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Circular de cordão: o que é e quais são os riscos?

A circular de cordão, também chamada de cordão nucal, é uma condição na qual o cordão umbilical fica enrolado ao redor do pescoço do bebê. Isso pode acontecer durante a gravidez ou parto. É uma condição relativamente comum, sendo identificada em cerca de 1 em cada 3 gestações.

Embora a circular de cordão geralmente não seja prejudicial, pode ocasionalmente levar a complicações. Na maioria das vezes, ela é inofensiva e não causará nenhum problema para o bebê. Em alguns casos, no entanto, o cordão pode ficar firmemente enrolado no pescoço do bebê, o que pode cortar o suprimento de oxigênio do bebê e levar a complicações.

Por isso, seu médico provavelmente a acompanhará de perto para certificar-se de que seu bebê esteja saudável e não haja intercorrências durante o parto.

Saiba mais sobre o assunto para entender bem essa situação!

O que é a circular de cordão?

Tipos de circular de cordão umbilical incluem:

  • cordão corporal — quando o cordão umbilical envolve qualquer parte do corpo fetal;
  • cordão nucal — quando o cordão umbilical é enrolado no pescoço do feto, completando 360 graus.

O cordão umbilical pode envolver o corpo do bebê em até 38% das gestações. Um cordão nucal – circular de cordão no pescoço – é relatado no parto em 5-37% das gestações. Além disso, circulares de cordão com mais de duas voltas ao redor do pescoço fetal ocorrem em 4% das gestações. Os principais fatores de risco para essa condição são:

  • Redução do volume de líquido amniótico (oligodrâmnio);
  • Atividade fetal aumentada (quando o feto se movimenta mais durante a gestação);
  • Idade gestacional avançada (as chances de diagnóstico da circular de cordão aumentam conforme a gestação avança).

A circular de cordão tende a se resolver espontaneamente à medida que a gravidez progride ou durante o trabalho de parto. No entanto, em alguns casos, pode persistir.

Diagnóstico da circular de cordão

A menos que haja alguma evidência de problemas fetais, não é recomendado realizar rotineiramente exames com a finalidade exclusiva de diagnóstico pré-natal de uma circular de cordão. No entanto, essa alteração pode acabar sendo diagnosticada acidentalmente no ultrassom do terceiro semestre, representando, na maior parte dos casos, um achado benigno. Então, você não precisará se preocupar.

O diagnóstico da condição pode ser necessário quando há sinais de estresse fetal, principalmente diante de evidências de alterações no ritmo cardíaco do bebê. Nessa situação, seu médico possivelmente vai indicar uma ultrassonografia com doppler colorido ou ultrassom tridimensional para visualizar a seção sagital e transversal do pescoço fetal.

Conduta

Em relação à circular de cordão no corpo do bebê, não há grande preocupações. Se for um cordão nucal, entretanto, a preocupação é maior, pois o cordão umbilical pode comprimir as artérias que levam oxigênio ao cérebro do bebê. No entanto, a compressão acontece apenas em raríssimos casos. Além disso, há evidências substanciais indicando que os cordões nucais não estão ligados a um aumento notável na taxa de quaisquer eventos adversos fetais clinicamente relevantes.

Antes do parto

Em casos raros, se houver uma restrição do crescimento fetal de forma significativa e persistente associada à circular de cordão, podemos considerar a realização de uma cesariana. Por outro lado, o aperto da circular de cordão pode ocorrer devido à descida ou rotação da cabeça fetal. Isso pode levar a reduções na frequência cardíaca fetal (bradicardia fetal). No entanto, elas normalmente são bordadas de maneira semelhante a outros casos de bradicardia fetal.

Durante o parto

Algumas manobras podem ser feitas durante o parto para prevenir complicações devido à circular de cordão:

  • Circulares mais frouxas geralmente podem ser deslocadas sobre a cabeça do feto após a sua cabeça ter saído pelo canal de parto;
  • Nos casos em que o cordão está muito apertado para ser desenrolado na cabeça, pode ser possível movê-lo para os ombros do bebê para diminuir o risco de que ele pressione as artérias do pescoço, que levam o sangue para a cabeça do bebê.

Para realizar a manobra de cambalhota, se a corda estiver muito apertada para deslizar sobre os ombros, flexione a cabeça enquanto os ombros anteriores e posteriores são liberados lentamente enquanto mantém a cabeça do recém-nascido próxima ao períneo. O corpo deve então “dar uma cambalhota” para fora. Assim que o corpo estiver fora, desembrulhe o cordão umbilical e gerencie o bebê como de costume.

Caso essas medidas não funcionem, podemos ainda tentar a manobra da cambalhota, em que o médico:

  1. Libera lentamente a frente e a parte de trás dos ombros do bebê enquanto controla o cordão para evitar que ele cause uma compressão no pescoço do feto;
  2. Dobra a cabeça do bebê enquanto os ombros saem, de modo que o rosto do bebê fique voltado para as coxas da mãe;
  3. Mantém a cabeça do bebê perto do períneo enquanto o corpo é retirado “de cambalhotas”.

Por fim, se não houver nenhuma complicação, desenrolamos totalmente o cordão umbilical e mantemos as condutas habituais de um parto.

São raríssimos os casos em que precisamos adotar alguma conduta mais invasiva por cada da circular de cordão exclusivamente. A manobra da cambalhota é muito eficaz. Se ela falhar, contudo, podemos clampear e cortar o cordão para evitar a compressão.

Complicações gestacionais e parto humanizado

O parto humanizado é uma abordagem da obstetrícia que se concentra em proporcionar uma experiência mais positiva, pessoal e natural para a mãe. Essa abordagem normalmente inclui:

  • O protagonismo da gestante na tomada de decisões;
  • A individualização biopsicossocial do acompanhamento médico do pré-natal ao pós-parto;
  • Uso das melhores técnicas baseadas em evidências científicas, buscando evitar complicações de curto a longo prazo para a mãe e o bebê.

Por isso, são utilizadas menos invasivas e mais alinhadas com o processo natural do trabalho de parto em situações como a circular de cordão. Afinal, os estudos mostram que é uma condição que geralmente se resolve espontaneamente ou com manobras simples. Portanto, as abordagens invasivas não devem ser utilizadas indiscriminadamente.

Quer saber mais sobre outras complicações do parto, além da circular de cordão? Confira nosso artigo sobre o tema!

Parto normal: quando mudar para parto cesariana?

A conversão para uma cesariana durante o trabalho de parto normal é uma medida rara e adotada apenas em casos de exceção. Em geral, os estudos mostram que, para a mãe e o bebê, pode ser melhor realizar algumas intervenções no parto vaginal antes de indicar um parto cirúrgico.

Contudo, em algumas situações, a cesariana é inevitável e representa a melhor ação para reduzir o risco de complicações maternofetais. A seguir, vamos explicar detalhadamente como é o trabalho de parto normal e o que pode impossibilitar sua conclusão. Acompanhe!

Quando mudar o parto normal para uma cesariana?

Quando a cesariana é indicada durante o trabalho de parto normal, ela é chamada de cesárea intraparto. Sua principal causa é a distocia, que se refere a dificuldades substanciais na progressão do trabalho de parto.

Apesar de poder acontecer com qualquer gestante, ela é mais comum em mulheres primíparas (as mães de primeira viagem). Outros fatores de risco para a distocia são:

  • Parto induzido;
  • Analgesia epidural;
  • Peso fetal maior do que 4 quilos;
  • Idade materna maior do que 35 anos.

