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Líquido amniótico: veja a importância na gestação

Desde o momento da concepção até o nascimento, o corpo passa por um processo complexo de adaptações. Tudo começa com a concepção e a implantação do embrião no útero. Então, no primeiro trimestre, os principais órgãos e sistemas fetais começam a se formar, incluindo o coração, o cérebro, os olhos, os membros e os órgãos internos. Com isso, os primeiros batimentos cardíacos podem ser detectados por ultrassonografia.

A partir do segundo trimestre, o bebê começa a se movimentar cada vez mais, e a mãe pode começar a sentir os primeiros movimentos fetais, conhecidos como “chutes”. Além disso, os genitais do bebê estão em desenvolvimento e podem ser identificados por ultrassonografia. Essa é a fase em que o bebê cresce mais rapidamente enquanto os órgãos continuam a se desenvolver.

No terceiro semestre, o bebê ganha peso, e o útero começa a se preparar para o parto. Os pulmões fetais também terminam o seu amadurecimento, preparando o bebê para a vida fora do útero. Essas transformações que ocorrem a cada semestre são também acompanhadas por mudanças nas características do líquido amniótico, as quais devem ser monitoradas para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é o líquido amniótico?

O líquido amniótico é um fluido claro e levemente amarelado que preenche o saco amniótico durante a gravidez. Ele é composto por água, proteínas, carboidratos, lipídios, eletrólitos, células descamadas da pele fetal, entre outros componentes. A concentração dessas substâncias no líquido amniótico muda ao longo da gravidez.

O líquido desempenha várias funções essenciais durante a gravidez, incluindo:

  • proteger o feto contra choques e traumas;
  • manter a temperatura intrauterina estável;
  • permitir que o feto se mova livremente, facilitando o desenvolvimento muscular e ósseo;
  • ajudar no desenvolvimento dos pulmões, sistema digestivo e sistema geniturinário do feto.

Como o líquido amniótico é formado?

O líquido amniótico serve um importante parâmetro para acompanhar a evolução da gestação. Alterações no seu volume total e na sua coloração podem ser indicativos de problemas de saúde fetal. Veja como ele se forma em cada etapa da gestação.

1º trimestre

Ao final da segunda semana de gestação, a produção do líquido amniótico inicia-se a partir do âmnio, uma membrana que envolve o embrião. Com isso, é possível a visualização de um saco gestacional na ultrassonografia.

À medida que o bebê se desenvolve, essa bolsa se enche com um líquido transparente, que inicialmente é composto principalmente por água, eletrólitos, proteínas e outras moléculas.

2º trimestre

A partir da 14ª semana, o líquido amniótico começa a conter urina fetal, o que altera sua composição. Além disso, bebê ingere o líquido amniótico e o excreta, o que contribui para o amadurecimento dos seus sistemas orgânicos. Portanto, o líquido amniótico é constantemente reabsorvido e excretado pelo bebê.

3º Trimestre

O volume de líquido amniótico atinge seu pico entre 24 e 32 semanas. A quantidade de urina fetal no líquido amniótico aumenta, assim como de outros componentes, como células descamadas da pele do bebê.

Quais são as principais alterações no líquido amniótico?

Oligodrâmnio

É caracterizado como um volume anormalmente reduzido de líquido amniótico. Não existe um valor de referência mínimo fixo. Portanto, o oligodrâmnio deve ser avaliado de acordo com as características fetais e a idade gestacional. As principais causas de oligodrâmnio podem ser classificadas da seguinte forma:

  • Fatores de insuficiência uteroplacentária, como doenças hipertensivas da gestação, trombofilia e tabagismo;
  • Fatores medicamentosos, como uso de anti-inflamatórios e determinadas medicações anti-hipertensivas;
  • Fatores fetais, como malformações do aparelho urinário, anomalias cromossômicas, restrição do crescimento e morte fetal;
  • Idiopática, isto é, casos em que não é possível associar uma causa.

O oligodrâmnio pode aumentar o risco de algumas complicações para a mãe e para o bebê, como:

  • Parto prematuro: a redução do líquido amniótico pode levar ao parto prematuro, que pode ser perigoso para o bebê;
  • Compressão fetal: A quantidade baixa de líquido amniótico pode comprimir o bebê, o que pode levar a problemas de desenvolvimento. Por exemplo, o oligodrâmnio aumenta o risco de deformações anatômicas fetais, principalmente no sistema ósseo;
  • Óbito fetal: em casos graves, o oligodrâmnio pode levar à morte fetal.

Polidrâmnio

O polidrâmnio é caracterizado como um volume excessivo de líquido amniótico, o qual pode acometer até 1,6% das gestantes. Apesar de o volume de líquido amniótico variar ao longo das gestações, o polidrâmnio geralmente é considerado quando ele ultrapassa 2000 mililitros. As causas do polidrâmnio podem ser variadas e ainda não são totalmente compreendidas. Cerca de 40% a 60% dos casos são idiopáticos, isto é, não é possível associá-los a nenhum outro fator.

Contudo, algumas das causas mais comuns incluem:

  • Malformações fetais: cerca de 20% dos casos de polidrâmnio estão associados a malformações fetais que afetam o sistema gastrointestinal, o sistema circulatório, o sistema nervoso central ou o sistema urinário;
  • Diabetes gestacional, uma condição caracterizada por altos níveis de glicose no sangue durante a gravidez;
  • Infecções, como sífilis, toxoplasmose e rubéola;
  • Anomalias cromossômicas, como a trissomia do 18 e a do 21;
  • Gestação múltipla: a gravidez de gêmeos aumenta o risco de polidrâmnio.

Acompanhar o polidrâmnio é fundamental para a saúde da gestante, visto que o excesso de líquido amniótico está associado com maiores riscos para a mãe e para o bebê. Afinal, o quadro pode distender o útero e sobrecarregá-lo, predispondo a gestação a:

  • parto prematuro;
  • ruptura prematura de membranas;
  • posicionamento fetal inadequado;
  • atonia uterina pós-parto;
  • necessidade cesariana;
  • Apgar inferior a 7 no primeiro e no quinto minuto de vida.

Portanto, o líquido amniótico é fundamental para a evolução normal das gestações. Seu volume é monitorado por ultrassonografias periódicas realizadas durante o pré-natal. Caso alguma alteração seja identificada, seu médico pode acompanhá-la e tratá-la de forma individualizada.

Quer saber mais sobre o parto humanizado e a importância da individualização das condutas médicas? Toque aqui!

Ocitocina deve ser utilizada em todo parto normal?

O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é um processo natural pelo qual um bebê nasce através do canal vaginal. Durante o parto normal, as contrações uterinas ajudam a dilatar o colo do útero, permitindo que o bebê passe pela pelve da mãe até chegar ao mundo.

O parto normal é considerado um processo fisiológico e geralmente é preferido quando não há complicações médicas. Ele oferece benefícios para a mãe e o bebê, como uma recuperação geralmente mais rápida para a mãe e uma menor incidência de algumas complicações para o bebê.

A indução do parto com ocitocina pode ser feita em situações em que um parto normal é seguro, mas deve ser antecipado, ou quando o trabalho de parto não evolui bem. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é ocitocina?

