruação. Em geral, podemos estimar a idade do feto com a subtração de 2 semanas da idade gestacional. Esse dado é muito importante para o planejamento do pré-natal e do parto, por exemplo.

Quer saber mais sobre a rotina de pré-natal de acordo com a idade gestacional? Confira este artigo sobre o tema!

DIP: veja o tratamento

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção, geralmente bacteriana, que acomete os órgãos reprodutores femininos. Ela pode causar cicatrizes intrauterinas, inflamação crônica e outras consequências graves.

É uma condição inflamatória caracterizada por uma resposta imune aumentada, o que resulta em dano tecidual no endométrio, nas tubas uterinas, nos ovários e outros órgãos da pelve. Ela pode ser tratada com antibióticos para combater os microrganismos invasores e medicamentos anti-inflamatórios para trazer a resposta imune de volta ao equilíbrio.

A DIP afetará aproximadamente 20% das mulheres em algum momento de suas vidas. O risco de desenvolver essa condição aumenta se você for sexualmente ativo, tiver vários parceiros ou tiver novos parceiros sexuais com frequência. Felizmente, com diagnóstico precoce e tratamento, as chances de recuperação são altas.

Para isso, você precisa conhecer seus fatores de risco e reconhecer os sintomas da DIP. Assim, você pode tomar medidas para evitar que a doença, além de saber quais ações tomar se você a desenvolver. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

Quais são os sintomas de DIP?

Os sinais e sintomas da DIP podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:

  • Dor durante o sexo ou dor logo abaixo do abdômen que piora com a relação sexual;
  • Inchaço ou sensibilidade no abdome;
  • Aumento incomum no tamanho do abdome;
  • Dor duradoura na parte inferior do abdome;
  • Dor durante a micção;
  • Aumento do corrimento vaginal, que pode ser anormal em relação à cor ou ao odor;
  • Sangramento ou manchas de sangue nas roupas íntimas entre no período entre as menstruações;
  • Sensação de enjoo, febre e calafrios;
  • Sensação de cansaço ou fraqueza incomum.

É importante estar ciente de quaisquer alterações em seu corpo para que você possa procurar atendimento médico.

Como você sabe se você tem DIP?

O diagnóstico da DIP não demanda necessariamente a realização de testes complementares. O médico geralmente diagnosticá-la apenas com base nos seus sintomas, histórico clínico e exame físico.

No consultório, o exame ginecológico pode revelar inflamação ou inchaço no colo do útero, útero, ovários ou nas paredes da pelve. Seu médico também pode examinar a secreção da sua vagina. Se você tiver DIP, a secreção poderá ter uma cor ou odor anormal, além de poder conter sangue.

Como testes complementares podem ser feitos:

  • exames de sangue, que pode mostrar um número aumentado de glóbulos brancos;
  • análise laboratorial da secreção do colo do útero, o qual pode apresentar crescimento de bactérias ou presença de material genético de microrganismos invasores.

Além disso, para guiar o tratamento, uma cultura pode ser realizada para testar a sensibilidade a bactérias aos diferentes antibióticos que podem ser usados no tratamento.

Causas de DIP

A DIP é causada por bactérias que entram no útero e podem chegar até às trompas de Falópio. A bactéria pode vir de um novo parceiro sexual e de um parceiro sexual passado. Em casos mais incomuns, podem ter sido levadas durante a inserção dos dispositivos intrauterinos (DIUs).

Alguns fatores que aumentam o risco de DIP são:

  • Ter um novo parceiro sexual ou múltiplos parceiros sexuais;
  • Ter um novo parceiro sexual que teve muitos parceiros sexuais;
  • Ter um parceiro sexual que não usa preservativos;
  • Ter colocado DIU há mais de seis semanas;
  • Ter um sistema imunológico enfraquecido;
  • Ter uma infecção sexualmente transmissível (IST) não tratada;
  • Ter feito uma operação no abdômen, como uma apendicectomia ou uma histerectomia;
  • Estar grávida.