Existem dois indicadores principais de que o trabalho de parto não está evoluindo, como esperado:

  • A dilatação do colo do útero não progride ou não está adequada para aquela fase do parto;
  • Em alguns casos, a dilatação está adequada, mas não há evolução na descida do feto através do canal de parto.

Esses problemas são avaliados em cada fase do parto, como veremos a seguir.

Diante da distocia, o obstetra avaliará criteriosamente os sinais vitais do bebê e da mãe, assim como a dinâmica das contrações uterinas. Caso identifique risco para a saúde de alguns deles, a cesariana será indicada. Entretanto, nem sempre um parto cirúrgico será necessário.

Principais causas de cesariana intraparto

As principais causas de distocia são:

  • Desproporção cefalopélvica, ou seja, o diâmetro do canal pélvico durante o parto é insuficiente para a passagem da cabeça do bebê;
  • Contrações uterinas inadequadas, isto é, o ritmo, a força, a progressão e a direção delas não estão funcionais para uma evolução normal do parto;
  • Apresentação fetal anormal. O ideal é que o bebê esteja com a cabeça “encaixada” na pelve (posição cefálica) antes do início da fase expulsiva do parto. Se ele estiver deitado (transverso) ou sentado (pélvico) sobre a pelve, pode haver dificuldade para o trabalho de parto. Algumas manobras podem ser feitas para corrigir a apresentação, mas, se não for possível, o parto cesariano é indicado;
  • Posição fetal. O bebê em posição cefálica pode estar em duas posições: inverso (face virada para as costas da mãe) ou para frente (face voltada para o abdômen da mãe). A primeira é considerada a ideal, enquanto a segunda pode levar à distocia.

Parto normal: o que o médico avalia para mudá-lo para uma cesariana?

Devido a diferenças individuais de cada trabalho de parto, uma definição exata do que é distocia não é possível. No entanto, em geral, alguns sinais podem levantar um sinal de alerta para o obstetra. Veja

Fase latente

A distocia pode acontecer como uma fase latente prolongada: com duração maior do que 20 horas em mães de primeira viagem ou 14 horas em mulheres que já tiveram outros partos vaginais. Nessa situação, buscamos a indução da fase ativa com medicamentos e procedimentos menos invasivos, mas, se a paciente não responder a essas medidas, a cesariana é indicada.

Fase ativa

Na fase ativa normal, as contrações se tornam mais regulares e fortes e já podemos notar uma dilação do colo entre 4 e 10 centímetros e o apagamento cervical. Por sua vez, um dos sinais de distocia é o atraso na fase ativa também, que pode se caracterizar por:

  • Atraso na descida e na rotação da cabeça fetal;
  • Contrações anárquicas ou insuficientes;
  • Dilatação menor do que 2 centímetros após 4 horas do início da fase ativa.

Antes de indicar uma cesariana, podemos tomar algumas medidas para manter o parto normal. Por exemplo, a aplicação de oxitocina pode ser feita para induzir uma maior dilatação ou melhorar a qualidade das contrações. A cesariana pode ser indicada quando há uma evolução menor do que 2 centímetros após 4 horas da administração da oxitocina.

Além do atraso, pode ocorrer a parada da fase ativa do parto. Ela ocorre quando há dilatação maior ou igual a seis centímetros com ruptura da bolsa associada a um dos seguintes critérios:

  • 4 horas ou mais de contrações adequadas;
  • 6 horas ou mais de contrações inadequadas sem mudanças na dilatação do colo do útero.

A parada na fase ativa pode levar à indicação de uma cesariana, principalmente se houver sinais de sofrimento fetal ou esgotamento materno.

Fase expulsiva

Inicia-se quando a dilatação cervical se completa e tem cerca de 10 centímetros. Existe uma grande variação na duração máxima dessa fase. Por isso, ao contrário do que muitas pacientes pensam, não existe um tempo certo para converter um parto normal em cesariana.

Na fase expulsiva, podemos suspeitar de atraso quando a apresentação, posição ou descida estiverem inadequadas após 1 hora (primíparas) ou meia hora (multíparas) após a dilatação cervical completa.

Em partos sem anestesia epidural, a parada da fase ativa pode ser caracterizada, como:

  • Mais de 3 horas de esforço ativo em mulheres primíparas;
  • Mais de 2 horas de esforço ativo em mulheres multíparas.

No caso de uso de anestesia epidural, acrescentamos mais uma hora em cada um desses prazos.

Portanto, apesar de termos apresentado diversos números, é muito importante que as gestantes entendam que esses números são apenas parâmetros e nem sempre significarão a necessidade de uma cesariana. O parto normal poderá continuar se os sinais vitais do bebê estiverem bons, a parturiente ainda tiver força e houver uma progressão suficiente (apesar de lenta) do trabalho.

Em última instância, a decisão dependerá da avaliação do obstetra naquele momento e dos desejos da mulher. Afinal, o parto deve ser humanizado: isso inclui a individualização das decisões e o protagonismo da gestante.

Quer saber mais sobre o parto humanizado e sua importância para a mulher? Confira nosso artigo sobre o tema!

Depressão pós-parto: diagnóstico e tratamento

A depressão pós-parto (DPP) é uma forma de depressão que afeta mulheres no período de um ano após o parto. É considerada uma condição preocupante de saúde mental que apresenta sintomas como baixa energia, dificuldades para dormir, perda de interesse em atividades, alterações no apetite e grande tristeza.

Algumas mulheres experimentam formas mais brandas de depressão. Outras, porém, apresentam sintomas depressivos mais intensos, que interferem em suas vidas diárias, fazendo com que tenham dificuldades com tarefas, como cuidar do recém-nascido e amamentar, e até criar vínculos com o bebê.

É importante que qualquer nova mãe reconheça os sinais e sintomas da depressão pós-parto e procure ajuda imediatamente, pois pode causar danos à mãe e ao bebê. Por isso, acompanhe nosso post até o final!

O diagnóstico da depressão pós-parto

O diagnóstico da depressão pós-parto é clínico. Em outras palavras, seu médico não precisará de nenhum exame complementar (de sangue, urina ou imagem, por exemplo) para confirmar que você tem a condição.

Os critérios mais utilizados são baseados no Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais, o DSM-5. Eles são muito confiáveis, pois são baseados em estudos feitos com milhares de gestantes.

De acordo com o DSM-5, a paciente deve apresentar 5 dos seguintes sintomas:

  • humor deprimido;
  • anedonia (interesse ou prazer acentuadamente diminuído em atividades);
  • perda de peso sem dieta/razão clínica ou ganho de peso ou distúrbio do apetite;
  • insônia ou excesso de sono;
  • agitação ou lentidão psicomotoras;
  • fadiga e diminuição da energia;
  • diminuição da capacidade de se concentrar ou tomar decisões;
  • sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;
  • pensamentos recorrentes de morte ou ideação suicida (sem planos). Se ela tiver um plano mais concreto de suicídio, provavelmente ela apresenta um transtorno depressivo maior ou outra desordem.

Além disso, um dos sintomas deve ser obrigatoriamente o humor deprimido ou a anedonia.

Impacto na vida da gestante

Ao contrário do que acontece no baby blues, essas manifestações levam a um sofrimento significativo ou diminuem funcionalidade da mulher em áreas, como:

  • Autocuidado — a paciente passa a negligenciar cuidados básicos de higiene, alimentação e saúde, por exemplo;
  • Cuidados com o bebê — ela tem dificuldades significativas para os cuidados básicos com o bebê (amamentação, higiene e consultas médicas);
  • Sociais — ela pode se isolar do contato com outras pessoais, inclusive de sua parceria;
  • Ocupacionais — no retorno ao trabalho, ela pode apresentar dificuldade para manter uma performance adequada.