A ocitocina é um hormônio e neurotransmissor produzido pelo hipotálamo, uma parte do cérebro, sendo armazenado na hipófise. É um hormônio importante para a reprodução, desde as relações sexuais até o parto e o aleitamento materno. Assim, ela desempenha um papel crucial em várias funções fisiológicas no corpo humano, como:

  • Estímulo ao parto: durante o trabalho de parto, a ocitocina é liberada para estimular as contrações uterinas e facilitar a dilatação do colo do útero;
  • Liberação do Leite: a ocitocina também desempenha um papel na ejeção do leite durante a amamentação;
  • Comportamento sexual: a ocitocina também está envolvida no funcionamento sexual, estimulando as contrações uterinas durante o orgasmo feminino.

Além das funções mencionadas, a administração exógena de ocitocina é muito utilizada para a indução do parto em situações em que essa intervenção é necessária.

Parto normal e ocitocina

O parto normal é o processo pelo qual um bebê é expulso do útero da mãe para o exterior. É um processo natural e fisiológico que, na maioria dos casos, é seguro e saudável tanto para a mãe quanto para o bebê. Ele pode ser dividido em três fases:

  • Fase latente: as contrações uterinas começam a se tornar mais frequentes e intensas, mas ainda não são regulares. O colo do útero começa a dilatar ligeiramente, não ultrapassando o tamanho de aproximadamente duas polpas digitais (ponta dos dedos). Essa fase pode durar de algumas horas a vários dias;
  • Fase ativa: As contrações uterinas se tornam mais regulares e intensas, enquanto o colo do útero se dilata rapidamente. O bebê também começa a se projetar em direção ao canal do parto. Essa etapa pode durar algumas horas;
  • Fase de expulsão: o bebê é expulso do útero através do canal do parto. A dilatação do colo atinge cerca de 10 centímetros no início da fase expulsiva. As contrações uterinas são muito mais fortes e a mulher precisa fazer força para ajudar o bebê a nascer. Essa fase pode durar de alguns minutos a algumas horas;
  • Fase de dequitação e primeira hora pós-parto: após o nascimento do bebê, contrações uterinas mais leves permanecem para facilitar a eliminação da placenta e prevenir hemorragias.

A ocitocina endógena (produzida naturalmente pelo corpo da mulher) é um dos principais hormônios responsáveis por regular a progressão do trabalho de parto normal. Ela atua desde a fase latente até a fase de dequitação. A ocitocina atua no útero de duas maneiras:

  • Estimula a contração das células musculares uterinas: a ocitocina se liga aos receptores nas células musculares uterinas, causando sua contração;
  • Aumenta a sensibilidade das células musculares uterinas à prostaglandina: a ocitocina aumenta a sensibilidade das células musculares uterinas às prostaglandinas, outro hormônio que torna as contrações mais fortes e eficazes.

A liberação de ocitocina é controlada por um mecanismo de feedback positivo. Isso significa que, à medida que as contrações uterinas ficam mais fortes, elas estimulam a liberação de mais ocitocina, o que leva a contrações ainda mais fortes. Esse mecanismo ajuda a manter um ritmo regular de contrações que é necessário para expulsar o bebê do útero. No entanto, isso também está relacionado a um efeito colateral que pode ocorrer com a administração da ocitocina para indução do parto.

A ocitocina deve ser utilizada em todo parto normal?

Não! A administração de ocitocina, como qualquer intervenção médica, apresenta seus riscos e seus benefícios. Portanto, não deve ser utilizada de forma generalizada. Deve-se reservar o uso da ocitocina para situações em que os estudos científicos mostram que os benefícios superam os riscos para a mãe e para o bebê.

As principais indicações são:

  • Parto prolongado;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Gravidez pós-termo;
  • Ruptura pré-parto de membrana;
  • Corioamnionite;
  • Restrição do crescimento fetal;
  • Oligoidrâmnio;
  • Gravidez gemelar (de gêmeos);
  • Doenças hipertensivas;
  • Diabetes;
  • Doenças hipertensivas;
  • Aloimunização com anemia fetal.

A depender de cada caso, é importante distinguir duas principais situações em que a ocitocina é utilizada:

  • Indução eletiva do parto devido a alguma doença materna ou fetal que justifique a antecipação do parto ou que possa se complicar caso o parto normal se prolongue;
  • Indução devido à evolução anormal de alguma fase do trabalho de parto.

Além disso, a ocitocina pode ser administrada na fase final do parto para a prevenção de hemorragias em mulheres de alto risco de sangramento.

Efeitos colaterais e contraindicações

A indução do parto com ocitocina é um procedimento relativamente seguro, mas pode causar algumas complicações. A mais preocupante é a atividade uterina excessiva. Em outras palavras, as contrações uterinas se tornam muito fortes ou frequentes. Isso pode causar desconforto e dor para a mulher, além de poder levar a complicações mais graves (o que é raro), como ruptura uterina ou sofrimento fetal.

Por esse motivo, as contraindicações geralmente estão relacionadas a um maior risco desses eventos, como:

  • História de cesarianas prévias (principalmente de alto risco);
  • História de ruptura uterina;
  • História de cirurgias com incisão na parede uterina;
  • Placenta prévia;
  • Prolapso do cordão umbilical;
  • Posição fetal transversa;
  • Cardiotocografia com padrão desfavorável.

Além dessas, diversas contraindicações ao parto normal espontâneo também são contraindicações ao parto induzido, como a herpes genital ativa.

Portanto, para reduzir a ansiedade no momento do parto e ter mais autonomia, é importante discutir as opções de parto com o obstetra durante o pré-natal. Isso ajudará a tomar decisões compartilhadas sobre o método de parto mais adequado para cada situação, como a indução do parto normal com a ocitocina.

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Diagnóstico de pólipo endometrial: veja como é feito

O útero é um órgão constituído de três camadas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio. O endométrio é a mais interna delas, revestindo a cavidade uterina. É um tecido glandular, rico em vasos sanguíneos. Ele é responsável por nutrir o embrião no início de uma gravidez, além de outras funções fundamentais para uma gestação saudável.

No ciclo menstrual, o endométrio passa por alterações em resposta aos hormônios sexuais femininos. Durante a fase folicular, o endométrio é estimulado pelo estrogênio a crescer e se espessar. Na fase lútea, o endométrio é estimulado a amadurecer pela progesterona a fim de se preparar para a implantação do embrião.

Se a gravidez não ocorre, o endométrio descama e é eliminado na menstruação. O endométrio é importante para a fertilidade feminina. Um endométrio saudável é necessário para a implantação e o desenvolvimento do embrião.

O endométrio é a camada de revestimento da cavidade uterina. O útero é um órgão com três camadas. Os pólipos endometriais são lesões, geralmente benignas, que surgem quando as células de alguma região do endométrio começam a se proliferar excessivamente. Quer saber mais sobre o diagnóstico dessa condição? Acompanhe até o final!

O que é pólipo endometrial e sintomas?

Os pólipos endometriais são crescimentos anormais de tecido endometrial que se projetam para dentro da cavidade uterina. Eles podem ser únicos ou múltiplos, e podem variar de tamanho, desde alguns milímetros até alguns centímetros.

