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Líquido amniótico: veja a importância na gestação

Desde o momento da concepção até o nascimento, o corpo passa por um processo complexo de adaptações. Tudo começa com a concepção e a implantação do embrião no útero. Então, no primeiro trimestre, os principais órgãos e sistemas fetais começam a se formar, incluindo o coração, o cérebro, os olhos, os membros e os órgãos internos. Com isso, os primeiros batimentos cardíacos podem ser detectados por ultrassonografia.

A partir do segundo trimestre, o bebê começa a se movimentar cada vez mais, e a mãe pode começar a sentir os primeiros movimentos fetais, conhecidos como “chutes”. Além disso, os genitais do bebê estão em desenvolvimento e podem ser identificados por ultrassonografia. Essa é a fase em que o bebê cresce mais rapidamente enquanto os órgãos continuam a se desenvolver.

No terceiro semestre, o bebê ganha peso, e o útero começa a se preparar para o parto. Os pulmões fetais também terminam o seu amadurecimento, preparando o bebê para a vida fora do útero. Essas transformações que ocorrem a cada semestre são também acompanhadas por mudanças nas características do líquido amniótico, as quais devem ser monitoradas para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é o líquido amniótico?

O líquido amniótico é um fluido claro e levemente amarelado que preenche o saco amniótico durante a gravidez. Ele é composto por água, proteínas, carboidratos, lipídios, eletrólitos, células descamadas da pele fetal, entre outros componentes. A concentração dessas substâncias no líquido amniótico muda ao longo da gravidez.

O líquido desempenha várias funções essenciais durante a gravidez, incluindo:

  • proteger o feto contra choques e traumas;
  • manter a temperatura intrauterina estável;
  • permitir que o feto se mova livremente, facilitando o desenvolvimento muscular e ósseo;
  • ajudar no desenvolvimento dos pulmões, sistema digestivo e sistema geniturinário do feto.

Como o líquido amniótico é formado?

O líquido amniótico serve um importante parâmetro para acompanhar a evolução da gestação. Alterações no seu volume total e na sua coloração podem ser indicativos de problemas de saúde fetal. Veja como ele se forma em cada etapa da gestação.

1º trimestre

Ao final da segunda semana de gestação, a produção do líquido amniótico inicia-se a partir do âmnio, uma membrana que envolve o embrião. Com isso, é possível a visualização de um saco gestacional na ultrassonografia.

À medida que o bebê se desenvolve, essa bolsa se enche com um líquido transparente, que inicialmente é composto principalmente por água, eletrólitos, proteínas e outras moléculas.

2º trimestre

A partir da 14ª semana, o líquido amniótico começa a conter urina fetal, o que altera sua composição. Além disso, bebê ingere o líquido amniótico e o excreta, o que contribui para o amadurecimento dos seus sistemas orgânicos. Portanto, o líquido amniótico é constantemente reabsorvido e excretado pelo bebê.

3º Trimestre

O volume de líquido amniótico atinge seu pico entre 24 e 32 semanas. A quantidade de urina fetal no líquido amniótico aumenta, assim como de outros componentes, como células descamadas da pele do bebê.

Quais são as principais alterações no líquido amniótico?

Oligodrâmnio

É caracterizado como um volume anormalmente reduzido de líquido amniótico. Não existe um valor de referência mínimo fixo. Portanto, o oligodrâmnio deve ser avaliado de acordo com as características fetais e a idade gestacional. As principais causas de oligodrâmnio podem ser classificadas da seguinte forma:

  • Fatores de insuficiência uteroplacentária, como doenças hipertensivas da gestação, trombofilia e tabagismo;
  • Fatores medicamentosos, como uso de anti-inflamatórios e determinadas medicações anti-hipertensivas;
  • Fatores fetais, como malformações do aparelho urinário, anomalias cromossômicas, restrição do crescimento e morte fetal;
  • Idiopática, isto é, casos em que não é possível associar uma causa.