Início dos sintomas

Para que a depressão pós-parto seja diagnosticada, ainda é necessário identificar quando os sintomas começaram. Eles devem ter se iniciado ainda durante a gravidez até as primeiras semanas após o parto. Em alguns casos, porém, os sintomas podem se expressar mais tardiamente, mas ainda dentro do primeiro ano após o parto.

Diagnóstico de exclusão

Além disso, antes de diagnosticar a depressão pós-parto, precisamos excluir a possibilidade de outras causas para os sintomas, como:

  • Efeitos colaterais de medicações ou outra doença física (como o hipotireoidismo);
  • Transtornos psicóticos. Se a paciente tiver história de alucinações, sensação de perseguição, afeto embotado e outros sintomas, talvez se trate do agravamento do quadro psicótico em vez da depressão pós-parto. Contudo, as duas condições podem coexistir, então o médico deverá ser bastante criterioso na investigação;
  • Transtorno bipolar. Se a paciente tiver história prévia de um episódio maníaco ou hipomaníaco (caraterizados por euforia, expansividade social, impulsividade e comportamentos de risco, por exemplo), pode se tratar de um transtorno bipolar. Com isso, consideramos que o parto desencadeou um episódio depressivo e não é uma depressão pós-parto.

Tratamento da depressão pós-parto

No Brasil, não há nenhum tratamento específico para a depressão pós-parto. Como veremos, usualmente, os antidepressivos tradicionais são usados para aliviar as mudanças do humor. Eles regulam os níveis de neurotransmissores que se alteram durante a depressão, como a serotonina.

Nos Estados Unidos, contudo, foi aprovado recentemente um medicamento voltado para a depressão pós-parto, a brexanolona. Ela funciona de forma muito distinta em relação aos antidepressivos habituais, pois atua no eixo hormonal do sistema nervoso central. Após o parto, a produção do hormônio alopregnanolona, cujos níveis no corpo podem cair expressivamente após o parto. A brexanolona é uma versão sintética desse hormônio.

O tratamento com antidepressivos

A medicação antidepressiva é geralmente indicada sempre que a paciente é diagnosticada com depressão pós-parto. Preferencialmente, deve ser indicada por um ginecologista ou psiquiatra experiente no tratamento de gestantes. Afinal, é preciso escolher uma opção com mínimo impacto sobre a amamentação, como a sertralina e a paroxetina.

A escolha do tratamento é sempre individualizada e deve se basear em critérios, como:

  • Tratamentos prévios da gestante com antidepressivos. Se possível, escolhemos a medicação com a qual ela teve uma boa resposta anteriormente;
  • Sintomas associados e com maior impacto na qualidade de vida. Cada antidepressivo tem um perfil (alguns induzem o sono e outros são mais efetivos contra a fadiga, por exemplo).

Em todo o caso, é fundamental continuar o tratamento por 6 meses ou mais. Isso reduz o risco de retorno dos sintomas após a interrupção da medicação.

O tratamento psicoterápico

A terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia) é outra medida importante para melhorar o quadro. Ela auxilia a paciente a entender melhor os seus pensamentos e comportamentos, propondo medidas para modificá-los progressivamente. Em casos leves, ela pode ser indicada isoladamente, sem as medicações.

Outras medidas

  • O acompanhamento pré-natal e puerperal ajuda a prevenir e identificar precocemente a depressão pós-parto;
  • Há evidências de que os exercícios aeróbicos leves a moderados ajudem na redução dos sintomas;
  • O apoio psicossocial de familiares e parcerias também podem ajudar a paciente a se recuperar mais rápido.

Prevenção da depressão pós-parto

É muito importante que seu médico faça uma triagem para a depressão pós-parto na fase final do pré-natal e no puerpério. Se a paciente apresenta alto risco de depressão, a terapia preventiva pode ser iniciada mesmo antes do início dos sintomas. Ela envolve o uso de medicações antidepressivas e/ou psicoterapia.

Portanto, a depressão pós-parto é uma condição com um impacto muito grande sobre as mulheres. É um assunto que precisamos sempre abordar e tratar adequadamente, sem estigmas. Afinal, é uma condição muito comum, presente em até 6,5% a 20% dos partos. É causada por fatores hormonais e psicossociais, não sendo culpa da mulher.

Quer saber mais sobre a depressão pós-parto? Confira nosso artigo sobre o tema!

Ultrassom morfológico: o que é e quando deve ser feito?

Você sabe o que é o ultrassom morfológico gestacional e sua importância? A ultrassonografia é uma técnica de diagnóstico por imagem que usa ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens dos órgãos internos e estruturas do corpo.

Essas imagens podem ajudar a detectar uma ampla variedade de doenças e condições. Na gestação, a ultrassonografia tem várias vantagens, entre elas o fato de não ser invasiva e não usar radiação, tornando-a um procedimento seguro para o feto e a mãe.

A realização do ultrassom depende de um transdutor, que é um dispositivo que transmite e recebe ondas sonoras. O transdutor é colocado na superfície do abdômen ou no canal vaginal para direcionar as ondas sonoras de alta frequência ao útero e ao feto, onde são refletidas nos órgãos e tecidos. Depois disso, são capturadas pelo transdutor.

Os sinais são então convertidos em imagens que são exibidas em um monitor. Então, o profissional fará um laudo, o qual ajudará na tomada de decisões ao longo do pré-natal. Quer saber mais sobre o ultrassom morfológico e sua importância? Acompanhe!

O que é a ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre?

O ultrassom morfológico usa ondas sonoras para criar imagens do corpo do feto sem causar nenhum risco para o bebê. O teste geralmente é não invasivo e indolor e pode ser concluído em uma visita. Depois que o teste for feito, a mãe receberá os resultados dentro de alguns dias úteis.

Ao contrário de outros tipos de ultrassonografia realizadas em outros momentos da gestação, o morfológico oferece informações mais detalhadas sobre a anatomia do bebê. Por isso, é uma importante ferramenta usada para avaliar a saúde, tamanho e anatomia de um bebê durante o primeiro trimestre da gravidez. Com isso, fornece aos médicos e futuros pais uma visão abrangente do desenvolvimento do bebê durante o estágio mais crítico da gestação.

Afinal, o primeiro trimestre da gravidez é o período mais importante no desenvolvimento e crescimento de um bebê. Durante esse período, o embrião é implantado na parede uterina e a placenta se forma. É também o período em que os órgãos do bebê começam a se desenvolver e os principais sistemas e órgãos do corpo, como o cérebro, começam a se formar.

O ultrassom morfológico também é inestimável para avaliar quaisquer riscos potenciais que possam afetar a saúde ou o desenvolvimento do bebê durante a gravidez. Por exemplo, pode ser usado para identificar problemas potenciais, como anormalidades cromossômicas, restrições de crescimento ou anormalidades estruturais no feto. Além disso, um ultrassom morfológico também pode ser usado para prever com precisão o sexo do bebê.

Essas informações podem ser usadas para determinar se existem possíveis riscos para a saúde do bebê no futuro. Em alguns casos, podem indicar a necessidade uma intervenção ainda no período dentro do útero. Por exemplo,

Importância do ultrassom morfológico no primeiro trimestre

As medidas de parâmetros anatômicos são parte fundamental do ultrassom morfológico e isso traz informações valiosas para o obstetra.