A causa exata dos pólipos endometriais é desconhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores hormonais e genéticos. Os pólipos são mais comuns em mulheres na idade reprodutiva, mas também podem ocorrer em mulheres na pós-menopausa.

Os principais sintomas dos pólipos endometriais estão relacionados à menstruação e ao sangramento uterino anormal, como:

  • Sangramento que provoca aumento do fluxo menstrual;
  • Sangramento que ocorre entre os períodos menstruais;
  • Sangramento que ocorre após as relações sexuais;
  • Sangramento após a menopausa;
  • Dismenorreia (cólicas antes e durante o período menstrual).

Além disso, os pólipos uterinos podem estar relacionados à dificuldade para engravidar e abortamentos espontâneos.

Como é feito o diagnóstico dos pólipos endometriais?

Como foi explicado acima, os pólipos endometriais são geralmente assintomáticos. Nessa situação, o caminho até o diagnóstico ocorre da seguinte forma:

  1. A paciente busca a ginecologia para fazer o acompanhamento de rotina ou para investigar alguma queixa não relacionada ao pólipo uterino;
  2. O médico pede uma ultrassonografia transvaginal e os resultados mostram que ela tem pólipo uterino;
  3. Para investigar melhor o pólipo, ele possivelmente requisitará uma vídeo-histeroscopia, o exame padrão-ouro para o diagnóstico dos pólipos.

Nesse caso, dizemos que o pólipo foi diagnosticado de forma acidental. Em outras palavras, eles são encontrados quando a intenção da investigação inicial não era diagnosticar os pólipos, mas outras condições ginecológicas.

No entanto, nem sempre é isso que ocorre. Por exemplo, há pacientes que apresentam algum sintoma relacionado aos pólipos endometriais, como sangramento uterino anormal, sangramento pós-menopausa ou infertilidade. Assim, o processo diagnóstico geralmente ocorre da seguinte forma:

  1. O médico investiga as queixas das pacientes, questionando sobre as características dos sintomas, o início do quadro, doenças ginecológicas prévias, histórico familiar, entre outras perguntas importantes. Além disso, realiza um exame físico com inspeção, palpação e ausculta da região pélvica;
  2. Então, ele solicita uma ultrassonografia transvaginal, que é um dos melhores testes para a investigação inicial de condições do útero e da cavidade uterina;
  3. Caso os pólipos endometriais sejam identificados, ele pode requisitar uma vídeo-histeroscopia.

Exames para diagnosticar os pólipos uterinos

Ultrassonografia — A ultrassonografia usa ondas sonoras para criar imagens do interior do útero. Ela é o exame de imagem mais utilizado na ginecologia, sendo capaz de identificar a maior parte dos casos de doenças uterinas frequentes, como o pólipo endometrial, o mioma uterino e a adenomiose. Como visto, caso o exame aponte a suspeita da presença de pólipo uterino, pode ser necessária a confirmação diagnóstica pela histeroscopia.

Histeroscopia — Esse exame permite o diagnóstico definitivo dessas lesões, além de permitir diferenciá-la de tumores malignos na cavidade uterina. Durante a histeroscopia, o médico insere um tubo fino com uma câmera no canal vaginal e, pelo colo uterino, ele acessa o útero. Isso permite ao médico visualizar o interior do útero para avaliar a quantidade e o volume das lesões para o planejamento do tratamento.

Além disso, ele pode coletar fragmentos das lesões para a biópsia e, em alguns casos, remover a lesão completamente. Apesar de a grande maioria dos pólipos endometriais serem benignos, cerca de 1% a 3% deles podem ser malignos. O risco é maior em mulher no pós-menopausa. A biópsia permite a identificação de um eventual câncer.

O tratamento de pólipos endometriais depende do tamanho e dos sintomas das lesões. Pólipos pequenos e assintomáticos geralmente não precisam de tratamento, pois tendem a involuir espontaneamente. Eles devem, contudo, ser observados com ultrassonografias transvaginais periódicas para avaliar o crescimento. Já pólipos maiores ou pólipos que causam sintomas podem ser removidos cirurgicamente.

Isso é comum, por exemplo, nos casos de infertilidade feminina em que sabemos que a remoção dos pólipos aumenta as chances de engravidar naturalmente ou por reprodução assistida. A remoção cirúrgica (polipectomia) pode ser feita por meio de histeroscopia cirúrgica, laparoscopia ou cirurgia aberta.

Quer saber mais sobre os pólipos endometriais e seu tratamento? Toque aqui!

Sintomas de candidíase mamária

A amamentação, embora seja um momento especial de vínculo entre mãe e filho, pode apresentar desafios. Por exemplo, o ingurgitamento mamário é uma complicação comum, caracterizada pela obstrução dos ductos mamários, levando a seios doloridos e tensionados.

Fissuras nos mamilos também são uma preocupação frequente, podendo causar desconforto à mãe durante a amamentação. Além disso, existe a candidíase mamária, uma infecção fúngica, é menos comum, mas pode ocorrer, manifestando-se por meio de dor intensa, vermelhidão e coceira nos seios.

Esses problemas podem comprometer a experiência da amamentação, tornando essencial o suporte médico adequado, como a orientação de profissionais de saúde e o tratamento específico para cada condição, a fim de garantir o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Por esse motivo, vamos falar mais sobre o tratamento da candidíase mamária neste post. Ficou interessada? Acompanhe!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, o qual está naturalmente presente em algumas regiões do corpo da mulher. Contudo, quando ele se multiplica excessivamente na região das mamas, o sistema imunológico é ativado e provoca um processo inflamatório no local. Isso pode provocar sintomas bastante incômodos para a lactante, prejudicando a amamentação.

Quais os sintomas da candidíase mamária?

Os principais sintomas da candidíase mamária estão relacionados à reação inflamatória causada pela infecção fúngica no local. Portanto, são inespecíficos, não havendo nenhum sinal exclusivo da candidíase mamária.

A dor durante a amamentação é um dos sintomas mais frequentes da candidíase fúngica e geralmente é o que mais preocupa as pacientes. A amamentação pode se tornar dolorosa devido ao aumento da sensibilidade provocado pelo processo inflamatório.

A candidíase mamária também pode fragilizar a pele dos seios, provocando descamação e fissuras (rachaduras). Isso contribui para que a dor durante a amamentação se torne mais intensa.

No entanto, é importante ressaltar que a maior parte dos casos de dor e de fissuras durante a amamentação não são causados pela candidíase mamária, mas por condições mais comuns como o ingurgitamento das mamas e os problemas na pega.

A dor nos mamilos fora dos períodos de amamentação também pode ocorrer. Ela pode ser de leve, assemelhando-se a um desconforto na região, a intensa e persistente. As mamas também podem se tornar muito sensíveis ao toque.

Outros sinais importantes de inflamação são a vermelhidão e o inchaço nos mamilos e na área ao redor. Algumas mulheres relatam uma sensação de queimação na área afetada. Em alguns casos, a pele pode se tornar mais esbranquiçada ou perolada devido à descamação da pele.

Outro sintoma comumente relatado pelas pacientes é a coceira na região afetada, que pode ser desde leve e ocasional até incômoda e persistente. Por fim, em casos mais raros, pode haver alterações na descarga mamilar.