O oligodrâmnio pode aumentar o risco de algumas complicações para a mãe e para o bebê, como:

  • Parto prematuro: a redução do líquido amniótico pode levar ao parto prematuro, que pode ser perigoso para o bebê;
  • Compressão fetal: A quantidade baixa de líquido amniótico pode comprimir o bebê, o que pode levar a problemas de desenvolvimento. Por exemplo, o oligodrâmnio aumenta o risco de deformações anatômicas fetais, principalmente no sistema ósseo;
  • Óbito fetal: em casos graves, o oligodrâmnio pode levar à morte fetal.

Polidrâmnio

O polidrâmnio é caracterizado como um volume excessivo de líquido amniótico, o qual pode acometer até 1,6% das gestantes. Apesar de o volume de líquido amniótico variar ao longo das gestações, o polidrâmnio geralmente é considerado quando ele ultrapassa 2000 mililitros. As causas do polidrâmnio podem ser variadas e ainda não são totalmente compreendidas. Cerca de 40% a 60% dos casos são idiopáticos, isto é, não é possível associá-los a nenhum outro fator.

Contudo, algumas das causas mais comuns incluem:

  • Malformações fetais: cerca de 20% dos casos de polidrâmnio estão associados a malformações fetais que afetam o sistema gastrointestinal, o sistema circulatório, o sistema nervoso central ou o sistema urinário;
  • Diabetes gestacional, uma condição caracterizada por altos níveis de glicose no sangue durante a gravidez;
  • Infecções, como sífilis, toxoplasmose e rubéola;
  • Anomalias cromossômicas, como a trissomia do 18 e a do 21;
  • Gestação múltipla: a gravidez de gêmeos aumenta o risco de polidrâmnio.

Acompanhar o polidrâmnio é fundamental para a saúde da gestante, visto que o excesso de líquido amniótico está associado com maiores riscos para a mãe e para o bebê. Afinal, o quadro pode distender o útero e sobrecarregá-lo, predispondo a gestação a:

  • parto prematuro;
  • ruptura prematura de membranas;
  • posicionamento fetal inadequado;
  • atonia uterina pós-parto;
  • necessidade cesariana;
  • Apgar inferior a 7 no primeiro e no quinto minuto de vida.

Portanto, o líquido amniótico é fundamental para a evolução normal das gestações. Seu volume é monitorado por ultrassonografias periódicas realizadas durante o pré-natal. Caso alguma alteração seja identificada, seu médico pode acompanhá-la e tratá-la de forma individualizada.

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Ocitocina deve ser utilizada em todo parto normal?

O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é um processo natural pelo qual um bebê nasce através do canal vaginal. Durante o parto normal, as contrações uterinas ajudam a dilatar o colo do útero, permitindo que o bebê passe pela pelve da mãe até chegar ao mundo.

O parto normal é considerado um processo fisiológico e geralmente é preferido quando não há complicações médicas. Ele oferece benefícios para a mãe e o bebê, como uma recuperação geralmente mais rápida para a mãe e uma menor incidência de algumas complicações para o bebê.

A indução do parto com ocitocina pode ser feita em situações em que um parto normal é seguro, mas deve ser antecipado, ou quando o trabalho de parto não evolui bem. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é ocitocina?

A ocitocina é um hormônio e neurotransmissor produzido pelo hipotálamo, uma parte do cérebro, sendo armazenado na hipófise. É um hormônio importante para a reprodução, desde as relações sexuais até o parto e o aleitamento materno. Assim, ela desempenha um papel crucial em várias funções fisiológicas no corpo humano, como:

  • Estímulo ao parto: durante o trabalho de parto, a ocitocina é liberada para estimular as contrações uterinas e facilitar a dilatação do colo do útero;
  • Liberação do Leite: a ocitocina também desempenha um papel na ejeção do leite durante a amamentação;
  • Comportamento sexual: a ocitocina também está envolvida no funcionamento sexual, estimulando as contrações uterinas durante o orgasmo feminino.

Além das funções mencionadas, a administração exógena de ocitocina é muito utilizada para a indução do parto em situações em que essa intervenção é necessária.