Transluscência nucal

O teste de transluscência nucal é uma técnica de ultrassonografia usada para medir a espessura da prega nucal do feto na parte de trás do pescoço. Esse teste é normalmente realizado durante a 11ª e 14ª semanas de gravidez, fazendo parte do ultrassom morfológico.

A medida da prega nucal pode ser usada para ajudar a determinar se o bebê está em maior risco de problemas de saúde e pode ajudar a determinar as chances de o bebê ter um distúrbio cromossômico, como a síndrome de Down.

Mesmo que haja um risco aumentado de anomalia cromossômica no ultrassom morfológico, isso não significa que o bebê tenha uma. Por isso, outros exames podem ser necessários.

Medida do osso nasal

A medida do osso nasal na ultrassonografia do primeiro trimestre é um importante marcador do desenvolvimento fetal e pode ser usado para prever o risco de síndrome de Down e outras trissomias.

O osso nasal é medido em relação ao comprimento, à largura e ao ângulo no rosto. Se os resultados do ultrassom mostrarem uma anormalidade, testes adicionais podem ser necessários para avaliar a existência anormalidades cromossômicas.

Ultrassonografia morfológica do segundo semestre

O ultrassom morfológico do segundo semestre é realizado entre 20 e 24 semanas de gestação. Pode medir parâmetros, como a circunferência da cabeça, a circunferência abdominal e o comprimento do fêmur.

Esses dados são então usados para estimar a taxa de crescimento, a idade gestacional e o peso do feto, além de detectar anormalidade, como defeitos congênitos e restrições de crescimento.

Além disso, a ultrassonografia morfológica pode ser complementada pela técnica do Doppler, que avalia o fluxo sanguíneo nas mais diversas estruturas do corpo.

Assim, é usado para avaliar a posição e o desenvolvimento da placenta, as câmaras cardíacas e os grandes vasos do feto. Por exemplo, alterações no fluxo sanguíneo identificados pela técnica Doppler podem indicar malformações cardíacas e arteriovenosas, como a tetralogia de Fallot.

A ultrassonografia do segundo trimestre também pode ajudar a detectar malformações do trato urinário. Essas malformações podem ser identificadas na ultrassonografia com alterações, como:

  • bexiga anormalmente cheia de líquido;
  • paredes espessadas nos rins ou ureteres;
  • presença de uma única artéria umbilical, o que pode indicar uma maior probabilidade de malformação do trato urinário.

Durante o exame, o líquido amniótico é medido para verificar se há uma quantidade adequada ao longo da gravidez. Alterações podem indicar problemas, como insuficiência placentária, infecção dos anexos embrionários ou, até mesmo, anomalias fetais.

Embora o diagnóstico de malformações exija avaliações adicionais, como amniocentese ou exames de sangue, o ultrassom morfológico é teste exame de rastreio fundamental. A detecção precoce desses problemas pode aumentar a chance de sucesso do tratamento e fornecer aos futuros pais a oportunidade de tomar decisões sobre a gravidez e planejar melhor o nascimento do bebê.

Quer saber mais sobre outros exames realizados ao longo do pré-natal? Confira nosso artigo sobre o tema!

O que é período fértil? Qual é a relação com a ovulação?

A ovulação é a liberação de um óvulo do ovário no ciclo menstrual da mulher. É a fase do ciclo reprodutivo em que as variações dos hormônios reprodutivos femininos fazem com que um óvulo maduro seja liberado e fique pronto para a fertilização.

O processo de ovulação normalmente ocorre no meio do ciclo menstrual, geralmente 14 dias a partir do primeiro dia do ciclo menstrual, que é marcado pelo primeiro dia de menstruação. O óvulo pode sobreviver por até 24 a 48 horas após ser liberado, e se estiver dentro desse período e for fertilizado por um espermatozoide, pode acontecer uma gravidez.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é ovulação? Por que ela acontece?

No início do ciclo menstrual, a concentração dos hormônios sexuais no sangue está baixa. Isso faz com que a hipófise, uma glândula conectada com o sistema nervoso central, produza mais hormônio folículo-estimulante (FSH).

Isso estimula o desenvolvimento de alguns folículos nos ovários, os quais passarão a produzir estradiol, a forma mais ativa do estrogênio. Os níveis desse hormônio no sangue sobem durante a primeira metade do ciclo menstrual. Isso estimula o desenvolvimento dos folículos (fase folicular do ovário) e a proliferação das células do endométrio (fase proliferativa do endométrio). Em geral, apenas um folículo chegará ao estágio final de amadurecimento.

Os níveis de estradiol atingem seu pico alguns dias antes da menstruação, abrindo caminho para a liberação do óvulo. À medida que os níveis de estrogênio alcançam seus níveis máximos no ciclo menstrual, um hormônio conhecido como “hormônio luteinizante” (LH) é produzido. A ovulação ocorre algumas horas depois do pico de LH no sangue.

Depois disso, o óvulo é depositado nas tubas uterinas, onde ficará disponível para a fertilização por um espermatozoide. Enquanto isso, no ovário, o folículo que liberou o óvulo se transforma em corpo lúteo (fase lútea do ovário), uma estrutura produtora de hormônios, especialmente a progesterona, cuja ação principal é amadurecer o endométrio, iniciando a fase secretora do revestimento do útero.

Há algum sintoma ou sinal que indica que a ovulação ocorreu?

Saber quando é o período fértil de uma mulher pode ajudar os casais a planejar ou evitar a gravidez. Algumas mulheres relatam sintomas, como leve formigamento, cólicas e aumento do corrimento vaginal. Em alguns casos, podem perceber também um aumento da sensibilidade mamária e da libido. Além disso, pode haver um discreto aumento (cerca de 0,3º Celsius) da temperatura corporal basal.

O que é período fértil?

O período fértil é um momento durante o ciclo menstrual de uma pessoa em que é mais provável que ela engravide. O evento mais importante é a liberação de um óvulo pelo ovário, chamado de ovulação. Ele desencadeia o período fértil, é chamada de ovulação.

Durante o período fértil, o corpo da mulher se prepara para a chance de engravidar, passando por modificações, como:

  • A vagina produz mais secreções para facilitar o transporte de espermatozoides;
  • As secreções do colo uterino se tornam mais fluidas e abundantes para permitir a passagem dos gametas masculinos. Fora do período fértil, elas são espessas e formam um tampão mucoso entre a vagina e o útero;
  • O endométrio (revestimento do útero) se torna mais espesso e começa a secretar diversas substâncias para nutrir os espermatozoides e um futuro embrião formado;
  • O revestimento das tubas uterinas também se torna mais espesso para otimizar os processos reprodutivos.

Tanto a ovulação quanto as demais modificações no sistema reprodutor feminino são estimuladas por hormônios sexuais, como a progesterona e o estrogênio.

Por que engravidar é mais difícil fora do período fértil?

As mulheres têm apenas alguns dias férteis por mês devido ao tempo de vida dos espermatozoides e dos óvulos. O período fértil se inicia cerca de cinco dias antes da ovulação e termina 24 a 48 horas depois dela. Mas por que isso acontece?

Os espermatozoides podem sobreviver até cinco dias no trato reprodutivo, mas o óvulo só pode sobreviver por cerca de 24 horas após a ovulação. Durante esse período específico, o óvulo estará disponível para fertilização.