Também é importante estar atenta a um sinal de candidíase mamária que não se manifesta na mãe, mas no bebê. A Candida albicans também é um dos agentes causadores do “sapinho” na criança, fazendo com que surjam feridas e assaduras nos lábios, na boca e na língua do bebê.

A candidíase oral é uma condição que pode ser muito dolorosa, o que faz com ele não consiga se alimentar adequadamente ou fique muito choroso durante a amamentação. O tratamento de ambos é fundamental para que o aleitamento materno não seja prejudicado, o que traz consequências negativas para o bebê.

Como a candidíase mamária pode afetar a amamentação e como lidar com isso?

A candidíase mamária pode afetar a amamentação devido ao desconforto e à dor que provoca. Como a região fica ferida e mais sensível, algumas pacientes podem enfrentar uma dor difícil de tolerar. Nessa situação, a amamentação deve ser suspensa para evitar uma resistência emocional ao ato de amamentar.

Caso a dor seja tolerável ou a paciente deseje continuar amamentando, geralmente não é necessário suspender a amamentação durante o tratamento da candidíase mamária. Afinal, são indicadas medicações tópicas seguras para o bebê. Então, também não é preciso retirar ou lavar as mamas antes de amamentá-lo.

Nesse sentido, siga sempre as orientações do seu médico sobre as medidas necessárias. Caso tenha dúvida, pergunte para ele o que deve ser feito.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento da candidíase mamária?

O diagnóstico da candidíase mamária é principalmente clínico, baseado nos sintomas apresentados e nas alterações percebidas no exame físico feito pelo médico. Em alguns casos, pode ainda ser coletada uma biópsia ou um raspado para cultura microbiológica para afastar outras causas.

Geralmente a combinação de medidas antifúngicas e cuidados locais para aliviar os sintomas. Nesse sentido, o tratamento da candidíase mamária pode envolver:

  • Uso de medicações antifúngicas tópicas ou orais para controlar a infecção;
  • Uso de analgésicos seguros para lactantes com a finalidade de aliviar a dor;
  • Cuidados locais para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação das mamas;
  • Medidas para reduzir o impacto da condição na amamentação.

Em geral, não é necessário suspender a amamentação, a não ser que a paciente esteja sentindo muita dor ao amamentar. Nesse caso, recomenda-se a ordenha do leite e, em último caso, o uso temporário de fórmulas.

Apesar de ser uma condição dolorosa, a candidíase mamária é facilmente tratável. A amamentação durante o tratamento da candidíase mamária é de suma importância, pois o leite materno oferece inúmeros benefícios à saúde do bebê, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e fornecendo nutrientes essenciais.

Portanto, embora a candidíase mamária possa causar desconforto à mãe durante a amamentação devido à infecção fúngica nos seios, é crucial continuar amamentando com o devido suporte médico.

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PTGI: tratamento

As patologias do trato genital inferior (PTGI) representam lesões benignas ou precursoras de cânceres (oncogênicas) que afetam as regiões vulvar, vaginal e cervical. Essas condições são caracterizadas pelo crescimento anormal de células no revestimento epitelial dessas áreas, sendo classificadas em diferentes graus de gravidade.

Elas são diagnosticadas por meio do exame clínico ginecológico seguido de exames complementares com amostra de células ou tecidos, como a citopatologia e as biópsias.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas neoplasias intraepiteliais são essenciais para prevenir a progressão para tumores invasivos, destacando a importância do acompanhamento ginecológico regular, da conscientização sobre os fatores de risco e das formas de prevenção. Quer saber mais sobre o tratamento das PTGI? Acompanhe!

Neoplasia intraepitelial vulvar (NIV)

As neoplasias intraepiteliais vulvares são classificadas em:

  • neoplasias intraepiteliais vulvares de baixo grau ou de alto grau, que surge devido a infecções pelo vírus HPV;
  • neoplasia intraepitelial vulvar diferenciada, que se origina do líquen escleroso.

As lesões de baixo grau não são consideradas lesões pré-cancerígenas. Nesse sentido, não é necessário tratar em mulheres assintomáticas com a finalidade exclusiva de prevenir o câncer. Realizamos, assim, um acompanhamento periódico dessas lesões para identificar se há algum sinal de evolução desfavorável.

Algumas lesões de baixo grau, contudo, podem provocar sintomas, como:

  • coceira;
  • dor;
  • verrugas genitais e desconforto com a aparência da vulva.

Nessa situação, o plano terapêutico é semelhante ao que utilizamos em outras verrugas e condilomas anogenitais. Portanto, podem ser indicadas:

  • medicações tópicas, que devem ser usadas por várias semanas para promover a queda das lesões e a morte do tecido afetado;
  • ablação a laser, o qual envolve a aplicação hospitalar de laser de alta potência para destruir as células anormais.

As lesões de alto grau, por sua vez, apresentam um risco significativo de evolução para o carcinoma vulvar. Desse modo, o tratamento não busca apenas o alívio dos sintomas, mas a prevenção desse tipo de câncer.

O tratamento nesse caso depende das características da lesão e do estado de saúde da paciente. Em pacientes com alto risco de câncer vulvar ou lesões mais preocupantes, indica-se geralmente a cirurgia cirúrgica das lesões, em que a lesão é retirada com uma parte da pele ao seu redor (margem de segurança). Esse é também o tratamento preferencial das lesões diferenciadas devido às chances mais elevadas de evolução para um câncer.

Em algumas situações de lesões de alto grau (como lesões multifocais ou perto da uretra, do clitóris e do introito vaginal), pode ser indicada a terapia de ablação a laser para evitar sequelas anatômicas.

Neoplasia intraepitelial vaginal

O tratamento da neoplasia intraepitelial vaginal também depende de diversos fatores, especialmente da classificação da lesão. Para pacientes com lesões de baixo grau, também não se recomenda o tratamento de pacientes assintomáticas, visto que geralmente são lesões benignas causadas por tipos não oncogênicos do HPV e que regridem espontaneamente.

Pacientes com lesões de alto risco, por sua vez, precisam ser tratadas mesmo que assintomáticas. Afinal, há chances de evolução das lesões para carcinoma vaginal (câncer de vagina). Em geral, recomenda-se a excisão cirúrgica das lesões nos casos em que as lesões são mais preocupantes. Pode-se também optar pela ablação em situações, como lesões multifocais sem sinal de invasividade local.

Neoplasia intraepitelial cervical

O plano terapêutico das neoplasias intraepiteliais cervicais é mais complexo do que os casos anteriores. Afinal, o câncer de colo do útero é muito mais frequente do que os cânceres de vulva e de vagina. Assim, um cuidado muito maior é necessário. Os dois principais fatores para determinar o tratamento são a classificação da lesão e a idade das pacientes.

Em mulheres assintomáticas ou pouco sintomáticas com mais de 25 anos, recomenda-se a observação com consultas ginecológicas semestrais e novos exames nos casos de lesões de baixo grau (NIC 1). Afinal, cerca de 90% das lesões regridem espontaneamente sem nenhum tratamento médico. Caso as lesões persistam, tratamentos conservadores (ablação ou terapia tópica) são os mais frequentemente indicados.