Parto normal e ocitocina

O parto normal é o processo pelo qual um bebê é expulso do útero da mãe para o exterior. É um processo natural e fisiológico que, na maioria dos casos, é seguro e saudável tanto para a mãe quanto para o bebê. Ele pode ser dividido em três fases:

  • Fase latente: as contrações uterinas começam a se tornar mais frequentes e intensas, mas ainda não são regulares. O colo do útero começa a dilatar ligeiramente, não ultrapassando o tamanho de aproximadamente duas polpas digitais (ponta dos dedos). Essa fase pode durar de algumas horas a vários dias;
  • Fase ativa: As contrações uterinas se tornam mais regulares e intensas, enquanto o colo do útero se dilata rapidamente. O bebê também começa a se projetar em direção ao canal do parto. Essa etapa pode durar algumas horas;
  • Fase de expulsão: o bebê é expulso do útero através do canal do parto. A dilatação do colo atinge cerca de 10 centímetros no início da fase expulsiva. As contrações uterinas são muito mais fortes e a mulher precisa fazer força para ajudar o bebê a nascer. Essa fase pode durar de alguns minutos a algumas horas;
  • Fase de dequitação e primeira hora pós-parto: após o nascimento do bebê, contrações uterinas mais leves permanecem para facilitar a eliminação da placenta e prevenir hemorragias.

A ocitocina endógena (produzida naturalmente pelo corpo da mulher) é um dos principais hormônios responsáveis por regular a progressão do trabalho de parto normal. Ela atua desde a fase latente até a fase de dequitação. A ocitocina atua no útero de duas maneiras:

  • Estimula a contração das células musculares uterinas: a ocitocina se liga aos receptores nas células musculares uterinas, causando sua contração;
  • Aumenta a sensibilidade das células musculares uterinas à prostaglandina: a ocitocina aumenta a sensibilidade das células musculares uterinas às prostaglandinas, outro hormônio que torna as contrações mais fortes e eficazes.

A liberação de ocitocina é controlada por um mecanismo de feedback positivo. Isso significa que, à medida que as contrações uterinas ficam mais fortes, elas estimulam a liberação de mais ocitocina, o que leva a contrações ainda mais fortes. Esse mecanismo ajuda a manter um ritmo regular de contrações que é necessário para expulsar o bebê do útero. No entanto, isso também está relacionado a um efeito colateral que pode ocorrer com a administração da ocitocina para indução do parto.

A ocitocina deve ser utilizada em todo parto normal?

Não! A administração de ocitocina, como qualquer intervenção médica, apresenta seus riscos e seus benefícios. Portanto, não deve ser utilizada de forma generalizada. Deve-se reservar o uso da ocitocina para situações em que os estudos científicos mostram que os benefícios superam os riscos para a mãe e para o bebê.

As principais indicações são:

  • Parto prolongado;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Gravidez pós-termo;
  • Ruptura pré-parto de membrana;
  • Corioamnionite;
  • Restrição do crescimento fetal;
  • Oligoidrâmnio;
  • Gravidez gemelar (de gêmeos);
  • Doenças hipertensivas;
  • Diabetes;
  • Doenças hipertensivas;
  • Aloimunização com anemia fetal.

A depender de cada caso, é importante distinguir duas principais situações em que a ocitocina é utilizada:

  • Indução eletiva do parto devido a alguma doença materna ou fetal que justifique a antecipação do parto ou que possa se complicar caso o parto normal se prolongue;
  • Indução devido à evolução anormal de alguma fase do trabalho de parto.

Além disso, a ocitocina pode ser administrada na fase final do parto para a prevenção de hemorragias em mulheres de alto risco de sangramento.

Efeitos colaterais e contraindicações

A indução do parto com ocitocina é um procedimento relativamente seguro, mas pode causar algumas complicações. A mais preocupante é a atividade uterina excessiva. Em outras palavras, as contrações uterinas se tornam muito fortes ou frequentes. Isso pode causar desconforto e dor para a mulher, além de poder levar a complicações mais graves (o que é raro), como ruptura uterina ou sofrimento fetal.