Além disso, todas aquelas modificações do sistema reprodutor feminino para facilitar a fertilização são sincronizadas com os níveis dos hormônios sexuais. Por exemplo, depois de um dia da ovulação, os níveis de progesterona já são suficientes para causar um espessamento das secreções cervicais, levando à formação de um tampão mucoso no colo uterino.

Da mesma forma, quando a fertilização ocorre muito tardiamente ou precocemente. O endométrio do útero não está receptivo o suficiente para ajudar a garantir que o embrião se implante e permaneça no útero.

Como calcular o período fértil?

A tabela a seguir nos mostra quais dias do ciclo menstrual (eixo horizontal) apresentam maior chance de fertilização de acordo com a duração do ciclo menstrual (eixo vertical):

Figura 1: Soumpasis I, Grace B, Johnson S. Real-life insights on menstrual cycles and ovulation using big data. Hum Reprod Open. 2020 Apr 16;2020.

Portanto, uma mulher com ciclo de 28 dias tem cerca de 27% de engravidar no 15º dia, 21% no 16º dia e 20% no 14º dia (dia da ovulação).

Portanto, o período fértil abrange o intervalo de tempo em que as condições do sistema reprodutor feminino estão ótimas para que a fertilização e a implantação do embrião ocorram. Essa janela de oportunidade é marcada pela ovulação e é importante para as mulheres aproveitarem se planejem em relação às gestações.

Caso elas desejem engravidar, devem realizar relações sexuais nos dias mais férteis. Se querem evitar gestações, precisam evitar relações sexuais desprotegidas nesse intervalo.

Quer entender melhor como calcular o período fértil? Confira nosso artigo completo sobre o tema!

O que é papanicolau?

Um exame de papanicolau é um procedimento em que um médico coleta amostras de células do colo do útero durante as consultas ginecológicas periódicas. Então, elas são analisadas microscopicamente com o objetivo é detectar certas alterações nas células do colo do útero que podem sinalizar a presença de câncer.

Para realizar o exame, médico inserirá um espéculo em sua vagina para expor seu colo do útero. Ele, então, usará uma pequena escova e/ou uma espátula de madeira para coletar células cervicais. Todo o processo não deve demorar mais do que alguns minutos. É também um procedimento indolor. Quando sentem algo, a maioria das mulheres relata apenas um desconforto mínimo.

As células serão então enviadas para um laboratório para análise, onde um patologista procurará sinais de câncer, bem como outras condições, como infecções por HPV ou por microrganismos sexualmente transmissíveis. Quer saber mais sobre a importância desse exame? Acompanhe!

Por que o teste de papanicolau é importante?

O teste papanicolau salvou milhões de mulheres de óbitos e complicações devido ao câncer do colo do útero. Antes de os médicos descobrirem essa técnica de triagem, o câncer do colo do útero era uma das principais causas de morte em mulheres.

Entretanto, graças ao papanicolau, a incidência (novos casos) de óbitos por câncer do colo do útero caiu mais de 50% nos últimos 30 anos, garantindo que mais mulheres sobrevivam a essa doença que pode ser devastadora quando diagnosticada tardiamente.

O câncer do colo do útero geralmente começa quando certos tipos de papilomavírus humano (HPV) infectam as células do colo do útero. O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. A maioria das mulheres contrai o HPV em algum momento da vida, mas muitas nem sabem disso porque o vírus geralmente não produz nenhum sintoma. Alguns tipos de HPV são inofensivos e desaparecem por conta própria, enquanto outros nunca desaparecem.

Importância do papanicolau para mulheres vacinadas contra o HPV

Se você tomou a vacina contra o HPV, pode ter alguma proteção contra o câncer do colo do útero. A vacina foi desenvolvida para proteger contra os tipos mais perigosos de HPV. No entanto, não protege contra todos os tipos de HPV, por isso é importante ainda fazer o rastreamento para câncer do colo do útero.

Além disso, apesar de não ser a principal utilidade do exame, o papanicolau pode detectar mais do que apenas as lesões relacionadas ao câncer do colo de útero. Ele também pode ajudar a identificar a clamídia, a gonorreia, a tricomoníase e outras patologias cervicais.

Como funciona o papanicolau?

As células do colo do útero são um ambiente ideal para o crescimento do HPV, razão pela qual tantas mulheres são infectadas e podem nunca saber que têm o vírus. O objetivo do papanicolau é detectar precocemente quaisquer sinais de infecções por HPV e de câncer no colo do útero.

A grande maioria das mulheres que fazem exames regulares para câncer do colo do útero provavelmente terão um resultado negativo, o que é uma ótima notícia. No entanto, as mulheres que não são examinadas regularmente podem não saber que tem alguma lesão. Então, elas possivelmente descobrirão o câncer quando ele estiver em estágio mais avançado, em que as chances de cura são muito menores.

Quando você deve fazer o exame de câncer do colo do útero?

A maioria dos médicos recomenda que as mulheres sejam rastreadas para o câncer do colo de útero a partir dos 25 anos. Se o primeiro exame for negativo, o próximo deve ser realizado em um ano. Se o segundo resultado também for negativo, a paciente passa a ser examinada o para câncer do colo do útero uma vez a cada três anos.

Isso acontece, pois o HPV tem um longo período de incubação, o que significa que leva muito tempo para as células se tornarem cancerígenas. O tempo padrão de rastreamento do câncer do colo do útero de três anos permite tempo suficiente para o desenvolvimento da doença.

Entretanto, se algum exame apresentar alguma alteração, o papanicolau poderá ser repetido com maior frequência. Em casos de lesões de maior risco, é necessário complementar o papanicolau com a colposcopia.

As mulheres devem ser rastreadas para câncer do colo do útero assim que atingirem a idade de 25 anos. A melhor maneira de fazer isso é através do papanicolau, que coleta amostras de células do colo do útero.

Graças ao rastreio periódico, o número de novos óbitos (incidência) por câncer cervical foi reduzido significativamente. No entanto, é importante observar que o teste não pode detectar todos os sinais de câncer do colo do útero. Portanto, um resultado negativo não significa que você está totalmente livre. Por isso, além do papanicolau, o acompanhamento com um médico experiente é fundamental.

Quer saber mais sobre o papanicolau e como ele é feito? Confira nosso artigo sobre o tema!

Quando ir para a maternidade?

Identificar início do trabalho de parto e saber quando ir para maternidade é importante por uma série de razões. Isso pode ajudar a reduzir o risco de complicações durante o parto e a reduzir a ansiedade durante os momentos finais da gestação. Além disso, também pode ajudar a garantir que a criança nasça mais saudável.

Como veremos, o momento de procurar a maternidade dependerá do tipo de parto e outros fatores. Ficou interessada? Acompanhe!

Tipos de parto

Veja os principais tipos de parto a seguir:

Parto vaginal

O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é o processo pelo qual um bebê nasce através da vagina, podendo envolver o uso de medicações e intervenções médicas invasivas. O processo de trabalho de parto começa quando a cabeça do bebê começa a descer na pélvis. A pressão da cabeça do bebê sobre o colo do útero estimula a liberação do hormônio oxitocina, que provoca a contração do útero.

À medida que as contrações se tornam mais frequentes e intensas, a cabeça do bebê se move pelo canal de parto e eventualmente nasce. Isso pode ser um processo longo e difícil, mas a maioria das mulheres passa por ele sem nenhum problema.

Se não contarmos o período da fase latente, a duração média do trabalho de parto normal é de 12-14 horas para mães de primeira viagem e de 8-10 horas para mães que já deram à luz antes. Entretanto, é importante lembrar que cada trabalho de parto é diferente e que não há um prazo definido.