No caso de a biópsia indicar NIC2 ou NIC3, indica-se a excisão das lesões. A extensão do procedimento depende principalmente do grau de invasão das lesões encontradas. Em mulheres com menos de 24 anos e NIC2 com características favoráveis, pode ser recomendada a observação periódica. No caso da NIC3, contudo, a excisão é fundamental em qualquer idade devido ao risco muito elevado de essas lesões evoluírem para câncer.

As principais técnicas de excisão das lesões cervicais são:

  • LEEP (Loop Electrosurgical Excision Procedure) é um procedimento mais simples e pode ser realizado em ambiente ambulatorial. Nele, uma alça de arame fino condutora de corrente elétrica é inserida através da vagina para remover a área com alterações;
  • a conização com lâmina a frio é realizada em ambiente hospitalar. Após a marcação das lesões com corantes específicos, a região afetada é retirada com um instrumento em formato de um cone.

Se forem identificadas lesões invasivas nos procedimentos acima, pode ser necessário realizar uma cirurgia mais extensa e radioterapia.

Portanto, o tratamento das PTGI deve ser cuidadosamente individualizado para o caso de cada paciente. Em todo caso, o acompanhamento oncoginecológico regular é fundamental antes e após o tratamento para identificar a evolução das lesões e a recorrência. Por isso, é fundamental que seja conduzido por um profissional especializado e experiente.

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Saco gestacional, bolsa amniótica e placenta: diferenças

Quando pensamos em uma gestação, uma das primeiras imagens que surgem na nossa mente é em bebê dentro do útero. No entanto, existem uma série de pontos que são fundamentais para permitir que ele se desenvolva e a gestação avance, como os anexos embrionários. Os anexos embrionários são órgãos temporários que desempenham diversas funções de nutrição e de proteção do feto.

Neste post, vamos falar sobre algumas dessas estruturas extraembrionárias mais conhecidas: o saco gestacional, a bolsa amniótica e a placenta. Explicaremos sua formação e suas funções. Ficou interessada? Acompanhe até o final!

Saco gestacional: um dos primeiros sinais de uma gestação

O saco gestacional é uma estrutura que se forma entre a terceira e a quinta semana de gestação. Inicialmente, com um diâmetro de 2 a 3 milímetros, pode ser visualizado pela ultrassonografia transvaginal e representa um dos sinais mais precoces de uma gravidez. A principal função inicial do saco gestacional é fornecer um espaço para que o embrião cresça, visto que as paredes uterinas exercem pressão sobre as paredes do útero.

À medida que a gravidez avança, o feto se desenvolve dentro da cavidade uterina junto com outras estruturas importantes para seu desenvolvimento, como:

  • o saco vitelino, que auxilia na nutrição do feto nas primeiras semanas de vida (antes da formação da placenta);
  • a bolsa amniótica, sobre a qual falaremos a seguir.

Por volta da 10ª semana de gestação, a bolsa amniótica passa a ocupar todo o saco gestacional e se confunde com ele. Por sua vez, o saco vitelino regride.

Em outras palavras, saco gestacional é um termo mais utilizado durante o primeiro trimestre de gestação. Depois desse período, é mais comum que a gestante ouça o médico falar sobre a bolsa amniótica.

Bolsa amniótica: uma importante estrutura de proteção do feto

A bolsa amniótica — ou simplesmente “bolsa” — é uma estrutura fundamental para o desenvolvimento fetal. É também conhecida como “membranas”, pois é constituída de duas membranas: o âmnio e o córion.

O âmnio é a membrana mais interna com uma espessura entre 0,02 e 0,5 milímetros. Apesar de fino, é bastante resistente. Uma das características mais interessantes do âmnio é a sua flexibilidade e sua capacidade de se estender. Com isso, consegue acompanhar o rápido desenvolvimento do feto ao longo da gestação.

Além disso, o âmnio contém o líquido amniótico (constituído de 98% a 99% de água), que é uma substância clara e transparente nos primeiros meses de gestação. Com o tempo, torna-se mais turvo devido à presença de células e substâncias originadas do próprio âmnio e do feto. Nesse sentido, o conjunto âmnio e líquido amniótico tem funções muito nobres, como:

  • é rico em substâncias que se ligam à água e protege o feto contra o dessecamento;
  • também contém diversas substâncias bacteriostáticas e antimicrobianas, as quais protege o bebê contra infecções;
  • protege o bebê contra impactos mecânicos e a pressão intrauterina. Quando há pouco líquido amniótico, o feto pode sofrer deformidades devido à pressão provocada pelas paredes do útero;
  • permite a movimentação fetal, que é um importante sinal de vitalidade do bebê;
  • contribui para o desenvolvimento pulmonar do bebê e para o funcionamento do sistema urinário.

Já o cório é a membrana externa, sendo geralmente mais espessa e menos elástica do que o âmnio. À medida que a gestação avança, uma parte do cório se junta com o endométrio uterino materno para formar a placenta. A outra parte permanece ao redor do âmnio, constituindo o conjunto de membranas fetais.

Placenta: órgão com múltiplas funções gestacionais

A placenta é um órgão fundamental para o desenvolvimento fetal. A capacidade de uma gestação evoluir depende da formação da placenta no lugar correto e da forma correta. Anomalias na formação e na implantação placentário representam uma causa importante de abortamento, morte fetal e de partos prematuros.

As estruturas que formam placenta começam a surgir a partir da terceira semana de gestação e terminam seu desenvolvimento a partir do quinto mês de gestação. A placenta é constituída de duas estruturas principais:

  • placa basal, que é uma camada placentária formada principalmente pelas células do endométrio (decídua basal) do útero materno;
  • placa coriônica, a qual é formada por células embrionárias.

Entre essas placas, está o espaço interviloso, o qual é preenchido por sangue materno. Esse sangue é “filtrado” e seu plasma contribui para a nutrição do bebê e para a geração do líquido amniótico.

A placenta apresenta funções muito importantes para a manutenção da gestação e para a sobrevivência do feto:

  • secreção de hormônios, como a gonadotrofina coriônica humana e a progesterona;
  • troca de gases entre a mãe e o bebê;
  • fornecimento de nutrientes para o feto;
  • transmissão de anticorpos maternos do tipo IgG, os quais protegem o bebê contra infecções;
  • excreção de produtos tóxicos gerados pelo metabolismo do bebê.

Além disso, a membrana placentária atua como “filtro” seletivo que impede que diversos microrganismos e substâncias tóxicas atinjam o bebê.

Portanto, o complexo sistema de estruturas extraembrionárias compreende não apenas o saco gestacional nas fases iniciais, mas também a bolsa amniótica e a placenta em estágios subsequentes.

A bolsa amniótica, com suas membranas flexíveis e líquido amniótico multifuncional, desempenha um papel crucial na proteção do feto ao longo da gestação. Já a placenta, que se forma mais tardiamente, assegura funções vitais, incluindo a regulação hormonal, troca de gases e fornecimento de nutrientes.

Quer saber mais sobre os exames de pré-natal que avaliam a evolução de uma gestação? Toque aqui!

Quando o saco gestacional se forma e qual é sua função?