Por esse motivo, as contraindicações geralmente estão relacionadas a um maior risco desses eventos, como:

  • História de cesarianas prévias (principalmente de alto risco);
  • História de ruptura uterina;
  • História de cirurgias com incisão na parede uterina;
  • Placenta prévia;
  • Prolapso do cordão umbilical;
  • Posição fetal transversa;
  • Cardiotocografia com padrão desfavorável.

Além dessas, diversas contraindicações ao parto normal espontâneo também são contraindicações ao parto induzido, como a herpes genital ativa.

Portanto, para reduzir a ansiedade no momento do parto e ter mais autonomia, é importante discutir as opções de parto com o obstetra durante o pré-natal. Isso ajudará a tomar decisões compartilhadas sobre o método de parto mais adequado para cada situação, como a indução do parto normal com a ocitocina.

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Diagnóstico de pólipo endometrial: veja como é feito

O útero é um órgão constituído de três camadas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio. O endométrio é a mais interna delas, revestindo a cavidade uterina. É um tecido glandular, rico em vasos sanguíneos. Ele é responsável por nutrir o embrião no início de uma gravidez, além de outras funções fundamentais para uma gestação saudável.

No ciclo menstrual, o endométrio passa por alterações em resposta aos hormônios sexuais femininos. Durante a fase folicular, o endométrio é estimulado pelo estrogênio a crescer e se espessar. Na fase lútea, o endométrio é estimulado a amadurecer pela progesterona a fim de se preparar para a implantação do embrião.

Se a gravidez não ocorre, o endométrio descama e é eliminado na menstruação. O endométrio é importante para a fertilidade feminina. Um endométrio saudável é necessário para a implantação e o desenvolvimento do embrião.

O endométrio é a camada de revestimento da cavidade uterina. O útero é um órgão com três camadas. Os pólipos endometriais são lesões, geralmente benignas, que surgem quando as células de alguma região do endométrio começam a se proliferar excessivamente. Quer saber mais sobre o diagnóstico dessa condição? Acompanhe até o final!

O que é pólipo endometrial e sintomas?

Os pólipos endometriais são crescimentos anormais de tecido endometrial que se projetam para dentro da cavidade uterina. Eles podem ser únicos ou múltiplos, e podem variar de tamanho, desde alguns milímetros até alguns centímetros.

A causa exata dos pólipos endometriais é desconhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores hormonais e genéticos. Os pólipos são mais comuns em mulheres na idade reprodutiva, mas também podem ocorrer em mulheres na pós-menopausa.

Os principais sintomas dos pólipos endometriais estão relacionados à menstruação e ao sangramento uterino anormal, como:

  • Sangramento que provoca aumento do fluxo menstrual;
  • Sangramento que ocorre entre os períodos menstruais;
  • Sangramento que ocorre após as relações sexuais;
  • Sangramento após a menopausa;
  • Dismenorreia (cólicas antes e durante o período menstrual).

Além disso, os pólipos uterinos podem estar relacionados à dificuldade para engravidar e abortamentos espontâneos.

Como é feito o diagnóstico dos pólipos endometriais?

Como foi explicado acima, os pólipos endometriais são geralmente assintomáticos. Nessa situação, o caminho até o diagnóstico ocorre da seguinte forma:

  1. A paciente busca a ginecologia para fazer o acompanhamento de rotina ou para investigar alguma queixa não relacionada ao pólipo uterino;
  2. O médico pede uma ultrassonografia transvaginal e os resultados mostram que ela tem pólipo uterino;
  3. Para investigar melhor o pólipo, ele possivelmente requisitará uma vídeo-histeroscopia, o exame padrão-ouro para o diagnóstico dos pólipos.

Nesse caso, dizemos que o pólipo foi diagnosticado de forma acidental. Em outras palavras, eles são encontrados quando a intenção da investigação inicial não era diagnosticar os pólipos, mas outras condições ginecológicas.