Parto natural

O parto natural é um processo pelo qual uma mulher dá à luz sem o uso de medicamentos ou intervenções médicas, como anestesias epidurais, fórceps ou extratores a vácuo. Durante o processo, a mãe pode usar técnicas e posições de relaxamento para ajudar a administrar a dor das contrações.

Apesar de poder ser feito em ambiente doméstico, o ideal é que seja conduzido em um hospital, onde haverá toda a assistência necessária para lidar com complicações.

Cesariana

Uma cesariana, também conhecida como cesárea, é um procedimento cirúrgico utilizado para dar à luz um bebê através de uma incisão no abdômen da mãe. Esse tipo de parto deveria reservado para casos em que há complicações para a mãe e o bebê ou que tornam um parto vaginal inseguro.

Algumas das razões mais comuns para uma cesárea incluem:

  • O bebê em uma posição anômala ou distócica;
  • A mãe tem uma história de cesarianas prévias;
  • O canal de parto vaginal não é seguro;
  • Gestações de múltiplos.

As cesarianas são geralmente seguras, mas comportam alguns riscos. Por isso, são reservadas para indicações específicas.

A complicação mais comum é a infecção, que pode ocorrer no local da incisão ou em qualquer outra parte do corpo. Há também um risco de hemorragia e suas complicações para a mãe, tromboembolias, complicações anestésicas, entre outras. Para o bebê, há um pequeno risco de lesão durante a cirurgia ou de problemas respiratórios após o nascimento.

Quando ir para a maternidade?

Partos naturais e normais

Para entender quando ir à maternidade, é importante entender as fases de um parto:

  • Fase latente — é caracterizada por contrações leves e dilatação gradual do colo uterino, podendo durar desde algumas horas. À medida que avança, as contrações geralmente se tornam mais frequentes. Quando o colo do útero se dilata até cerca de 6 cm, começa a fase ativa do trabalho de parto;
  • Fase ativa — é quando as contrações se tornam mais fortes e próximas umas das outras. A dilatação do colo vai evoluir até aproximadamente 10 centímetros. Com isso, é o momento em que o bebê começa a se mover pelo canal de parto. A fase ativa geralmente dura cerca de 2 a 7 horas;
  • Fase expulsiva —o bebê é empurrado para fora do útero da mãe pelas contrações do útero. Ela dura até aproximadamente 90 minutos, podendo ser um pouco mais ou um pouco menos.

No começo da fase latente, a mãe já pode procurar a maternidade para que o obstetra faça uma avaliação. Se ele notar que o colo ainda não está maduro e a dilatação é menor do que 6 cm, pedirá que a gestante volte para a casa, repouse e se prepare para a internação para o parto.

Como a fase latente pode durar vários dias, é comum que algumas mulheres precisem ir mais de uma vez à maternidade antes de serem internados. A cada avaliação, ele medirá os sinais vitais do bebê para garantir que o trabalho está evoluindo normalmente. Diante de qualquer complicação, ele pode antecipar a internação, indicar a indução do parto ou uma cesariana.

Se a evolução do trabalho de parto for normal, haverá um momento em que as contrações se tornarem mais regulares, frequentes e intensas. Isso indicará o momento de procurar a maternidade para a internação.

Cesarianas

No caso de partos cesáreos eletivos, como são procedimentos, a ida à maternidade geralmente ocorre no prazo indicado pelo obstetra. Contudo, se você notar sinais de trabalho de parto precocemente, é importante buscar o hospital para verificar se é necessário antecipar o procedimento.

O parto humanizado

O parto humanizado é uma abordagem do parto que se concentra em proporcionar uma experiência mais positiva, pessoal e natural para a mãe. Essa abordagem normalmente pode incluir pontos, como:

  • Garantia da presença de um acompanhante escolhido pela mãe;
  • Apoio de uma doula durante o parto;
  • Técnicas de gerenciamento da dor;
  • Uso racional de técnicas invasivas, como amniotomia;
  • Participação da mãe nas tomadas de decisão;
  • Uso de intervenções médicas amparadas por estudos científicos a partir de uma avaliação individualizada e biopsicossocial de cada mulher.

Há muitos benefícios para o parto humanizado, tanto para a mãe como para o bebê. Para a mãe, pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados ao trabalho de parto e a aliviar a dor durante o processo. Para o bebê, o parto humanizado pode ajudar a promover com a mãe. Também pode ajudar a reduzir o risco de complicações materno-fetais durante o parto.

Idealmente, todo o trabalho de parto deveria ser humanizado. No entanto, ainda vivemos em um cenário em que a autonomia e os direitos das mães são frequentemente violados. Portanto, não deixe de discutir o parto e todas as suas nuances com seu obstetra para garantir uma assistência adequada para você.

Agora que você já entende quando ir para a maternidade. Quer saber mais sobre o parto humanizado e sua importância? Confira nosso artigo sobre o tema!

Trabalho de parto: o que é?

O trabalho de parto é o processo natural de nascimento de um bebê. Normalmente começa com as contrações do útero, que fazem com que o colo uterino se abra e o bebê seja empurrado pelo canal de parto.

O processo de trabalho de parto pode variar muito de uma mulher para outra e até mesmo de uma gravidez para outra. Algumas mulheres podem ter trabalhos muito curtos, enquanto outras podem ter trabalhos mais longos, mais difíceis. O processo é concluído quando o bebê nasce e a placenta é eliminada.

Quer saber mais sobre o trabalho de parto e a importância de humanizar esse processo? Acompanhe!

O que é trabalho de parto?

O trabalho de parto abrange todo o período desde que o útero começa a se preparar para a expulsão do bebê até a eliminação da placenta após o nascimento. Normalmente, envolve quatro estágios do trabalho de parto

  • Fase latente – inicia-se com contrações uterinas mais vigorosas;
  • Fase ativa — as contrações se tornam mais frequentes, além de ocorrer o afinamento e a dilatação do colo uterino;
  • Fase expulsiva — a descida e nascimento do bebê;
  • Dequitação — parto da placenta.

Fases do trabalho de parto

Vamos falar a seguir sobre cada uma das fases do trabalho de parto normal.

Fase latente

A fase latente do trabalho é o período entre o início do trabalho de parto e o início da fase ativa. Esta fase pode durar várias horas ou mesmo dias, sendo considerada a fase mais longa e variável do trabalho de parto.

Ela é caracterizada por:

  • contrações mais suaves em comparação às fases posteriores. As contrações durante esta fase são geralmente irregulares e relativamente fracas. Algumas mulheres podem até mesmo não as sentir;
  • uma abertura gradual do colo uterino até cerca de 1 centímetro;
  • o bebê se move para baixo, encaixando-se na pélvis.

Durante essa fase, ainda não será feita a internação e é importante que a mãe permaneça calma e relaxada, pois isto pode ajudar a evitar que elas se tornem mais dolorosas. Além disso, a futura mãe deve descansar e conservar sua energia, pois a próxima fase do parto pode ser muito cansativa.

À medida que o trabalho avança, as contrações geralmente se tornam mais frequentes, mais fortes e regulares. Quando o colo do útero se dilata até cerca de 3-4cm e as contrações passam a vir em intervalos mais regulares, começando a fase ativa do trabalho de parto.

Fase ativa

A fase ativa é quando as contrações se tornam mais fortes e mais frequentes. É normalmente a fase mais extenuante do trabalho de parto. Por isso, esse é o momento em que você precisará começar a usar as técnicas de respiração e as posições recomendadas pela equipe de parto.