Uma gestação é um fenômeno bastante dinâmico e com diversas fases. Em geral, uma gravidez é dividida em três trimestres. No primeiro trimestre, ocorre a formação dos principais órgãos do feto e dos anexos embrionários. O segundo trimestre é caracterizado por um crescimento mais expressivo do bebê. Já, no terceiro, esse crescimento se desacelera um pouco e o organismo feminino começa a se preparar para o parto.

O saco gestacional é uma estrutura que se forma logo nas primeiras semanas do primeiro trimestre. A visualização dele em uma ultrassonografia é um dos principais sinais que ajudam a confirmar que uma mulher está grávida. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

O que é saco gestacional?

O saco gestacional é uma “bolsa” preenchida por líquido, representando a primeira estrutura embrionária que pode ser vista pela ultrassonografia entre a terceira e a quinta semana de gestação. Inicialmente, ele apresenta:

  • uma forma ovalada ou esférica;
  • entre 2 e 3 milímetros de diâmetro.

Nesse sentido, é considerado um dos sinais mais precoces de que uma gestação está acontecendo. Com isso, a presença de níveis elevados de beta-hCG associados com a visualização do saco gestacional são uma das principais formas de confirmar uma gravidez. À medida que a gestação avança, ele se expande para acomodar o crescimento do bebê;

Como o saco embrionário se forma?

Após a fertilização, o zigoto (fase inicial do embrião) inicia um processo de divisões celulares sucessivas, formando um aglomerado de células chamada mórula. À medida que a mórula continua a se dividir, suas células passam por uma série de transformações.

As primeiras células de um embrião são indiferenciadas e totipotentes. Isso significa que elas são muito semelhantes entre si e podem se transformar em quaisquer tecidos do corpo. À medida que elas se dividem, elas se diferenciam e se organizam em diferentes camadas de tecido, eventualmente se transformando em uma estrutura oca chamada blastocisto.

No blastocisto, já temos camadas de tecidos diferenciados e podemos identificar três estruturas embrionárias:

  • o embrioblasto, cujas células dão origem às estruturas do corpo do bebê;
  • o trofoblasto, o qual formará parte das estruturas extraembrionárias;
  • blastocele, uma cavidade preenchida por líquido.

É próximo a essa fase que o embrião se implanta no endométrio do útero e o trofoblasto começa a invadir o endométrio. Em resposta, as células endometriais recobrem o embrião, concluindo a implantação. O saco gestacional surge à medida que a blastocele é preenchida por fluidos, fornecendo um ambiente seguro e nutritivo para o embrião nessa fase inicial do desenvolvimento.

O que acontece com o saco gestacional durante a gestação?

Como vimos, à medida que a gestação avança, o saco gestacional cresce para acomodar o feto em crescimento. Com isso, podemos identificar a formação de novas membranas e sacos em seu interior, como:

  • saco vitelino, uma pequena bolsa que se origina dentro do saco gestacional. Ele é uma das principais estruturas de nutrição nas primeiras semanas de gestação (quando a placenta ainda não está formada). O saco vitelino desaparece a partir da 10ª semana de gestação;
  • saco amniótico, também conhecido como “membranas embrionárias”. É um saco que se forma mais próximo ao embrião.

Com o crescimento do embrião, o saco amniótico começa a ocupar todo o espaço do saco gestacional. Ou seja, o saco gestacional passa a ser formado pelas membranas embrionárias, confundindo-se com elas. A partir desse momento, é mais comum você ouvir seu obstetra se referir a ele como saco amniótico ou simplesmente “bolsa”.

Qual a função do saco gestacional?

O útero é um órgão com uma cavidade interna, sendo constituído também por três camadas: o endométrio (no qual o embrião se fixa), o miométrio e perimétrio. Em mulheres não-grávidas, a pressão do abdômen e o tônus muscular do endométrio fazem com que a cavidade uterina fique com suas faces “coladas” (colabadas).

Para permitir o livre crescimento do embrião, forma-se o saco gestacional. O líquido em seu interior protege o feto da pressão intrauterina, permitindo que ele cresça com maior liberdade. Portanto, o saco gestacional cresce para expandir a cavidade uterina à medida que o feto se desenvolve.

A partir da décima semana, o saco gestacional é formado pelas membranas ovulares (âmnio e córion), que são preenchidas por líquido amniótico. Assim, assume também a função de proteger o feto contra impactos, facilitar o crescimento fetal e permitir a movimentação do bebê.

Importância obstétrica

Na obstetrícia, o saco gestacional assume uma importância muito significativa no início do primeiro trimestre de gestação. A visualização do saco gestacional é um indicativo muito forte de uma gestação. Entretanto, é muito importante entender que, isoladamente, sua visualização do saco gestacional dentro do útero não confirma uma gestação. É importante que haja outras evidências de gestação, como níveis elevados de beta-hCG e visualização do saco vitelino.

Portanto, o saco gestacional é um termo técnico muito frequente no início do pré-natal. Afinal, ele é uma estrutura importante nessa fase e sua visualização ultrassonográfica contribui para o diagnóstico de uma gravidez.

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Fungo durante a amamentação: conheça a candidíase mamária

Dor nos seios e nos mamilos é um sintoma relativamente frequente em mulheres que estão amamentando. Na maior parte dos casos, é um são benignos que melhora com medidas simples, como melhorar a pega do bebê. Apesar de menos comum em comparação a outras causas de dor mamária, a candidíase mamária merece atenção.

A candidíase é um fungo que faz parte da flora microbiana normal das mulheres, colonizando a pele e a mucosa. Durante a amamentação, contudo, diversos fatores podem aumentar as chances de proliferação excessiva da cândida. O principal deles são as rachaduras e as fissuras nos mamilos, que quebram a barreira natural da pele, permitindo que o fungo infecte tecidos mais profundos.

Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post até o final!

O que é candidíase mamária?

A candidíase mamária ocorre quando há a proliferação excessiva do fungo Candida albicans na pele da região dos seios. Esse fungo oportunista normalmente faz parte da microbiota natural do corpo humano, coexistindo principalmente no trato gastrointestinal, na boca e na vagina.

A Candida albicans é uma das espécies que mais causam infecções fúngicas, sendo responsável por condições como candidíase oral, genital e, em casos específicos, a candidíase mamária em mulheres lactantes. A capacidade de se adaptar a diferentes ambientes do corpo humano e a sua habilidade de formar hifas, estruturas que permitem a invasão de tecidos, contribuem para a virulência desse fungo.

Causas e fatores de risco

A Candida albicans não faz parte do microbioma habitual da pele dos seios. No entanto, durante a amamentação, o fungo pode colonizar a região devido ao contato com a boca do bebê. Isso geralmente não traz nenhuma repercussão negativa para a saúde das lactantes.

A proliferação dessa espécie fúngica pode se descontrolar em situações, como:

  • Comprometimento da imunidade materna;
  • Alterações hormonais;
  • Maior humidade na região dos seios;
  • Mudanças na microbiota.

Um dos fatores de risco para a condição é o uso de antibióticos durante o período de amamentação. Afinal, eles podem comprometer o equilíbrio da microbiota da pele ao matar bactérias que controlam o crescimento excessivo da Candida.

É preciso tomar bastante cuidado com a infecção por Candida, pois ela pode passar para o bebê, causando a candidíase oral. Isso pode gerar um ciclo de infecção e reinfecção entre a mãe e a criança.