No entanto, nem sempre é isso que ocorre. Por exemplo, há pacientes que apresentam algum sintoma relacionado aos pólipos endometriais, como sangramento uterino anormal, sangramento pós-menopausa ou infertilidade. Assim, o processo diagnóstico geralmente ocorre da seguinte forma:

  1. O médico investiga as queixas das pacientes, questionando sobre as características dos sintomas, o início do quadro, doenças ginecológicas prévias, histórico familiar, entre outras perguntas importantes. Além disso, realiza um exame físico com inspeção, palpação e ausculta da região pélvica;
  2. Então, ele solicita uma ultrassonografia transvaginal, que é um dos melhores testes para a investigação inicial de condições do útero e da cavidade uterina;
  3. Caso os pólipos endometriais sejam identificados, ele pode requisitar uma vídeo-histeroscopia.

Exames para diagnosticar os pólipos uterinos

Ultrassonografia — A ultrassonografia usa ondas sonoras para criar imagens do interior do útero. Ela é o exame de imagem mais utilizado na ginecologia, sendo capaz de identificar a maior parte dos casos de doenças uterinas frequentes, como o pólipo endometrial, o mioma uterino e a adenomiose. Como visto, caso o exame aponte a suspeita da presença de pólipo uterino, pode ser necessária a confirmação diagnóstica pela histeroscopia.

Histeroscopia — Esse exame permite o diagnóstico definitivo dessas lesões, além de permitir diferenciá-la de tumores malignos na cavidade uterina. Durante a histeroscopia, o médico insere um tubo fino com uma câmera no canal vaginal e, pelo colo uterino, ele acessa o útero. Isso permite ao médico visualizar o interior do útero para avaliar a quantidade e o volume das lesões para o planejamento do tratamento.

Além disso, ele pode coletar fragmentos das lesões para a biópsia e, em alguns casos, remover a lesão completamente. Apesar de a grande maioria dos pólipos endometriais serem benignos, cerca de 1% a 3% deles podem ser malignos. O risco é maior em mulher no pós-menopausa. A biópsia permite a identificação de um eventual câncer.

O tratamento de pólipos endometriais depende do tamanho e dos sintomas das lesões. Pólipos pequenos e assintomáticos geralmente não precisam de tratamento, pois tendem a involuir espontaneamente. Eles devem, contudo, ser observados com ultrassonografias transvaginais periódicas para avaliar o crescimento. Já pólipos maiores ou pólipos que causam sintomas podem ser removidos cirurgicamente.

Isso é comum, por exemplo, nos casos de infertilidade feminina em que sabemos que a remoção dos pólipos aumenta as chances de engravidar naturalmente ou por reprodução assistida. A remoção cirúrgica (polipectomia) pode ser feita por meio de histeroscopia cirúrgica, laparoscopia ou cirurgia aberta.

Quer saber mais sobre os pólipos endometriais e seu tratamento? Toque aqui!

Sintomas de candidíase mamária

A amamentação, embora seja um momento especial de vínculo entre mãe e filho, pode apresentar desafios. Por exemplo, o ingurgitamento mamário é uma complicação comum, caracterizada pela obstrução dos ductos mamários, levando a seios doloridos e tensionados.

Fissuras nos mamilos também são uma preocupação frequente, podendo causar desconforto à mãe durante a amamentação. Além disso, existe a candidíase mamária, uma infecção fúngica, é menos comum, mas pode ocorrer, manifestando-se por meio de dor intensa, vermelhidão e coceira nos seios.

Esses problemas podem comprometer a experiência da amamentação, tornando essencial o suporte médico adequado, como a orientação de profissionais de saúde e o tratamento específico para cada condição, a fim de garantir o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Por esse motivo, vamos falar mais sobre o tratamento da candidíase mamária neste post. Ficou interessada? Acompanhe!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, o qual está naturalmente presente em algumas regiões do corpo da mulher. Contudo, quando ele se multiplica excessivamente na região das mamas, o sistema imunológico é ativado e provoca um processo inflamatório no local. Isso pode provocar sintomas bastante incômodos para a lactante, prejudicando a amamentação.

Quais os sintomas da candidíase mamária?

Os principais sintomas da candidíase mamária estão relacionados à reação inflamatória causada pela infecção fúngica no local. Portanto, são inespecíficos, não havendo nenhum sinal exclusivo da candidíase mamária.