Em média, a fase ativa costuma durar cerca de 2-4 horas para mulher que já tiverem outros filhos. Em gestantes de primeira viagem, podem ser mais longos com duração média de 5 a 7 horas. 

No entanto, é importante entender que essa é apenas uma estimativa do que é mais comum. Há muita variação individual, então algumas pacientes podem ter partos mais curtos ou mais longos do que as faixas de duração acima.

Ao final dessa fase, colo uterino está totalmente dilatado a 10 cm e o bebê já estará preparado para progredir através do canal. Para isso, as contrações geralmente se tornam mais longas e mais fortes. Consequentemente, a vontade de empurrar geralmente ocorre na parte final da fase ativa.

Fase expulsiva

A fase de expulsão do parto é a etapa final do nascimento do bebê, quando o bebê é empurrado para fora do corpo da mãe e para o mundo. 

Ela começa quando a cabeça do bebê começa a emergir do canal de parto e termina quando o bebê nasce completamente. Dura entre 30 e 90 minutos, embora possa ser mais curta ou mais longa, dependendo de cada gestação.

Durante esse tempo, a mãe sentirá o impulso de abaixar e empurrar com todas as suas forças. O empurrão ajuda o bebê a mover-se através do canal de parto e eventualmente nascer. A cabeça do bebê emergirá lentamente do canal de parto, seguida pelo resto do corpo. Assim que o bebê sair, o cordão umbilical será cortado e o bebê terá suas primeiras respirações de ar. 

Os primeiros minutos após o nascimento completo é uma etapa crítica do parto, pois podem ocorrer complicações graves para a mãe e o recém-nascido. Depois de garantido o suporte inicial, se não houver nenhuma complicação, o contato pele a pele da mãe com o bebê deve ser incentivado o quanto antes. Além de fortalecer o vínculo, isso protege o bebê contra hipotermia e outras condições médicas neonatais.

Fase de dequitação

Após a expulsão e os cuidados imediatos do parto, ocorre a fase da dequitação. Ela é caracterizada pelo descolamento e a expulsão da placenta. Isso é fundamental para reduzir o risco de infecção uterina pós-parto.

A humanização da assistência ao trabalho de parto

Uma equipe de nascimento humanizada é aquela que fornece apoio físico e emocional contínuo à mãe durante todo o trabalho de parto. Essa abordagem de equipe garante que a mãe se sinta no centro do processo, sentindo-se confortável, respeitada e acolhida.

Os benefícios do trabalho de parto humanizado são numerosos. Para começar, foi demonstrado que reduz significativamente o risco de depressão pós-parto. Além disso, pode ajudar a diminuir a duração do trabalho de parto, bem como reduzir a necessidade de medicação para a dor.

Talvez o mais importante, o trabalho de parto humanizado proporciona à mãe o apoio contínuo que ela precisa para se sentir segura e protegida durante um dos momentos mais vulneráveis de sua vida. 

Quando uma mãe se sente apoiada durante todo o seu trabalho e experiência no trabalho de parto, é mais provável que ela se sinta positiva em todo o processo. Com isso, o parto humanizado pode ajudar a promover a ligação entre a mãe e a criança, além de ajudar que a criança nasça saudável e reduzir os riscos de complicações maternas.

Quer saber mais sobre o parto humanizado? Confira tudo sobre ele neste artigo!

Nutrição no puerpério: o que pode ajudar ou atrapalhar a amamentação?

O puerpério é a fase de seis semanas após o nascimento do bebê, isto é, é um período pós-parto caracterizado por mudanças significativas no corpo e na mente da mulher. Apesar de ser uma grande alegria, a chegada de um recém-nascido demanda adaptações intensas e isso precisa ser acompanhado com atenção. Um dos principais pontos de preocupação é a nutrição no puerpério e seus reflexos na amamentação.

Afinal, a gestação e o trabalho de parto exigem muito do organismo de uma mulher. Por melhor que todo o processo tenha sido conduzido, naturalmente, ele envolve alterações que demandam que a mamãe receba cuidados extras.

A alimentação da puérpera assume um papel muito importante, pois fornece os nutrientes que serão essenciais para a recuperação do corpo materno, evita infecções e para a produção de leite. Então, precisa ser rica, ofertando proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e sais minerais.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe o nosso post!

A importância da amamentação no puerpério

A amamentação é a principal medida de cuidado que uma mãe pode ter com o seu bebê nos primeiros meses de vida. Ela está indicada para a grande maioria das mulheres, apesar de haver algumas situações específicas que contraindicam a oferta de leite pela própria mãe.

A não ser que o bebê tenha alguma alergia ou distúrbio metabólico que impeça o uso de leite humano, as mulheres que não podem usar o próprio leite podem contar com bancos de doação gratuitos. A amamentação cruzada (uma mulher dar peito para uma criança que não é seu filho) não deve ser realizada, pois traz muitos riscos de transmissão de doenças para o bebê.

A amamentação reduz o risco de uma série de problemas, como:

  • Infecções nos primeiros anos de vida;
  • Disfunções no neurodesenvolvimento;
  • Desnutrição e desidratação;
  • Alterações gastrointestinais agudas e crônicas.

Para a mãe, ela também é benéfica. Por exemplo, ela reduz o risco de desenvolvimento de dor na região das mamas durante o puerpério, fortalece o vínculo com o bebê e auxilia na contracepção nos primeiros meses pós-parto (há outras considerações a avaliar e tem alto índice de falha).

Nutrição no puerpério e sua importância para a amamentação

Literalmente, o leite é formado pela alimentação da lactante ao longo de todo o processo. O leite nada mais é do que um líquido extremamente nutritivo, o qual contém:

  • Carboidratos, a principal fonte de energia do nosso corpo;
  • Gorduras, as quais são um reserva de energia, além de terem outras funções, como a proteção do sistema nervoso central;
  • Proteínas, que são os “tijolos” que foram as estruturas do nosso corpo;
  • Vitaminas e sais minerais, que participam de diversos processos do nosso metabolismo. Por exemplo, o ferro é essencial para formar os glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio através da circulação. A vitamina A é essencial para as células do olho, especialmente na visão noturna.

Portanto, o leite materno deve conter todas essas substâncias essenciais para a formação do corpo do bebê. Como é um período de crescimento e desenvolvimento muito acelerado, o organismo do recém-nascido precisa de uma quantidade muito grande de insumos. Todos eles vêm da alimentação da mãe!

Então, se a mulher tiver alguma carência nutricional durante o puerpério, isso vai se refletir no bebê. Ele não terá os nutrientes necessários na fase em que ele mais precisa se desenvolver! Afinal, nas primeiras semanas de vida, o organismo dele estará mais imaturo. Portanto, estará mais vulnerável.

O que fazer na nutrição durante o puerpério?

Não há uma fórmula para a alimentação da mãe durante o puerpério. Por isso, é muito importante seguir as recomendações do médico que acompanha o processo. Afinal, cada mãe e cada bebê podem ter suas especificidades. Por exemplo, a mulher diabética deverá manter uma dieta balanceada, evitando o consumo de açúcar refinado.

Há muitas crenças populares sobre a alimentação na fase de “resguardo” e muitas delas infelizmente estão equivocadas. Portanto, por maior que seja a pressão da sua família, é importante se manter nas recomendações médicas.