Sintomas da candidíase mamária

Os sintomas da candidíase mamária variam de paciente para paciente. Confira, a seguir, as manifestações mais comuns:

  • Dor nos mamilos: sensação de dor, queimação ou desconforto nos mamilos, que pode surgir durante o ato de amamentar ou fora dele;
  • Sensibilidade: os mamilos podem ficar mais sensíveis ao toque;
  • Vermelhidão: a área ao redor dos mamilos e da aréola pode ficar vermelha e irritada;
  • Inchaço: pode surgir um edema (inchaço) na área afetada;
  • Descamação da Pele: a pele nos mamilos e ao redor da aréola pode descamar;
  • Coceira: algumas mulheres experimentam coceira na região mamária;
  • Dor profunda nos seios: além da dor nos mamilos, algumas mulheres podem sentir dor mais profunda nos seios.

Esses sintomas, entretanto, não são específicos. Em outras palavras, eles podem ser desencadeados por outras condições, como:

  • Dermatite de contato;
  • Ingurgitamento mamário;
  • Infecções bacterianas.

Portanto, se você estiver enfrentando algum desses sintomas, é fundamental procurar orientação médica para um diagnóstico adequado.

Diagnóstico da candidíase nas mamas

O diagnóstico da candidíase mamária é clínico, baseado nos sintomas que você relata ao seu médico e nos sinais identificados durante o exame físico. Geralmente, não é necessário nenhum exame complementar para confirmar a infecção.

Durante a anamnese, seu médico a questionará sobre as algumas características dos sintomas atuais, como:

  • Intensidade;
  • Duração;
  • Frequência;
  • Fatores de melhora e piora;
  • Sintomas associados.

Além disso, é importante conhecer seu histórico médico prévio, hábitos de vida e histórico familiar. Após a entrevista clínica, é feito o exame físico dos seios, que pode demonstrar inchaço, vermelhidão e sensibilidade ao toque. Também podem surgir linfonodos aumentados em algumas pacientes.

Tratamento da candidíase mamária

O tratamento geralmente envolve a aplicação de antifúngicos tópicos na área afetada. Em alguns casos, medicamentos antifúngicos orais podem ser prescritos. Além disso, é importante abordar fatores que possam contribuir para a infecção, como melhorar a higiene e cuidado com os mamilos, ajustar a técnica de amamentação e tratar comorbidades, se presentes.

É importante salientar que o aleitamento materno no próprio peito é permitido caso você esteja com candidíase mamária, preferencialmente no mamilo não afetado. Se a dor durante a amamentação for muito intensa, a ordenha do leite é uma opção interessante. Para evitar o ingurgitamento mamário, a expressão do leite é necessária mesmo que o bebê não esteja amamentando no peito.

Portanto, a dor nos seios e mamilos durante a amamentação, embora frequentemente benigna, pode indicar a presença de candidíase mamária. Esse fungo pode proliferar de forma descontrolada, especialmente em situações como rachaduras nos seios. Isso pode causar sintomas, como dor, sensibilidade, vermelhidão e descamação.

A avaliação clínica do quadro é geralmente suficiente para o diagnóstico. Já o tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos e, em casos mais graves, medicamentos orais.

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Prevenção do HPV: saiba mais sobre o assunto

O Papilomavírus Humano (HPV) é um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes, sendo que cerca de 40 deles são transmitidos pelo contato sexual. O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns em todo o mundo. Existem dois grupos principais de HPV: os de baixo risco, que geralmente causam verrugas genitais, e os HPV oncogênicos, que estão associados a diversos tipos de câncer, incluindo o câncer do colo do útero.

A prevenção do câncer do colo do útero está fortemente ligada à prevenção do HPV e no diagnóstico precoce das lesões. As principais medidas de prevenção incluem: a vacinação, o uso de preservativos, as consultas médicas regulares e o Papanicolaou. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!

Vacinas contra HPV

A vacina contra o HPV é uma das ferramentas de prevenção mais importantes, sendo muito eficaz para reduzir o risco de infecções pelos tipos mais preocupantes de HPV. Existem três tipos de vacina contra o HPV no Brasil:

  • Bivalente, a qual protege contra os HPV 16 e 18, que são responsáveis por grande parte dos casos em que a infecção evolui para lesões cancerosas;
  • Tetravalente, a qual imuniza contra os HPV 6, 11, 16 e 18, que oferece uma proteção adicional contra 2 tipos de HPV que causam infecções benignas na região genital e no ânus;
  • Nonavalente, que é eficaz contra infecções pelos tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Essa vacina chegou ao Brasil recentemente, apesar de estar no mercado internacional há muitos anos. Ela também oferece imunidade contra outros tipos oncogênicos de HPV que causam câncer de colo do útero, de vulva, de vagina, de ânus e de faringe.

As vacinas funcionam por meio da estimulação da produção de anticorpos contra o HPV. Quando se ligam no vírus, os anticorpos impedem que eles entrem nas células, além de facilitar a destruição dos vírus por outras células imunológicas.

A vacina pode ser tomada por homens e mulheres de 9 anos de idade até os 45 anos. Para adolescentes entre 9 e 14 anos, o esquema vacinal é feito em duas doses, que devem ter um intervalo mínimo de 6 meses entre si. Acima de 14 anos, recomenda-se a vacinação em 3 doses: a segunda deve ser tomada 2 meses após a primeira, e a terceira é administrada 6 meses após a segunda.

Papel dos preservativos na prevenção do HPV

A principal forma de transmissão do HPV é o contato entre pele a pele, pele com mucosa ou mucosa com mucosa durante as relações sexuais. Assim, o preservativo também é uma importante fonte de proteção contra o HPV, pois reduz a superfície de contato disponível para a transmissão do vírus.

No entanto, como o vírus pode estar presente fora nas áreas ao redor dos órgãos genitais, os preservativos não são um método 100% eficaz contra infecções pelo HPV. Mesmo assim, ainda é uma ferramenta muito importante contra o HPV e outros microrganismos sexualmente transmissíveis.

A importância das consultas ginecológicas regulares

As consultas médicas regulares são fundamentais para identificar lesões causadas pela infecção pelo HPV:

  • As lesões benignas são geralmente macroscópicas, isto é, podem ser vistas ao olho nu. Podem surgir como lesões únicas com aparência de verruga (condilomas) ou múltiplas. Em alguns casos, diversos condilomas podem se agrupar e formar uma lesão com aparência semelhante a uma couve-flor na região genital ou do ânus;
  • As lesões malignas, por sua vez, são geralmente microscópicas. Em outras palavras, não são vistas facilmente ao olho nu. Para identificá-las, o médico pode utilizar instrumentos de ampliação óptica. No entanto, o principal método de rastreio de lesões microscópicas pelo HPV é o exame Papanicolaou (citologia oncótica de colo do útero).

A partir dos 25 anos, a paciente deve fazer o Papanicolaou. Os dois primeiros exames são feitos com um intervalo de um ano. Caso sejam negativos, a frequência passa a ser de 3 anos.