A dor durante a amamentação é um dos sintomas mais frequentes da candidíase fúngica e geralmente é o que mais preocupa as pacientes. A amamentação pode se tornar dolorosa devido ao aumento da sensibilidade provocado pelo processo inflamatório.

A candidíase mamária também pode fragilizar a pele dos seios, provocando descamação e fissuras (rachaduras). Isso contribui para que a dor durante a amamentação se torne mais intensa.

No entanto, é importante ressaltar que a maior parte dos casos de dor e de fissuras durante a amamentação não são causados pela candidíase mamária, mas por condições mais comuns como o ingurgitamento das mamas e os problemas na pega.

A dor nos mamilos fora dos períodos de amamentação também pode ocorrer. Ela pode ser de leve, assemelhando-se a um desconforto na região, a intensa e persistente. As mamas também podem se tornar muito sensíveis ao toque.

Outros sinais importantes de inflamação são a vermelhidão e o inchaço nos mamilos e na área ao redor. Algumas mulheres relatam uma sensação de queimação na área afetada. Em alguns casos, a pele pode se tornar mais esbranquiçada ou perolada devido à descamação da pele.

Outro sintoma comumente relatado pelas pacientes é a coceira na região afetada, que pode ser desde leve e ocasional até incômoda e persistente. Por fim, em casos mais raros, pode haver alterações na descarga mamilar.

Também é importante estar atenta a um sinal de candidíase mamária que não se manifesta na mãe, mas no bebê. A Candida albicans também é um dos agentes causadores do “sapinho” na criança, fazendo com que surjam feridas e assaduras nos lábios, na boca e na língua do bebê.

A candidíase oral é uma condição que pode ser muito dolorosa, o que faz com ele não consiga se alimentar adequadamente ou fique muito choroso durante a amamentação. O tratamento de ambos é fundamental para que o aleitamento materno não seja prejudicado, o que traz consequências negativas para o bebê.

Como a candidíase mamária pode afetar a amamentação e como lidar com isso?

A candidíase mamária pode afetar a amamentação devido ao desconforto e à dor que provoca. Como a região fica ferida e mais sensível, algumas pacientes podem enfrentar uma dor difícil de tolerar. Nessa situação, a amamentação deve ser suspensa para evitar uma resistência emocional ao ato de amamentar.

Caso a dor seja tolerável ou a paciente deseje continuar amamentando, geralmente não é necessário suspender a amamentação durante o tratamento da candidíase mamária. Afinal, são indicadas medicações tópicas seguras para o bebê. Então, também não é preciso retirar ou lavar as mamas antes de amamentá-lo.

Nesse sentido, siga sempre as orientações do seu médico sobre as medidas necessárias. Caso tenha dúvida, pergunte para ele o que deve ser feito.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento da candidíase mamária?

O diagnóstico da candidíase mamária é principalmente clínico, baseado nos sintomas apresentados e nas alterações percebidas no exame físico feito pelo médico. Em alguns casos, pode ainda ser coletada uma biópsia ou um raspado para cultura microbiológica para afastar outras causas.

Geralmente a combinação de medidas antifúngicas e cuidados locais para aliviar os sintomas. Nesse sentido, o tratamento da candidíase mamária pode envolver:

  • Uso de medicações antifúngicas tópicas ou orais para controlar a infecção;
  • Uso de analgésicos seguros para lactantes com a finalidade de aliviar a dor;
  • Cuidados locais para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação das mamas;
  • Medidas para reduzir o impacto da condição na amamentação.

Em geral, não é necessário suspender a amamentação, a não ser que a paciente esteja sentindo muita dor ao amamentar. Nesse caso, recomenda-se a ordenha do leite e, em último caso, o uso temporário de fórmulas.

Apesar de ser uma condição dolorosa, a candidíase mamária é facilmente tratável. A amamentação durante o tratamento da candidíase mamária é de suma importância, pois o leite materno oferece inúmeros benefícios à saúde do bebê, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e fornecendo nutrientes essenciais.

Portanto, embora a candidíase mamária possa causar desconforto à mãe durante a amamentação devido à infecção fúngica nos seios, é crucial continuar amamentando com o devido suporte médico.

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