Aumente moderadamente a ingesta de alimentos

A produção de leite demanda que você consuma mais nutrientes do que estava habituada. Afinal, parte deles será transmitida para o bebê, além de o próprio processo de formar o leite consumir energia.

Para mulheres obesas, uma dieta especial pode ser recomendada, mas ela sempre deverá ser prescrita por um profissional de saúde capacitado.

Consuma alimentos naturais

Os alimentos naturais e pouco processados não contam com aditivos que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê. Além disso, geralmente apresentam um perfil nutricional melhor.

Monte um prato colorido

Sabemos que a cor dos alimentos reflete os nutrientes que eles apresentam. Então, quanto mais colorida a sua alimentação, maiores as chances de seu leite oferecer ao bebê tudo o que ele precisa.

Procure se alimentar funcionais

São aqueles alimentos ricos em nutrientes e/ou que apresentam benefícios comprovados cientificamente. A maior parte deles têm um efeito positivo sobre o metabolismo, reduzindo o risco de desnutrição e/ou doenças crônico-degenerativas. Eles geralmente contêm níveis mais elevados de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, como:

  • Ácidos graxos ômega 3 e 6;
  • Fibras;
  • Ferro;
  • Selênio;
  • Vitaminas A, C, D e E.

O que não fazer na nutrição no puerpério?

Há algumas medidas que são contraindicadas para a nutrição da mulher que amamenta, inclusive na fase do puerpério:

  • Fazer dieta com restrição de calorias sem o acompanhamento de um profissional de saúde;
  • Consumir alimentos com um elevado teor de açúcar refinado ou de gorduras ruins;
  • Consumir alimentos muito processados, com corantes artificiais em excesso e outras substâncias que podem comprometer o desenvolvimento do bebê;
  • Tomar chás que não foram recomendados pelos médicos;
  • Comer alimentos de origem desconhecida;
  • Tomar água sem filtragem;
  • Comer alimentos que o bebê tenha uma alergia conhecida.

Uma nutrição no puerpério inadequada pode expor o seu bebê a problemas sérios, como o atraso do neurodesenvolvimento, a desnutrição, a intoxicação e as infecções. Durante essa fase, o corpo dele estará mais vulnerável, mas de crescimento intenso. Então, ele precisará da amamentação para oferecer os nutrientes que permitirão um desenvolvimento adequado.

Quer saber mais sobre o puerpério e outros cuidados que ele demanda? Confira nosso artigo institucional sobre o tema!

Ácido fólico: para que serve? Devo tomar durante a gestação?

O ácido fólico é uma vitamina B essencial que desempenha um papel fundamental no início da gravidez e nas primeiras semanas após a concepção. Esse nutriente essencial ajuda seu corpo (e o do bebê) a produzir novos glóbulos vermelhos e a construir DNA.

Sem ácido fólico suficiente, o organismo tem dificuldade de produzir células sanguíneas saudáveis ​​ou de produzir um material genético para o feto. Com isso, há um risco maior de ter um filho com defeitos do tubo neural (DTNs), como espinha bífida e anencefalia.

Quer saber mais sobre o ácido fólico e sua importância para a gestação? Acompanhe!

O que é ácido fólico?

O ácido fólico é uma vitamina B encontrada naturalmente em alimentos de origem animal. Também é adicionado a produtos de grãos, como pão e arroz, para ajudar a prevenir DTNs em bebês.

Uma das principais funções do ácido fólico é ajudar a produzir o DNA, o material genético encontrado em todas as células do seu corpo. O DNA determina tudo sobre sua saúde, incluindo sua aparência e sua suscetibilidade a doenças, como obesidade e doenças cardíacas.

Além disso, quando uma mulher está grávida, ela precisa produzir glóbulos vermelhos suficientes para a oxigenação de dois organismos duas pessoas. O ácido fólico desempenha um papel importante na construção de novos glóbulos vermelhos, sendo fundamental para evitar a anemia na mãe.

Por que o ácido fólico é importante durante a gravidez?

O ácido fólico desempenha um papel importante na síntese de DNA, o processo pelo qual seu corpo produz novo DNA. O corpo de um feto precisa produzir uma grande quantidade de material genético à medida que cresce e se desenvolve.

Então, para produzir o suficiente para você e o bebê, precisará de uma dose extra de ácido fólico. Se você não tiver ácido fólico suficiente em seu organismo, o desenvolvimento da gestação pode ser prejudicado de forma substancial.

Como o ácido fólico é solúvel em água, ele não permanece em seu corpo por muito tempo. Ele também não é armazenado no corpo, portanto, se você não tomar suplementos regularmente, seus níveis sanguíneos provavelmente cairão, aumentando o risco de defeitos fetais. Portanto, você precisará tomar o suplemento todos os dias durante o período recomendado por seu médico.

Como obter ácido fólico suficiente durante a gravidez?

Manter uma dieta saudável é imprescindível durante a gravidez. Uma alimentação saudável ajudará você a atender às suas necessidades diárias de nutrientes, além de ajudá-la a se manter bem de forma global. Afinal, exagerar nos suplementos vitamínicos pode ter efeitos adversos no seu bebê. A suplementação de ácido fólico é fundamental, mas não é a única medida nutricional para uma gestação tranquila.

As mulheres grávidas devem consultar seus médicos antes de tomar qualquer tipo de suplemento vitamínico ou fitoterápico. Além disso, se você tomar suplementos prescritos por um profissional, certifique-se de seguir cuidadosamente as instruções de dosagem.

Dose da suplementação de ácido fólico durante o período preconcepcional e a gestação

A dose diária recomendada de ácido fólico é de 400 a 600 microgramas (mcg) por dia, mas há especialistas recomendam que as mulheres tentando engravidar ou já grávidas tomem até 800 mcg por dia.

Portanto, se você está tentando engravidar, tome suplementos de ácido fólico diariamente. Se você já concebeu, é importante não ultrapassar a dose diária recomendada. Quantidades excessivas dessa vitamina podem ser prejudiciais ao seu bebê. Por isso, após a concepção, é importante manter sua dose diária abaixo de 800 mcg.

A suplementação deve ser mantida durante todo o primeiro trimestre de gestação, pois é o momento mais crítico para o desenvolvimento do tubo neural. Depois disso, diante de critérios, o pré-natalista avalia outras e novas necessidades de suplementação de forma individual de cada paciente.

Os riscos de não obter ácido fólico suficiente durante a gravidez

Se você não receber ácido fólico suficiente antes de conceber, há um risco maior de ter um filho com defeitos congênitos, principalmente os do tubo neural (DTN), como espinha bífida e anencefalia.

Caso haja uma suspeita clínica de insuficiência de ácido fólico, seu médico pode recomendar uma amniocentese para verificar se há DTNs após 16 semanas de gravidez. Se o seu médico descobrir que seu bebê tem um DTN, existem maneiras de tratá-lo. Alguns DTNs podem ser reparados cirurgicamente ainda durante a gestação.

Conclusão

Se você não recebe ácido fólico suficiente antes de engravidar, há um risco maior de ter um filho com defeitos congênitos, como espinha bífida e anencefalia. Caso já esteja grávida, especialmente nas primeiras semanas, você precisa atender às suas necessidades diárias com a suplementação indicada pelo médico.

Além disso, você pode obter a quantidade recomendada de ácido fólico comendo uma dieta saudável. Você precisa ter cuidado para não exagerar com suplementos vitamínicos: eles podem ter efeitos adversos em seu bebê.

Quer saber mais sobre a suplementação vitamínica durante o pré-natal? Não deixe de ler nosso post sobre o tema!