Papanicolaou

A evolução para câncer é lenta e progressiva. Por esse motivo, podemos utilizar testes para identificar lesões em estágios menos avançados. O exame de Papanicolaou é um procedimento ginecológico utilizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam indicar:

  • Displasia de baixo grau — são lesões com alterações celulares mais leves, as quais apresentam baixo risco de evolução para câncer;
  • Displasia de alto grau — caso não sejam tratadas, as lesões de baixo grau podem evoluir para a displasia de alto grau, que é pré-maligna. Elas apresentam uma chance significativa de evolução para um tumor maligno;
  • Carcinoma — representa a lesão cancerosa, que pode estar superficial (in situ) ou invasiva.

Portanto, o objetivo do Papanicolaou é tanto de prevenir a evolução de displasia para carcinoma quanto de identificar tumores malignos o mais precocemente possível

Durante o exame, a paciente é posicionada na mesa de exame ginecológico, e um espéculo é suavemente inserido na vagina para proporcionar uma visão clara do colo do útero. Em seguida, o profissional de saúde utiliza uma espátula e uma escova para coletar células da região do colo do útero. Essa amostra é enviada para análise laboratorial, onde as células são examinadas sob o microscópio para identificar qualquer anomalia.

Portanto, a prevenção do HPV é mais eficaz quando combinamos todas as estratégias acima. Com isso, é possível reduzir significativamente o risco de infecções e do câncer do colo de útero. Não deixe de conversar com seu ginecologista sobre esse tema tão importante para a saúde da mulher.

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É normal sentir dor durante a gestação?

A gravidez é um período desafiador na vida de uma mulher. Afinal, envolve diversas mudanças físicas, emocionais e hormonais. Com isso, é comum que as mulheres grávidas sintam bastante insegurança em alguns momentos, principalmente quando sentem alguma alteração, como a dor durante a gestação.

Uma das dificuldades enfrentadas durante a gestação é a variabilidade dos sintomas que podem surgir, como náuseas, fadiga, alterações de humor e desconforto físico. Nesse contexto, sem a informações médicas corretas, ela pode sentir dificuldade em distinguir o que é normal e o que pode indicar algum problema.

Além disso, algumas mulheres enfrentam desafios médicos específicos durante a gestação, como complicações de saúde ou condições pré-existentes que requerem cuidados adicionais. Para elas, quadros de dor podem gerar ainda mais ansiedade e preocupação.

É normal sentir dor durante a gestação?

É comum que as mulheres experimentem algum grau de desconforto ou dor durante a gestação sem que o sintoma indique uma doença ou complicação. No entanto, apesar de ser frequente, a dor fisiológica (sem relação com algum problema de saúde) não deve ser vista como algo normal. Afinal, é um sintoma que pode impactar na qualidade de vida da mulher, devendo ser acompanhado por um médico e tratada sempre que a paciente desejar e for possível.

As manifestações variam de mulher para mulher e de gestação para gestação. Nesse sentido, algumas pacientes relatam apenas desconfortos leves durante grande parte da gestação. Outras podem ser impactadas por dores mais significativas ou persistentes. A seguir, vamos explicar as principais causas de dor fisiológica:

  • Cólicas e dor na região da pelve devido ao crescimento uterino: à medida que o útero se expande para acomodar o crescimento do feto, pode causar desconforto ou sensação de pressão;
  • Dores articulares devido a alterações hormonais: as alterações hormonais durante a gravidez podem afetar as articulações e os ligamentos, levando a dores musculares e nas articulações. As dores osteomusculares estão entre as queixas benignas mais frequentes durante o pré-natal;
  • Lombalgia: o aumento de peso e a mudança no centro de gravidade (distribuição do peso) durante a gravidez podem contribuir para dores lombares. À medida que a barriga cresce, há uma tendência de o corpo da mulher se curvar e aumentar a carga sobre a coluna lombar;
  • Contrações de Braxton Hicks (de treinamento): essas contrações, que são uma forma de preparação do corpo para o parto, podem causar uma dor leve nas últimas semanas de gestação;
  • Dores de cabeça: mudanças hormonais e fatores relacionados ao estresse podem contribuir para dores de cabeça durante a gravidez, principalmente se a paciente já tinha quadros de cefaleia antes de engravidar. No entanto, esse é um sintoma que precisa ser investigado com atenção, pois pode estar relacionado com a pré-eclâmpsia, uma condição preocupante.

Quando a dor durante a gestação não é “normal”?

Nenhuma dor é normal, pois esse sintoma pode comprometer a qualidade de vida e a saúde mental da paciente mesmo que não esteja relacionada a um problema de saúde. No entanto, precisamos ter especial atenção a alguns quadros de dor que podem ser, sim, um sinal de uma complicação gestacional. Confira, a seguir, alguns sinais de alerta:

Dor persistente ou intensa

Como vimos, as dores “normais” geralmente são leves e passageiras. Portanto, se a dor for persistente, intensa ou não melhorar com o repouso, isso pode indicar uma condição que necessita de avaliação médica.

Dor abdominal aguda e grave

Dor abdominal súbita e intensa pode ser um sinal de problemas como descolamento de placenta, ruptura uterina ou outras complicações graves, exigindo intervenção médica urgente.

Sangramento vaginal

Se a dor for acompanhada de qualquer sangramento vaginal durante a gravidez, você deve procurar um obstetra rapidamente. Esse sintoma pode indicar problemas gestacionais ou, até mesmo, um abortamento espontâneo.

Dor de cabeça intensa

Esse sintoma pode indicar complicações gestacionais, como pré-eclâmpsia, a qual exige acompanhamento médico frequente e regular. Nesse sentido, é importante notar se a dor de cabeça é acompanhada de alguma alteração na visão ou ao aumento da pressão arterial.

Dor ou queimação ao urinar

Pode ser sintoma de infecção do trato urinário (ITU), que é uma condição que aumenta o risco de abortamento, parto prematuro e sepse neonatal. Portanto, as ITUs devem sempre ser tratadas rapidamente durante a gestação.

Dor seguida de diminuição dos movimentos fetais

Se, após um quadro de dor mais intensa (mesmo que por poucos minutos), houver uma diminuição perceptível nos movimentos fetais, é importante buscar atendimento médico para investigar a saúde fetal.

Contrações regulares antes da 37ª Semana

Contrações regulares antes da 37ª semana de gestação podem indicar trabalho de parto prematuro. Contrações regulares são diferentes das contrações de treino, as quais são geralmente irregulares (surgindo sem um padrão bem definido).

Ruptura prematura de membranas

Se a dor for acompanhada de secreção vaginal fina e clara, pode ter ocorrido a ruptura da bolsa amniótica antes do início do trabalho de parto, outra urgência obstétrica.

Síndrome do túnel do carpo

Algumas mulheres grávidas desenvolvem essa síndrome devido à retenção de líquidos, o que pode causar dor, formigamento e dormência nas mãos e pulsos. Apesar de ser um quadro incômodo, não impõe nenhum risco imediato às gestações.

A dor durante a gestação é um sintoma que deve ser observado. É importante que as mulheres grávidas comuniquem qualquer dor significativa ao seu obstetra para que possam avaliar a causa e fornecer orientações apropriadas.

Nem toda dor durante a gravidez é benigna, e algumas condições podem exigir atenção médica imediata. Cada gestação é única, e o pré-natal adequado é fundamental para garantir uma gestação saudável e minimizar qualquer desconforto desnecessário.

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