Tratamentos para DIP

O objetivo principal do tratamento para DIP é erradicar as bactérias invasoras com antibióticos. Além dos antibióticos, seu médico pode recomendar um curso curto de analgésicos e anti-inflamatórios para ajudar a aliviar os sintomas. Dependendo da gravidade de sua condição, seu médico pode recomendar a hospitalização.

 Antibióticos para DIP

A maioria das mulheres com DIP recebe a indicação de antibióticos, que geralmente são tomados por períodos de 10 a 14 dias. É importante seguir as instruções do seu médico, pois tomar os antibióticos errados ou a dosagem incorreta pode piorar sua condição.

Se seus sintomas forem relativamente leves, você pode receber antibióticos orais, como doxiciclina ou eritromicina, que podem ser tomados em casa. Se seus sintomas forem mais graves, você receberá antibióticos administrados por via intravenosa. Nesses casos, a internação pode ser necessária.

DIP e gravidez

Devido às consultas obstétricas e aos exames preventivos feitos durante pré-natal, a maioria das mulheres que têm DIP na gravidez é diagnosticada no primeiro trimestre. No entanto, DIP pode ocorrer a qualquer momento durante a gravidez.

A DIP na gravidez é uma condição bastante preocupante, podendo resultar em:

  • cicatrizes nas tubas uterinas e aumentar o risco de gravidez ectópica, que é quando o feto cresce fora do útero;
  • complicações materno-fetais, como o parto prematuro, a necessidade de uma cesariana de urgência e infecções neonatais.

Se você tem doença inflamatória pélvica (DIP) , é importante seguir as instruções do seu médico para o tratamento e evitar o sexo até que esteja totalmente recuperada. Seus parceiros também devem ser tratados para a doença para evitar o risco de você se infectar novamente. Assim, vocês também evitam as complicações trazidas pela inflamação nos órgãos genitais.

Quer saber mais sobre a doença inflamatória pélvica? Confira nosso artigo institucional sobre o tema!

Gravidez depois dos 40

Se você tem 40 anos ou mais e está pensando em começar uma família, há algumas coisas importantes que você precisa saber sobre as gestações nessa faixa etária. A gravidez depois dos 40 é uma possibilidade viável para muitas mulheres. Pelo contrário, todo o processo é geralmente saudável, mas requer algumas considerações especiais.

Neste post, você vai obter mais informações sobre:

  • O que é diferente em tentar engravidar depois dos 40;
  • Como seu corpo mudou ao longo da vida;
  • Como se preparar para a maternidade nesta fase de sua vida;
  • O que você pode fazer para aumentar suas chances de concepção.

Acompanhe!

O que há de diferente na gravidez depois dos 40?

É importante saber que a expectativa de vida reprodutiva é de cerca de 35 a 37 anos para as mulheres em geral. Por exemplo, se uma teve a primeira menstruação aos 12 anos, é provável que ela consiga engravidar até seus 47 a 49 anos. No entanto, a partir dos 40 anos, as chances de sucesso caem significativamente ao passo que os riscos de complicações aumentam.

Então, quais são as coisas que você deve ter em mente se estiver tentando engravidar depois dos 40? Suas chances de concepção diminuem um pouco à medida que você envelhece. Isso pode ser devido a uma variedade de fatores. Algumas delas incluem ter um número reduzido de óvulos disponíveis para fertilização e um risco ligeiramente maior de aborto espontâneo.

Além disso, seus níveis hormonais mudam e podem afetar sua capacidade de conceber. É importante observar que algumas dessas alterações são normais, mas outras podem ser um sinal de um problema médico. Por isso, é uma boa ideia consultar o seu médico para se certificar de que tudo está no caminho certo.

Seu ciclo menstrual provavelmente será irregular à medida que você envelhece e você pode nota que menstrua com menos frequência. Consequentemente, há menos ovulações ao longo do tempo, reduzindo o número de ciclos em que você está fértil. Isso pode ser resultado da diminuição da produção hormonal, que ocorre à medida que você envelhece.

O revestimento uterino é mais fino em mulheres com mais de 35 anos. Associado a isso, o fluxo sanguíneo para o útero e ovários pode se reduzir à medida que envelhece. Por fim, seus óvulos podem não estar tão saudáveis ​​quanto eram quando você era mais jovem, podendo aumentar a probabilidade de anormalidades cromossômicas. Tudo isso leva à redução da fertilidade e ao aumento de risco de abortamentos de repetição.

Quais os riscos das gestações após os 40 anos?

A gravidez depois dos 40 anos pode levar a complicações tanto para a mãe quanto para o feto, que incluem:

  • Sofrer um aborto espontâneo;
  • Ter um bebê com anomalias cromossômicas. Essas anormalidades podem resultar em um bebê com defeito congênito;
  • Desenvolver pressão alta, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia;
  • Ruptura prematura das membranas uterinas, o que pode resultar em uma cesariana ou em partos prematuros;
  • O bebê sofrer com a morte perinatal devido ao risco de anormalidades placentárias.

Por esse motivo, é muito importante fazer uma consulta preconcepcional para fazer um check-up completo antes de iniciar as tentativas de engravidar. Caso elas sejam bem-sucedidas, fazer um excelente acompanhamento pré-natal é fundamental.

Nesse sentido, é interessante que você saiba que nem toda a gravidez depois dos 40 é de alto risco. Se nenhum risco adicional for identificado, elas são de risco habitual ou intermediário.

Como se preparar para a gravidez depois dos 40?

Se você está pensando em tentar engravidar depois dos 40, há algumas coisas que você pode fazer para aumentar suas chances de fertilidade e de uma gestação saudável:

  • Mantenha-se dentro do seu peso ideal;
  • Adote um estilo de vida saudável;
  • Mantenha seus níveis de estresse baixos. Para isso, pratique técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e atenção plena;
  • Certifique-se de que você e seu parceiro estejam saudáveis ​​e tenham recebido tratamento para infecções sexualmente transmissíveis;
  • Comece a acompanhar seus ciclos para ter uma ideia melhor de quando está ovulando;
  • Fale com o seu médico sobre quaisquer possíveis problemas de saúde com os quais possa estar lidando;
  • Mantenha-se sexualmente ativo à medida que envelhece, pois as chances de engravidar dependem do número de relações sexuais no período fértil. Você pode usar lubrificante para ajudar a reduzir qualquer desconforto que possa surgir com o envelhecimento.

Se você tem 40 anos ou mais e deseja começar uma família, é importante ter em mente que suas chances de concepção serão menores a cada ano. Por isso, você pode levar mais tempo para conseguir conceber e estar em maior risco de complicações.

Existem algumas atitudes que você pode tomar para aumentar suas chances de engravidar, incluindo manter um peso, dieta e estilo de vida saudáveis, praticar técnicas de relaxamento e permanecer sexualmente ativo.

Caso a gestação natural não tenha sido possível com essas medidas, podemos indicar intervenções médicas para potencializar o prognóstico de uma gravidez depois dos 40 anos.

Quer saber mais sobre as gestações de alto risco? Confira nosso artigo sobre o tema!

Como amamentar corretamente?

Você sabe como amamentar corretamente? Sabemos que a amamentação pode ser um desafio para as mães e é muito importante não sentir culpa se estiver passando por dificuldades.

Afinal, é uma experiência totalmente nova para você e seu bebê. Mesmo que você não seja uma lactante de primeira viagem, cada criança tem comportamentos e necessidades específicas. Então, você pode ter de aprender novas técnicas e estratégias para um aleitamento mais efetivo e tranquilo.

Felizmente, existem muitas maneiras de aumentar suas chances de sucesso. Neste artigo, ajudaremos você a entender por que o posicionamento e a pega são tão importantes para uma amamentação bem-sucedida. Também compartilharemos várias dicas para ajudá-la a iniciar o processo e a lidar com as principais dificuldades. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

Quais os benefícios da amamentação?

A amamentação traz muitos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Alguns desses benefícios são imediatos. Outros são de longo prazo. Veja alguns deles:

  • A amamentação mantém o sistema imunológico do bebê saudável. Isso significa que ela protege seu bebê contra infecções. Isso ocorre porque o leite materno contém muitos anticorpos importantes, que protegem seu bebê contra coisas como diarreia, infecções de ouvido e do trato respiratório;
  • Ela é ótima para o sistema digestivo do seu bebê. Isso ajuda a regular o intestino, tornando menos provável que ele fique constipado ou tenha diarreias de repetição;
  • A amamentação é excelente para o cérebro do seu bebê. Pesquisas mostram que a amamentação pode proteger contra distúrbios do neurodesenvolvimento;
  • O aleitamento materno exclusivo também é ótimo para o peso do seu bebê. Enquanto você estiver amamentando sob demanda (sem horários fixos, ele mama quando o corpo dele demandar), seu bebê só tomará quantidade de leite que precisar. Com isso, é menos provável que ele engorde demais nessa fase e durante toda a vida;
  • Nos primeiros meses, a amamentação também tem um efeito contraceptivo natural para a mãe.

Como amamentar corretamente? Por que isso é importante?

O posicionamento é a maneira como você segura e coloca seu bebê durante a amamentação sendo fundamental para o sucesso. Isso é importante por vários motivos:

  • Ajuda você a relaxar seus músculos e a ficar numa posição confortável, o que é essencial para uma mamada bem-sucedida. Você pode descansar a cabeça e relaxar enquanto seu bebê se alimenta, o que tornará o processo mais agradável para você. O mau posicionamento, por outro lado, pode levar a desconforto e problemas;
  • Também permite que a boca do seu bebê se encaixe adequadamente no seu peito e ele consiga sugar um bom volume, o que aumenta a liberação e a produção de leite;
  • Finalmente, ajuda seu bebê a pegar corretamente, para que ele não cause dor ou lesões nas suas mamas.

Uma pegada incorreta pode levar a dor, danos nos mamilos e possíveis problemas de amamentação no futuro. Se você aprender um bom posicionamento desde o início, é mais provável que você acerte, o que tornará todo o processo mais fácil.

Pega e bom posicionamento

A amamentação é um processo de duas etapas. Durante a primeira parte, a pega, seu bebê se apega ao seu peito para tirar o leite. Durante a segunda parte, o leite é liberado, é a chamada “descida do leite”. Veja algumas dicas:

  • Fique confortável! Quando possível, escolha um lugar onde você possa relaxar e ter alguma privacidade. Também evite lugares como um sofá onde seu bebê pode cair ou ser pressionado;
  • Certifique-se de que tem bastante espaço para se movimentar para poder experimentar diferentes posições;
  • Seu bebê deve ser apoiado em seu braço, de frente para o peito. Você deve sentir que a posição está segura e não há risco de queda;
  • Ao amamentar, você deve segurar seu bebê em uma posição inclinada, “diagonal”;
  • A cabeça deve ficar ligeiramente mais baixa que o peito. Isso tornará mais fácil para o seu bebê pegar corretamente;
  • Preste atenção em como ele está se alimentando. Fique relaxada. Pode levar algum tempo para se acostumar com a amamentação.

Como saber se a pega está adequada?

Para certificar-se de que seu bebê está mamando corretamente, procure os seguintes sinais:

  • A boca dele deve estar bem aberta e seus lábios devem para fora, isto é, você pode visualizar tanto a parte inferior quanto a superior;
  • Ambos os lábios devem tocar seu seio e o lábio inferior deve estar na aréola.

Se você sentir dor, seu bebê pode não estar pegando corretamente. Isso pode levar a danos nos mamilos, à redução da produção de leite e tornar a amamentação mais desafiadora no futuro.

Agora que você já sabe como amamentar corretamente, lembre-se que a amamentação é uma forma natural e saudável de alimentar o seu bebê. Ela não envolve apenas dar o peito, mas também posicionar seu bebê corretamente e garantir que ele esteja pegando a auréola corretamente.

Se você estiver com dificuldades para se posicionar e garantir a pega, há muitas maneiras de corrigir o problema. Não deixe de praticar e procurar ajuda se ainda estiver tendo problemas após algumas tentativas.

Pode levar algum tempo para se acostumar com o ato de amamentar, mas, com a prática, é uma habilidade que você pode dominar e ter muita satisfação ao realizá-la.

Quer saber mais sobre os benefícios da amamentação? Não deixe de ler nosso post sobre o tema!